António
Manuel Silva dos Santos, Alferes
Mil.º ‘Comando, n.º 01112367.
Serviu
Portugal na Província Ultramarina de
Angola, como comandante do 3.ª Grupo
de Combate da 20.ª Companhia de
Comandos «A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES», no período de no período
de 13 de Julho de 1969 a 12 de
Agosto de 1971.
Agraciado
com a Medalha da Cruz de Guerra de
3.ª classe (5.º Volume, Tomo VII,
págs. 157 e 158, da RHMCA / CECA
/EME)
Cruz de Guerra de 1.ª classe
(colectiva)

Aviso
(extrato) n.º 9095/2012
O Presidente da República decreta,
nos termos do artigo 33, n.º 1, do
Decreto-Lei n.º 316/2002, de 27 de
dezembro, o seguinte:
É concedida à 20.ª Companhia de
Comandos, a Medalha da Cruz de
Guerra — 1.ª Classe.
27 de junho de 2012.
O Secretário-Geral das Ordens,
Arnaldo Pereira Coutinho.
(Diário da República, 2.ª série, n.º
128, de 4 de Julho de 2012)
Cruz de Guerra de 3.ª classe
Alferes
Miliciano de Infantaria, Comando
ANTÓNIO MANUEL SILVA DOS SANTOS
20.ªCCmds/CICmds
— RMA
ANGOLA
3.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 15 — 2.ª
série, de 1972.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
3.ª classe, nos termos do art.º 20.º
do Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 566/71,
de 20 de Dezembro de 1971, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Angola, de 30 de
Maio próximo passado, o Alferes
Miliciano de Infantaria, Comando,
António Manuel Silva dos Santos, da
20.º Companhia de Comandos do Centro
de Instrução de Comandos da Região
Militar de Angola RMA (CIC/RMA).
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado nas Ordem de Serviço
n.º 27, de 30 de Maio de 1972, do
Comando-Chefe das Forças Armadas (CCFAA)
e n.º 54, de 5 de Julho do mesmo
ano, do Quartel General da Região
Militar de Angola (QG/RMA):
Por despacho de 29 de Maio de 1972,
o General Comandante-Chefe louvou o
Alferes Miliciano de Infantaria,
Comando António Manuel Silva dos
Santos, da 20.ª Companhia de
Comandos do Centro de Instrução de
Comandos (20ªCCmds/CIC), porque como
comandante de um Grupo de Combate
daquela Companhia, demonstrou
possuir elevadas qualidades de
competência, decisão, bravura,
agressividade e espírito de
sacrifício.
Comandando o seu Grupo, praticamente
em todas as operações, fê-lo sempre
de maneira notável, colocando-se nos
locais de maior perigo, incitando os
seus homens nos momentos mais
árduos, precedendo-os sempre que
necessário, formando com eles uma
unidade coesa, agressiva, com forte
determinação, elevado espírito de
missão e alto valor operacional.
As suas qualidades foram sobejamente
evidenciadas, quando numa operação
em que seguia junto dos primeiros
homens, tendo o inimigo emboscado
aberto fogo de metralhadora ligeira
e armas automáticas a cinco escassos
metros do elemento da frente, reagiu
imediatamente. Dando ele mesmo o
exemplo pela forma impetuosa com que
incitou os três homens que tinha
junto a si e não haviam ficado
feridos nos primeiros tiros,
lançou-se a peito descoberto sobre
as posições inimigas, procurando o
corpo a corpo, apesar do inimigo ter
reagido com fogo cerrado,
conseguindo a captura de uma
metralhadora e três armas
automáticas.
Noutra operação em que seguia
helitransportado, e devido a um erro
de colocação ter sido largado apenas
com uma equipa de quatro homens
junto a um objectivo que se
desconhecia totalmente quanto a
potencial, lançou-se, apesar de tudo
ao assalto, tendo ali permanecido um
dia e uma noite, que foi o tempo que
demorou o Grupo de Combate a
localizar e alcançar a sua equipa.
Para além de tudo, demonstrou sempre
o Alferes Santos, possuir
extraordinárias qualidades de
combatente, de decisão, valentia,
coragem, sangue-frio, destemor,
serenidade e a maior energia debaixo
de fogo.
Muito sóbrio no comportamento e
modesto nas atitudes, teve o Alferes
Santos comportamento honroso frente
ao inimigo e sempre se creditou como
exemplo de oficial que muito
dignifica a sua Unidade e o próprio
Exército que tão devotada e
desinteressadamente serviu.
Faleceu no dia 27 de Fevereiro de
2020