TRABALHOS, TEXTOS
SOBRE OPERAÇÕES MILITARES ou LIVROS
Jaime
Froufe Andrade
Nasceu em 1945, no
Porto. É jornalista profissional, trabalhou durante
muitos anos do Jornal de Notícias e integra actualmente
os quadros da revista Notícias Magazine, distribuída
semanalmente com o aquele jornal portuense e com o
lisboeta Diário de Notícias.
Ex- Alferes Mil.º de
Operações Especiais, «Ranger», da Companhia de
Caçadores 2358 do Batalhão de Caçadores 2842
(Moçambique, Tete, 1968 / 1970)
O livro:
"Não sabes como vais morrer"
título:"Não
sabes como vais morrer"
Autor: Jaime Froufe
Andrade
Edição: Associação
dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP)
Porto, 19 Nov
(Lusa) - A Associação de Jornalistas e
Homens de Letras do Porto (AJHLP) lançou
"Não sabes como vais morrer", de Jaime
Froufe Andrade, um novo título da
Colecção Memória Perecível, anunciou
hoje fonte da AJHLP.
Trata-se de um conjunto de oito
histórias da guerra colonial que o autor
viveu em primeira pessoa durante a sua
comissão de serviço em Moçambique, como
alferes miliciano de Operações Especiais
("rangers"), entre 1968 e 1970.
São
outros tantos retratos da vida que
centenas de milhar de jovens portugueses
viveram, nos anos da guerra colonial, no
meio do "mato", em Moçambique, Angola ou
na Guiné-Bissau.
As
histórias são escritas com dramatismo,
em que cabem momentos de humor,
perplexidade, angústia e ansiedade, mas
também a profundidade psicológica, que
faltam a muitos relatos de guerra.
As
pelo menos duas gerações de portugueses
que viveram a guerra em África
reconhecer-se-ão facilmente nestas
linhas escritas por Froufe Andrade.
Noutro capítulo, o autor narra o
regresso atribulado de Moçambique a
Portugal, a bordo do navio Vera Cruz,
sobrelotado com três mil militares.
Quando navegava perto do Cabo da Boa
Esperança (o mítico Cabo das Tormentas
de Camões), na África do Sul, o enorme
navio foi atingido, na sequência do
efeito conjunto de duas ondas sísmicas e
de uma tempestade, por gigantescas
vagas, sofrendo graves avarias e tendo
estado a ponto de soçobrar.
As
circunstâncias desta viagem são narradas
em primeira pessoa por Froufe Andrade e
ainda por um conjunto de 12 depoimentos
por ele próprio recolhidos junto de
outros militares, oficiais, sargentos e
praças, que consigo viajaram.
O
autor entrevistou ainda o oficial-piloto
que estava de turno na ponte de comando
do navio e pesquisou ainda o diário de
bordo do navio, no Arquivo Central da
Marinha, onde recolheu elementos dos
dois comandantes que seguiam a bordo, o
comandante do navio e o comandante dos
militares a bordo.
Jaime
Froufe Andrade, nasceu em 1945, no
Porto. É jornalista profissional,
trabalhou durante muitos anos do Jornal
de Notícias e integra actualmente os
quadros da revista Notícias Magazine,
distribuída semanalmente com o aquele
jornal portuense e com o lisboeta Diário
de Notícias.
07Mai2010:
Jaime Froufe Andrade falou e
respondeu a perguntas sobre o seu livro "Não sabes
como vais morrer" que reúne um conjunto de reportagens
que escreveu sobre a sua experiência de alferes
miliciano ranger, em Moçambique
Coronel Ranger António
Feijó fala em Matosinhos sobre o livro "Não sabes
como vais morrer"
O Coronel Ranger António Feijó
(ex-comandante do CIOE-Centro de Instrução de Operações
Especiais) irá apresentar a 4ª edição do livro de guerra
"Não sabes como vais morrer", de Jaime Froufe Andrade,
obra editada pela AJHLP-Associação dos Jornalistas e
Homens de Letras do Porto no âmbito da sua colecção
"Memória Perecível".
Na oportunidade, o autor, que
como alferes ranger cumpriu uma comissão de serviço em
Moçambique, propõe-se fazer o ponto da situação
relativamente às diligências desenvolvidas para
localizar um antigo guerrilheiro da Frelimo capturado
durante um golpe de mão e a quem pretende agora, mais de
quatro décadas volvidas, abraçar e restituir o velho
rádio a pilhas de que foi desapossado no desenrolar da
acção.
A sessão que irá decorrer no
próximo dia 26 de Janeiro (sábado), no salão nobre da
Junta de Freguesia de Matosinhos (R. Augusto Gomes, 313)
com início às 15h00, será moderada por Ivo Vaqueiro,
antigo ranger sniper e contará ainda com a presença de
António Parada, presidente daquela autarquia.
Através de uma
mensagem de correio eletrónico enviada ao NetBila, um
antigo combatente da guerra do ultramar pede-nos para
ajudar na divulgação de uma das suas histórias passadas
durante a guerra em Moçambique contra o movimento de
libertação daquele território ultramarino, a Frelimo. O
antigo combatente português, Alferes de Operações
Especiais - Ranger -, Jaime Froufe Andrade, sente ainda
hoje, após mais de quarenta anos, uma enorme angústia
por causa de um simples aparelho de rádio pertencente a
um guerrilheiro daquele movimento de libertação.
O facto passou-se no
dia 17 de setembro de 1968 na província de Tete:
O guerrilheiro da Frelimo, como nos conta o Jaime Froufe
Andrade, foi capturado na sequência de um golpe de mão
levado a cabo pelas tropas portuguesas a uma base de
considerável dimensão, instalada por um dos quadros
opositores ao exército português que mais tarde viria a
ser o Presidente da República Popular de Moçambique -
Samora Machel. O guerrilheiro foi surpreendido por um
pequeno grupo de combate helitransportado que atuou sob
o comando de Jaime Andrade. O guerrilheiro de quem não
se sabe o nome trazia consigo, além da arma de fabrico
chinês imediatamente retirada das suas mãos, um aparelho
de rádio sendo este confiscado particularmente pelo
comandante do grupo atacante antes de entregar o
prisioneiro para interrogatório.
Voltando de Moçambique para a Metrópole, o ranger Jaime
Andrade trouxe consigo o pequeno rádio portátil.
Alcançada alguma acalmia por entre o stress de guerra, o
famigerado aparelho deu volta à cabeça àquele que não se
sentia de modo nenhum o seu dono. Tem sido assim durante
estes longos anos. O rádio andou escondido lá por casa
durante muito tempo, só que não lhe desaparecia da
cabeça, pois trazia-lhe à memória outras recordações de
outros momentos e outros factos ocorridos. Assim, o
rádio acabou por tomar um lugar de destaque na mesa de
trabalho do nosso amigo ranger. O pequeno aparelho é
como um dedo que persiste em apontar para mim,
confessa Jaime Andrade. Este, com uma grande angústia
tem contado a sua história publicamente em diversos
fóruns, conseguindo mesmo fazer a sua divulgação em
alguns canais de televisão portugueses, despertando
inclusivamente o interesse de um jornalista da BBC.
É desejo do nosso Alferes, alimentando uma enorme
esperança, reencontrar o seu antigo adversário de guerra
por quem sente hoje um admirável respeito. Pretende
simplesmente devolver-lhe o rádio, dar-lhe um forte
abraço e pedir-lhe desculpa!
Um antigo combatente
português, um antigo guerrilheiro da Frelimo e um antigo
rádio a pilhas... A história de Jaime Froufe Andrade, um
ex-ranger em Moçambique, começa no dia em que um ataque
a uma base na Beira capturou um combatente. Apoderou-se
do rádio que este trazia consigo e do qual nunca
conseguiu livrar-se.
Quarenta anos depois, Froufe Andrade tem uma missão
quase impossível: encontrar o guerrilheiro, dar-lhe um
abraço que simboliza a paz, mas sobretudo, entregar-lhe
o rádio, que não lhe pertence.
Na Biblioteca-Museu
da República e Resistência (Estrada de Benfica, nº 419,
antigo Bairro da Família Grandela, em Lisboa), no âmbito
das
"Memórias Literárias da Guerra Colonial", no 3.º Ciclo
de Conferências, Jaime Froufe Andrade falou e
respondeu a perguntas sobre o seu livro "Não sabes
como vais morrer" que reúne um conjunto de
reportagens que escreveu sobre a sua experiência de
alferes miliciano ranger, em Moçambique.