Trabalhos, textos sobre a Guerra do
Ultramar ou livros
Elementos cedidos por um colaborador do portal UTW
Carlos Jorge Marques de Almeida Mota,
nascido a 08 de Outubro de 1946 em São Cosme (Gondomar),
prestou serviço em Angola entre 22 de Maio de 1969 e 19
de Junho de 1971, como furriel miliciano de
administração militar, integrado na Companhia de
Caçadores 2506 do Batalhão de Caçadores 2872.
Casa da Beira Alta:
Apresentação do livro «Farda ou Fardo? – Aquém e
Além-Mar em África», de Carlos Jorge Mota, dia 12 de
Julho (sábado), às 17h30, na Casa da Beira Alta, Rua
de Santa Catarina, nº 147, 1.º, no Porto

"Farda ou Fardo? –
Aquém e Além-Mar em África"

título: "Farda ou Fardo? – Aquém e
Além-Mar em África"
autor: Carlos Jorge Mota
editor: Euedito
1ªed. Porto, Jun2014
- Sinopse:
É um livro que procura retratar a ambiência da
então Guerra do Ultramar, das emoções que os militares e
seus familiares mais directos vivenciaram, tentando
colocar o leitor no lugar do então jovem militar logo
que sabia estar mobilizado, acompanhando todo o seu
trajecto: ainda na Metrópole; na viagem de ida; em
terras africanas; e no seu regresso ao seio familiar, já
completamente alterado na sua personalidade.
Transparece uma tentativa do Autor se abster de citações
de combate propriamente dito, não só por se tratar de
tema já sobejamente abordado em múltiplas publicações
editadas por outros Combatentes, mas, principalmente,
por ser sua preocupação focalizar-se no Homem, na sua
interligação pessoal – relacionamento de plena
camaradagem –, e no seu posicionamento perante a
ansiedade, o perigo, o 'stress', o cansaço, o desespero,
a fome, a sede, a impotência perante o irremediável, o
infindável cortejo emocional que emerge de cada
circunstância diferenciada, inclusive nos momentos de
alegria.
Índice:
- Estou Mobilizado para Angola
- Junção ao Batalhão
- Despedida de Santa Margarida
- Uíge, nosso hotel flutuante durante 13 dias
- A nova realidade, finalmente
- Em Luanda. Até quando?
- As Terras-do-fim-do-mundo são terras de Portugal,
assim cantava o Quarteto 1111
- Razões duma grande viagem
- Uma Companhia de Caçadores tem que ter... caçadores
- Ataque... de dentro para fora
- Férias forçadas
- O choque brutal
- De Luanda a Serpa Pinto
- Regresso à Coutada de Mucusso
- Uma caçada especial
- Um tiro ou... dois tiros? Eis a questão!
- Rotina quotidiana... Ou sua quebra brusca
- Notas soltas... No Cuando-Cubango
- Rendição, após quase um ano nos Cus-de-Judas
- Mina anti-carro na picada
- Nova mina na picada
- O cheiro da morte
- Marcha para Serpa Pinto
- Revelação estupefacta
- Regresso ao Batalhão, a Luanda e... notícia arrasadora
- Operações ao Norte em mata cerrada
- Caminhada para o Leste
- O tatarelho aponta-me a G-3
- Missa... em zona de guerra
- Bofetada... em plena mata
- Moxico, destino final
- Quotidiano no Luso
- Notícia arrasadora
- Corneteiro desafinado... ou desenfiado
- Estou de Férias... e por que não ir à capital?
- Estaria eu a ver uma filmagem?
- Causas e consequências
- 8 de Maio de 1971 - única bebedeira na vida
- O rosto do colonialismo
- Embarque à vista
- Mudança de rumo... a poucas horas de Lisboa
- Rumo a um cais em Lisboa
- Epílogo
- Palavras de um
camarada-d'armas:
«O Carlos Jorge Mota, amigo e camarada de
armas da companhia irmã 2506, presenteou-nos com esta
descrição cronológica e de fundamento preciso de todo o
seu trajecto militar. Esta descrição relatada em vários
testemunhos ocasionais deu-nos a conhecer o percurso da
2506, uma das três companhias operacionais do nosso
Batalhão. Estivemos juntos, quando pela primeira vez
envergamos a "farda" do Exército Português, durante toda
a recruta na mesma companhia e pelotão, e voltámos a
juntar-nos com a formação do Batalhão 2872.
Sem receio de errar, considero o Carlos Jorge, amigo do
seu amigo, com um rigor determinado em tudo o que faz e
com uma natural e extraordinária habilidade, a escrever
ao correr da pena. A sua especialidade, permitiu-lhe ter
uma visão mais pormenorizada e precisa do envolvimento
da sua companhia, no decorrer da nossa comissão de
serviço em terras de Angola.
Tudo começou quando um certo dia, em conversa através do
Skype, me relatou que tinha assistido no leste de
Angola, na cidade do Luso, a um disparo mortal efectuado
por um dado sargento-de-dia sobre um soldado, que saía à
porta-de-armas do quartel dos Dragões, naquela cidade.
Dado o episódio insólito, que de imediato considerei um
fuzilamento, solicitei-lhe que me enviasse um escrito
narrando o acontecimento, com sua autorização para
publicar no nosso blogue. Imediatamente disse que sim.
Mais tarde informou-me que, não só ia narrar aquele
acontecimento como também iria enviar-me outros relatos
interessantes, com começo no início da sua vida militar.
Mais tarde, já com alguns episódios postados decidiu, e
bem, constituir o blogue da 2506, onde também publicou
todas estas "estórias". Sendo muito importante para os
combatentes e seguidores da 2506, ainda o é mais para os
combatentes e seguidores da 2505, pois decerto muitos de
nós não sabiam por onde a 2506, nossa companhia irmã,
teria andado em terras de Angola. Bem haja Carlos.»
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