Trabalhos,
textos sobre operações militares ou livros
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Pedro Gomes
Pedro Mário Soares Rodrigues Gomes,
nasceu no dia 24 de Agosto de 1945 no Porto.
Em
8 de Junho de 1967 assentou praça na Escola Prática de
Cavalaria (EPC - Santarém), a fim de frequentar o CSM
(Curso de Sargentos Milicianos);
Em
26 de Junho de 1967 transferido para a Escola do Serviço
de Saúde Militar (ESSM - Lisboa);
Em
25 de Setembro de 1967 promovido a 1º cabo miliciano
enfermeiro e colocado no Hospital Militar da Região 1
(HMR1 - Porto), onde cumpre pré-estágio da especialidade
como instrumentista de bloco operatório;

Em 12 de Setembro de 1968 transferido para o Regimento
do Serviço de Saúde (RSS);
Em
1 de Novembro de 1968 promovido a furriel miliciano e
colocado como adido no serviço de queimados do anexo ao
Hospital Militar Principal (HMP - Estrela/Lisboa);
Em 16 de Abril de 1969, tendo sido mobilizado pelo
Regimento
de Infantaria 1 (RI1 - Amadora) para servir Portugal na
Província Ultramarina de Angola, embarca em Lisboa no
NTT 'Vera Cruz' rumo ao porto de Luanda,
integrado
na Companhia de Caçadores 2501 (CCac2501) do Batalhão de
Caçadores 2871 (BCac2871) «TODOS NÃO SOMOS DEMAIS»;
Em 25 de Abril de 1969 o seu batalhão fica colocado em
Cabinda e a sua
subunidade
aquartelada no Caio Guembo com um pelotão no Luáli, a
qual em 16 de Março de 1970 veio a ser transferida para
o Ambriz (com deslocações temporárias às zonas de acção
de Zala, Vila Salazar e Quicabo).
Em 31 de Outubro de 1970 promovido a 2º sargento
miliciano enfermeiro;
Em 26 de Maio de 1971 inicia no porto de Luanda a
torna-viagem a bordo do NTT 'Vera Cruz', que arriba ao
cais fluvial da Rocha Conde de Óbidos no dia 4 de Junho
de 1971.
Notícia:


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conteúdo clique no sublinhado ou nas imagens que se
seguem:
Um
livro para recordar «Angola... o canto do cisne», in
semanário "Mundo Português"

O livro:
"Angola... o
canto do cisne"

título: "Angola... o canto do cisne"
autor: Pedro Gomes
editor: (O Autor)
revisão: Isabel Gomes
paginação e composição: Carla Rodrigues
execução gráfica: Casa dos Rapazes de
Viana do Castelo
interior da capa/contracapa de autoria da
jovem designer de Ponte de Lima, Daniela Sá
1.ª edição: Maio de 2019
2.ªedição. Julho de 2020
páginas: 128 (ilustrado)
dimensões: 21x15cm
ISBN: 989-20-9785-5
depósito legal: PT-472261/20
distribuidor: Servensino - Palmela
preço:
14,90 c/ 10% nas livrarias Bertrand, Fnac,
Almedina e Wook.
Para ex-combatentes/militares (através de pedidos
online) 8,00 envio inc. para o Continente.
contacto:
TM: 917 838 089
facebook:
https://www.facebook.com/Angolaocantodocisne/
e-mail:
pedromariosgomes@sapo.pt
Posfácio (excerto):
- «Durante a leitura deste livro, impressionei-me várias
vezes com o facto de, com mais frequência do que
imagino, no quotidiano, me cruzar com pessoas que
viveram histórias como as que aqui estão descritas.
'Angola…o canto do cisne', é o documento humano de um
conflito que marcou a vida de muitos.
Em vários momentos, este é um livro de gratidão. Também
por isso, é muito justo que agradeçamos ao autor a
generosidade desta partilha.
Pedro Gomes dá corpo às suas memórias, conta-nos o que
viu, descreve sensações que talvez só ele tenha tido e,
no entanto, ao fazê-lo, fala da história de todos nós,
faz com que alguém como eu entenda um pouco melhor o
presente, esta mesma realidade que nos rodeia agora e
que, na verdade, tem as suas raízes assentes no
passado.»
(José Luís Peixoto)
Recensão:
Realidade... pura e dura.
Três histórias no fio da navalha. A leitura do
"Angola... o canto do cisne" pode traduzir-se numa
reflexão para os interessados pelo (ainda e sempre
actual) tema das Guerras Coloniais Portuguesas, não as
tendo vivido no terreno, ou no renascer de vivências
pessoais - e de amizade - para centenas de milhar de
militares que delas sobreviveram.
Estar só (com mais 150 homens sós) é tarefa dantesca,
tendo o 'nada' mesmo ali à mão, memórias a
desvanecer-se, olhos fechados a reinventarmo-nos: a
família, os amigos, o salgado do mar, o fado, o vinho,
os sabores, as romarias, enfim, a ficção de voltar a
dobrar a Barra do Tejo, o nosso Bojador.
Índice:
A Febre Explodiu… e a mina também!
(*)
Nambuangongo… meu amor!
O Pior Ataque Foi… aos meus sentimentos
Emboscada do Capulo: Relato dos sobreviventes em
testemunhos reais
(*)
Excerto:
- «Em fila indiana iniciamos a subida, alferes e
furriéis de cada pelotão na frente dos seus grupos de
combate, restante tropa seguindo-os, tudo no maior
silêncio, olhos crispados, todas as mãos ocupadas.
Eu sentia-me cada vez pior, agora com arrepios de frio,
a febre a manter-se alta: já não havia dúvidas, estava
no início de um ataque de paludismo. Fiz uma 'bomba' e
tomei-a de uma assentada: um Buscopan, um
anti-inflamatório duplo, e pedi ao Carlos Batista para
me 'chutar p'ra veia' uma Resoquina. Dizem que adormeci.
Um sonho agoirento veio atormentar-me com imagens de
sofrimento e morte. Via rostos pálidos em corpos muito
fracos e assustados, muitas mãos erguidas pedindo ajuda
aos deuses, enquanto os helicópteros iam passando sem
nos conseguirem detetar, encobertos que estávamos pelas
copas das árvores que já tinham sido protectoras, mas
agora, ao ocultar-nos, nos iriam enterrar.»

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