Cruz
de Guerra, de 1.ª classe
Armando Pedro Barreiro dos Santos,
Soldado de Cavalaria, n.º 7655665.
Mobilizado
para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Angola integrado na Companhia de
Cavalaria 1538 do Batalhão de
Cavalaria 1884, no período de 26 de
Abril de 1966 a 9 de Junho de 1968.

Cruz de Guerra, de 1.ª classe
Soldado
de Cavalaria, n.º 7655665
ARMANDO PEDRO BARREIRO DOS SANTOS
CCav 1538/BCav 1884 — RC 7
ANGOLA
1.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada
na OE n.º 1 — 3.ª série, de 1968.
Por Portaria de 21 de Novembro de
1967:
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, condecorar com a Cruz de
Guerra de 1.ª classe, ao abrigo dos
artigos 9.º e 10.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em
acções de combate na Província de
Angola, o Soldado n.º 7655665,
Armando Pedro Barreiro dos Santos,
da Companhia de Cavalaria n.º
1538/Batalhão de Cavalaria n.º 1884
— Regimento de Cavalaria n.º 7.

Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Por Portaria da mesma data,
publicada naquela OE):
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, adoptar para todos os
efeitos legais, o louvor conferido
em Ordem de Serviço n.º 19, de 25 de
Outubro de 1967, do Comando-Chefe
das Forças Armadas de Angola, ao
Soldado n.º 7655665, Armando Pedro
Barreiro dos Santos, da Companhia de
Cavalaria n.º 1538/Batalhão de
Cavalaria n.º 1884 —Regimento de
Cavalaria n.º 7, com a seguinte
redacção:

Pela sua brilhante conduta debaixo
de fogo quando, no dia 11 de Julho
de 1967, uma pequena força em que ia
incorporado foi violentamente
emboscada. Quando as duas viaturas
que constituíam a coluna foram
colhidas por repentino e súbito fogo
inimigo, que instantaneamente causou
três mortos e quatro feridos, e
verificando que debaixo de uma delas
ficara uma lata contendo um líquido
inflamável, deslocou-se sob fogo
intenso, conseguindo retirá-la para
local onde não oferecia perigo.
Apercebendo-se que o seu Comandante
de Secção se encontrava ferido e com
a arma
inutilizada, dirigiu-se ao seu
encontro e sempre debaixo de fogo,
encorajou-o e foi-lhe buscar outra
arma.
Detectando entretanto um grupo
inimigo dispondo de arma automática,
que tentava o assalto, frustrou-lhe
os seus intentos, atingindo com o
seu fogo o apontador daquela arma,
de tal forma que o mesmo teve de ser
arrastado pelos companheiros. Uma
vez posto o inimigo em fuga, não
havendo meios de transmissão e
estando as duas viaturas
impossibilitadas de se moverem,
ofereceu-se voluntariamente para,
com mais dois camaradas, se deslocar
a pé a uma distância de dezassete
quilómetros afim de comunicar a
ocorrência e solicitar auxílio,
muito embora estivesse bem
consciente do novo perigo que
corria, dada a iminência de outro
encontro com o inimigo.
Através de toda a sua actuação
perpassa uma serena e lúcida
valentia, um espírito de camaradagem
e abnegação extraordinários, um
correr de riscos pensado, mas
generosamente tomado, que merecem
ser apontados como nobilitante e
raro exemplo e se enquadram nas
tradições gloriosas do Exército
Português.
