Trabalhos, textos sobre a Guerra do
Ultramar ou livros
Elementos cedidos por um colaborador do
portal UTW
Manuel
Acácio
Nasceu em 1964 em Évora.
Licenciado em Filosofia, é um dos fundadores
da TSF-Rádio Notícias, onde desempenha
funções de chefe de redacção.
O livro:
"A Balada do
Ultramar"
título: "A Balada do
Ultramar"
autor: Manuel Acácio
editor: Oficina do Livro
1ªed. Alfragide, 04Abr2009
221 págs
23,5x15,5cm
pvp: 14,40 €
dep.leg: PT-289447/09
ISBN: 989-555-441-6
Sinopse: – «Esta é uma obra que nos leva a
Angola, a uma época, (diz a sinopse), "ao
tempo em que a principal riqueza das
famílias era a felicidade que sentiam por
viver em África". Trata da história de um
homem que em 1951 embarca "num navio com
destino a Angola em busca de uma nova
oportunidade". Contudo, "estava longe de
imaginar o que o futuro lhe reservava.
Décadas depois é obrigado a regressar à
Metrópole e mais uma vez a vida decide
surpreendê-lo. Quando chega, sente o peso da
discriminação, sendo apontado por todos como
'retornado'." Apesar de conseguir
"ultrapassar todos os ultrajes, há
cicatrizes que deixam marcas".»
(in portalivros.wordpress.com)
Recensão – «Este romance é uma narrativa
corajosa, não da sua própria experiência,
mas do entendimento que conseguiu perceber
do sofrimento atroz que foi para centenas de
milhares de portugueses (brancos e também
muitos negros), o abandono das terras onde
muitos deles já tinham nascido. Alguns foram
atirados fora da terra dos seus avós.
Manuel Acácio revela ao longo das 221
páginas do seu "romance" um trabalho sério,
honesto e difícil de investigação – que lhe
permitiu descrever cenas reais, sobretudo de
Angola e de Portugal. O resultado é uma
conclusão que eu vejo pela primeira vez
escrita, anda por cima em bom português: os
portugueses foram expulsos por razões
fundamentalmente racistas e recebidos
naquela que teoricamente seria a sua terra,
por gente que os via como invasores do seu
espaço pequenino, miserável, sem qualidade e
sem perspectivas.
Neste livro de Acácio, está escrito que
também os políticos da época e os que se
seguiram, voltaram as costas aos despojados
de passado, de presente e sem futuro. Aqui
está explicada a razão porque há muita gente
a negar que a descolonização portuguesa
tenha sido uma operação "exemplar e bem
conseguida".
A integração mais ou menos pacífica que os
chamados "retornados" conseguiram em terras
portuguesas foi obra sua, da sua qualidade
humana e também das perspectivas abertas de
sociedades mais abertas, mais livres e mais
solidárias. Portugal beneficiou imenso com
esta injecção especial de gente de qualidade
excepcional.»
(Leston Bandeira, 04Abr2009)