José
António Pardete da Costa Ferreira, Tenente Mil.º Médico, nascido no
dia 15 de Fevereiro de 1941, em Lisboa.
Em 5 de
Fevereiro de 1969, aspirante-a-oficial miliciano
médico (n/m 41207662), tendo sido mobilizado pelo
Regimento
de Artilharia Pesada 2 (RAP2 - Vila Nova de Gaia)
para servir Portugal na Província Ultramarina da
Guiné, embarca em Lisboa no NTT 'Uíge' rumo ao
estuário do Geba (Bissau), graduado em alferes
(com
antiguidade a 1 de Novembro de 1968), a fim de ser
colocado no Comando de Agrupamento Operacional do
Comando Territorial Independente da Guiné (CAOP/CTIG)
«ONDE NECESSÁRIO» aquartelado em Teixeira Pinto.
"O
Paparratos - Novas Crónicas da Guiné, 1969-1971"
autor: José Pardete Ferreira
editor: Prefácio
1ªed. Lisboa, 2004
169 págs (c/fotos p/b)
24cm
preço: 17,16€
dep.leg: PT-213619/04
ISBN: 972-8816-27-8
Prefácio
"O Paparratos" é um confessado
momento de divertimento. É bom sentir o prazer da
memória na escrita de Pardete Ferreira. As situações
caricatas e cómicas são saborosos pitéus oferecidos
ao leitor. Quem conhece Pardete Ferreira reconhece-o
bem neste seu livro.
Mas "O Paparratos" é muito mais do
que o prazer da memória. Escrevendo um romance
histórico sobre as nossas revoltas estudantis dos
anos sessenta e sobre a guerra colonial, Pardete
Ferreira esquematiza o que foram os destinos
marcados a toda uma juventude portuguesa: o pequeno
número dos privilegiados com condições de acesso ao
ensino e o grosso da coluna que, de todos os cantos
e recantos, foram trazidos a Alcântara para irem
fazer as guerras de África sob a chefia dos
primeiros, melhor dito, daqueles dos primeiros que
não escaparam ao imenso rol dos "milicianos".
(Resendes Ventura)
Sinopse
Anos 60. O ambiente académico e
social de Lisboa. As revoluções estudantis no
seguimento do Maio de 1968, em França. Cumprir ou
fugir. E as "Novas Crónicas". Acção no Chão Manjaco.
Bissau e, relatos muito à sua maneira, outras
actualidades bélicas na província. E um rodopio de
histórias de guerra, em que o herói é o Soldado
Paparratos, da 105ª Companhia de Comandos...
Recensão
Mesmo nos livros de guerra, o amor –
ou o seu contrário – surge; sobretudo quando os seus
autores não a fizeram pessoalmente. O amor em "O
Paparratos"? Verdadeiramente não, mas uma certa
nostalgia positiva dos anos de juventude de José
Pardete Ferreira, isto é, neste caso, os dois anos
(1969-1971) que passou como médico militar na Guiné.
Inicialmente mobilizado numa companhia de comandos
no território dos manjacos, depois afecto ao
Hospital Militar de Bissau, ele evoca neste romance
«histórico» factos reais, como a evacuação de Madina
do Boé, o ataque português contra Conakry, a captura
de um capitão cubano próximo de Guilege e o seu
tratamento pelos médicos portugueses em Bissau. O
leitor fica a saber que o chefe de posto de Cacheu e
uma parteira cabo-verdiana foram presos pela PIDE,
acusados de serem «dirigentes» do PAIGC.
René Pélissier (Abril de 2005)

