

João Firmino Martins Correia
Soldado Condutor Auto 'Comando', n.º
749/63
Companhia de Cavalaria 487
Batalhão de Cavalaria 490
«SEMPRE EM FRENTE»
Adido ao
Batalão de Artilharia 733
«VALOROSOS, AUDAZES E CORAJOSOS»
Grupo de Comandos 'CAMALEÕES'
Guiné: 22Jul1963 a 07Ago1965
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Colectivo
João Firmino Martins
Correia, Soldado Condutor Auto
'Comando', n.º 749/63;
Mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 –
Estremoz) «DRAGÕES DE OLIVENÇA» -
«…NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»
para servir Portugal na Província
Ultramarina da Guiné;
No dia 17 de Julho de 1963, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa,
embarcou no NTT ‘Niassa’, integrado
na Companhia de Cavalaria 487
(CCav487) do Batalhão de Cavalaria
490 (BCav490) «SEMPRE
EM
FRENTE», rumo ao estuário do Geba
(Bissau), onde desembarcou no dia 22
de Julho de 1963;
A
sua subunidade de cavalaria,
enquanto na função de intervenção,
foi empregada em diversas operações
nas regiões de Encheia, Fajonquito,
Bissorã e Morés, em reforço de
outros batalhões e, integrada no seu
batalhão,
na operação "Tridente";
Em
11 de Março de 1964, seguiu para
Farim a fim de substituir a
Companhia de Artilharia 640
(CArt640) «LUTAR E VENCER» na função
de subunidade de intervenção e
reserva do sector, inicialmente na
dependência do Batalhão de Caçadores
512
(BCac512) «HONRA E GLÓRIA» e depois
do seu batalhão.
Em
24 de Agosto de 1964, no Centro de
Instrução de Comandos (CIC) do
Comando Territorial Independente
da
Guiné, em Brá, iniciou o 1.º Curso
de Comandos, o qual teve a sua
conclusão no dia 17 de Outubro de
1964, tendo sido integrado no Grupo
de Comandos ‘CAMALEÕES;
Em data não precisa, ficou adido ao
Batalhão de Artilharia 733 (BArt733)
«VALOROSOS, AUDAZES E CORAJOSOS»,
com o n.º 134/A, e que terá
acontecido após a chegada daquele
batalhão à Província Ultramarina da
Guiné que se verificou no dia 14 de
Outubro de 1964;
Fotos extraídas do 14.º Volume -
Tomo 1, da CECA/EME:

Encerramento do 1.º Curso de
Comandos da Guiné - Outubro de 1964
Fim da cerimónia: Os 3 Grupos
preaparam-se para desfilar
ostentando as insígnias recebidas
Por ordem vêem-se os «CAMALEÕES»,
sob o comando do Alferes Godinho [Justino
Coelho Godinho], os
«PANTERAS» e os «FANTASMAS»
Grupo de Comandos «CAMALEÕES»
Comandante
-
Alferes Mil.º
‘Comando’ Justino Coelho Godinho
- Alferes Mil.º ‘Comando’ Fernando
da Silva Fidalgo
Chefe
de Equipa
-
Furriel Mil.º ‘Comando’ Mário
Fernando Roseira Dias
- Furriel Mil.º ‘Comando’ Ilídio
José Matos Gonçalves Leonor
- Furriel Mil.º ‘Comando’ António
Mota Pereira Fabião
- Furriel Mil.º ‘Comando’ Carlos
Alberto Correia da Silva
Praças
- 1.º
Cabo ‘Comando’, n.º 59/E, Mamadu
Bari
- 1.º Cabo ‘Comando’, n.º 354/63,
José Filipe Alves Gonçalves
- 1.º Cabo ‘Comando’, n.º 503/64,
José Maria Anjos Moreira
- 1.º Cabo ‘Comando’, n.º 529/64,
Laurentino Matias Santos
- 1.º Cabo ‘Comando’, n.º 531/64,
Manuel Barroso Cajus
- 1.º Cabo ‘Comando’, n.º 1746/64,
Jacinto Martins Rodrigues
- Soldado ‘Comando’, n.º 3166/62,
Gualter Nelson dos Santos Cardoso
- Soldado ‘Comando’, n.º 1891/62,
Isaac Travassos de Matos
-
Soldado
‘Comando’, n.º 749/63, João Firmino
Martins Correia
- Soldado ‘Comando’, n.º 39/63,
Francisco Maria Nunes
- Soldado ‘Comando’, n.º 157/63,
Lino Rodrigues Caldeira
- Soldado ‘Comando’, n.º 116/63,
Fernando da Silva Gomes
- Soldado ‘Comando’, n.º 419/63,
João Varela Pombinho
- Soldado ‘Comando’, n.º 1101/63,
Flávio Francisco Pinto
- Soldado ‘Comando’, n.º 90/E, Alfa
Umaro Jaló
- Soldado ‘Comando’, n.º 1486/62,
Manuel Veloso Machado
- Soldado ‘Comando’, n.º 338/63,
Francisco da Silva Duarte
- Soldado ‘Comando’, n.º 546/63,
Manuel Martinho Serra
- Soldado ‘Comando’, n.º 644/63,
Armindo Gomes
- Soldado ‘Comando’, n.º 674/63,
António Gomes
- Soldado ‘Comando’, n.º 645/63,
Carlos de Jesus Pimenta
- Soldado ‘Comando’, n.º 709/63,
José Maria Vaz Nunes
- Soldado ‘Comando’, n.º 712/63,
José Feliciano Estrabocha Burrazeiro
- Soldado ‘Comando’, n.º 221/63,
Joaquim Trindade Cavaco
O
pessoal remanescente dos “CAMALEÕES”
integrou-se, em meados de 1965, no
novo grupo os “APACHES”

Centro de Instrução de Comandos em
Brá - Outubro de 1964
Cerimónia de imposição das insígnias
«COMANDO» após 4 meses de instrução.
Em
1.º plano os «FANTASMAS» sob o
comando do Alferes Saraiva [Maurício
Leonel de Sousa Saraiva]
Comanda os Grupos o Tenente Abreu
Cardoso [Jaime
Rodolfo de Abreu Cardoso]
que tinha comandado o grupo
«FANTASMAS» de Angola

O
Comandante Militar da Guiné -
Brigadeiro Sá Carneiro,
na
cerimónia de encerramento do 1.º
Curso de Comandos da
Guiné - Outubro de 1964

Encerramento do 1.º Curso de
Comandos - 17 de Outubro de 1964
O
Comandante do Centro de Instrução de
Comandos (CIC):
Major 'Comando' Correia Dinis,
profere uma alucução

Grupo de Comandos "CAMALEÕES" - Brá,
no final do 1.º Curso de Comandos
da
Guiné em 17 de Outubro de 1964

Desfile e Render da Guarda do
Palácio do Governo
Entrada na Avenida da República - em
1.º plano o Alferes Saraiva
[Maurício
Leonel de Sousa Saraiva]

Desfile dos Grupos de Comandos em
Bissau
Em
1.º plano o Tenente 'Comando' Abreu
Cardoso [Jaime
Rodolfo de Abreu Cardoso]

Render da Guarda do Palácio do
Governo.
O
Grupo de Comandos "CAMALEÕES"

Fim do desfile - Quartel da Amura
Actividade operacional mais
significativa, levada a cabo pelo
Grupo de Comandos «CAMALEÕES»:
|
DESIGNAÇÃO |
PERÍODO |
ZONA
DE ACÇÃO |
FORÇAS
QUE TOMARAM PARTE |
NA
ZONA DO: |
|
Operação "Confiança" |
25Out
a 04Nov1964 |
Óio |
Reabertura itinerário
Mansabá- Farim. Com: os
GrCmds «CAMALEÕES» e
«PANTERAS» |
BCav705 |
|
Operação "pinto" |
23Nov1964 |
Galo
Corubal |
Com: 2
Grupos de Combate da CCac510 |
BCac697 |
|
Emboscada |
11Dez1964 |
Mamboncó |
|
BArt645 |
|
Golpe
de mão |
15Jan1965 |
Madane
- Demba Calo |
|
BArt645 |
|
Operação "Sacato" |
21Fev1965 |
Jubembem Canjambari |
Com:
CCav488 |
BCav490 |
|
Operação "Sacato I" |
25Fev1965 |
Jubembem Canjambari |
Com:
CCav488 |
BCav490 |
|
Operação "Minerva" |
09Mar1965 |
Sulucó |
Com:
CCav489 |
BCav490 |
|
Golpe
de mão |
26Mar1965 |
Gã
Pedro Tite |
|
BCac599 |
|
Operação "Veado" |
30Jun
a 01Jul1965 |
Iussé
Chumbume |
Com:
CCac818, Grupo de Combate da
CArt643 ( |
BArt645 |
Louvor colectivo - Batalhão de
Cavalaria 490 - publicado na Ordem
de Serviço n.º 14, do Comando
Militar da Guiné, de 16 de Fevereiro
de 1965 e na Revista da Cavalaria do
ano de 1965, pág. 150;
Louvado por feitos em combate,
publicado Ordem de Serviço n.º 32,
de 20 de Abril de 1965, do Quartel
General do Comando Territorial
Independente da Guiné;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho
Comandante-Chefe das Forças Armadas
da Guiné, de 28 de Março de 1966,
publicado na Ordem do Exército n.º
13 - 3.ª série, de 1966 e na Revista
da Cavalaria do ano de 1966, página
144.
No dia 7 de Agosto de
1965, embarcou no NTT ‘Niassa’ de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 14 de
Agosto de 1965;
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Louvor Colectivo
BATALHÃO DE
CAVALARIA N.º 490
Ordem de
Serviço n.º 14 do Comando Militar da
Guiné,
de 16 de Fevereiro de 1965
Que, por despacho de 12 do corrente
e por proposta do Excelentíssimo
Comandante do Agrupamento n.º 16,
louva:
Batalhão de Cavalaria n.º 490
porque, encontrando-se na Província
há mais de 18 meses e tendo iniciado
a sua missão de quadrícula após um
período de intervenção nas regiões
mais afectadas pelo inimigo (Ilha do
Como e Morés), tem mantido uma
actividade operacional profícua a
custo dos próprios efectivos em
quadrícula, enfileirando sempre ao
lado de outras Unidades mais
modernas na Província.
Não obstante as alterações que tem
havido nos principais colaboradores
do Comando e no Comando das suas
Companhias orgânicas, tudo por força
de promoções ocorridas após o início
da sua Comissão de Serviço, e apesar
do elevado número de elementos
inoperacionais como consequência de
factores vários a que não são
estranhos os períodos vividos em
verdadeiro ambiente de
contra-guerrilha, tem o Batalhão de
Cavalaria n.º 490 sabido manter um
elevado espírito combativo que honra
a Arma de Cavalaria e o Exército.
Unidade dotada de elevado moral,
tem-no fortificado nos duros
momentos de luta já vividos e que
ficam a atestar o alto valor militar
de todos os seus componentes,
Oficiais, Sargentos e Praças,
irmanados como estão no mesmo
sentimento do Dever que os trouxe à
Guiné Portuguesa.
(in Revista
da Cavalaria do ano de 1965, pág.
150)
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
Soldado,
condutor auto, "Comando", n.° 749/63
JOÃO FIRMINO MARTINS CORREIA
CCav487/BCav490 - RC3
BArt733 – RAL1
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho
publicado na Ordem do Exército n.º
13 – 3.ª série, de 1966.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, aprovado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas da Guiné, de 28 de
Março de 1966:
O Soldado, condutor auto, "Comando",
n.º 749/63, João Firmino Martins
Correia, da Companhia de Cavalaria
n.º 487 do Batalhão de Cavalaria 490
– Regimento de Cavalaria n.º 3 e
adido ao Batalhão de Artilharia 733
com o n.º 134/A.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
32, de 20 de Abril de 1965, do
Quartel General do Comando
Territorial Independente da Guiné):
Louvo o Soldado n.º 749/63 da
Companhia de Cavalaria n.º 487 do
Batalhão de Cavalaria 490 e adido ao
Batalhão de Artilharia 733, com o
n.º 134/A, João Firmino Martins
Correia, porque pertencendo ao Grupo
de Comandos "Camaleões", tem
revelado excepcionais qualidades de
sangue-frio e agressividade em
combate.
No dia 26 de Março de 1965, quando
do ataque a um acampamento inimigo,
apesar de logo de início ter sido
ferido num joelho, não o comunicou
imediatamente ao seu comandante de
grupo a fim de não prejudicar a
acção, continuando no posto que lhe
tinha sido determinado.
No regresso do grupo, mostrou grande
coragem ao não permitir que um
camarada trouxesse a sua arma e
vindo ainda cerca de 1 km pelo seu
pé, altura em que, devido ao
esgotamento físico e às
compreensíveis dores que sentia,
permitiu então que o amparassem até
ao local de evacuação de
helicóptero.
Esta sua atitude teve excepcional
importância no rápido regresso do
grupo através da bolanha. Pela sua
coragem e espírito de sacrifício,
este militar tem direito à
consideração de todos os seus
camaradas e pode ser considerado
como um óptimo "Comando".