MARCELINO
DA MATA
1.º Cabo, Comando
‘Os Roncos'/CCac1548
[BCac1887]
GUINÉ
Transcrição da Portaria publicada na Ordem do
Exército n.º 17 - 3.ª série, de 1967.
Por Portaria de 09 de
Maio de 1967:
Manda
o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 1.ª classe,
ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços
prestados em acções de combate na Província da Guiné
Portuguesa, o
1.º Cabo n.º 244/65-Rd, Marcelino da Mata, da Companhia
de Caçadores n.º 1548 do Batalhão de Caçadores n.º 1887
— Comando Territorial Independente da Guiné.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Por
Portaria da mesma data, publicada naquela Ordem do
Exército):
Manda
o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, adoptar para todos os efeitos legais, o louvor
conferido em Ordem de Serviço n.º 8/67, de 05 de Abril
de
1967,
do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné, ao 1.º
Cabo n.º 244/65-Rd, Marcelino da Mata, da Companhia de
Caçadores n.º 1548 do Batalhão de Caçadores n.º 1887 —
Comando Territorial Independente da Guiné, com a
seguinte redacção:
Porque, em 02 de Janeiro de 1967, durante a operação
"Cajado", comandou com extraordinária bravura uma Secção
do Grupo de Combate "Os Roncos", conduzindo-a com
decisão e sangue-frio ao assalto perante o fogo
intensíssimo do inimigo, durante duas horas e vinte
minutos e deslocando-se frequentemente à retaguarda a
fim de executar o remuniciamento, tendo a sua actuação
muito contribuído para a obtenção dos magníficos
resultados da operação.
Este primeiro Cabo tem tomado parte em todas as acções
do seu Grupo de Combate, ao qual têm sido atribuídas as
mais difíceis e arriscadas missões, desempenhando sempre
papel de extraordinário relevo no comando da sua Secção.
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3.ª -
Ordem Militar da Ordem Militar da Torre e Espada, do
Valor, Lealdade e Mérito, grau Cavaleiro
MARCELINO
DA MATA
2.º Sargento de Engenharia Rodoviária Comando
GUINÉ
Transcrição do Alvará
publicado na Ordem do Exército n.º 25 - 3.ª série, de
1969:
(Publicado
no Diário do Governo, n.º 153, II série, de 2 de Julho
de 1969)
Presidência da República Chancelaria das Ordens
Portuguesas
Alvará de concessão, de 6 de Junho de 1969:
Considerando que o Segundo-Sargento de Engenharia
Rodoviária, Marcelino da Mata, após oito anos de
campanha contra a subversão no Ultramar, pela coragem
constante em presença do inimigo, por suas virtudes
militares, espírito de sacrifício, decisão, alheamento
consciente do perigo, prestígio pessoal sobre as tropas
comandadas ou entre os seus camaradas e superiores, se
impôs como um alto valor moral da Nação;

Considerando que em acções militares heroicas na Guiné -
que lhe deram jus à Cruz de Guerra de 2.ª e 1.ª classes
- revelou personalidade, em cujo carácter estão bem
vincados o valor, a lealdade e o mérito;
Américo Deus Rodrigues Thomaz, Presidente da República e
Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas, faz
saber que, nos termos do Decreto-Lei n.º 44 721, de 24
de Novembro de 1962, confere ao Segundo-Sargento de
Engenharia Rodoviária, Marcelino da Mata, sob proposta
do Presidente do Conselho, o grau de Cavaleiro da Ordem
Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
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4.ª -
Cruz de Guerra de 1.ª classe
MARCELINO
DA MATA
2.º Sargento de Engenharia Rodoviária Comando
GUINÉ
Transcrição da
Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 17 – 3.ª
série, de 1971.
Por Portaria de 21 de
Abril de 1971:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
da Defesa Nacional, condecorar, por proposta do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné o
2.º
Sargento, Marcelino da Mata, do Comando Territorial
Independente da Guiné, com a medalha de Cruz de Guerra
de 1.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do
Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Por Portaria da mesma data, publicada naquela Ordem do
Exército):
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
da Defesa Nacional, louvar, por proposta do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, o
Segundo-Sargento de Engenharia Rodoviária, Marcelino da
Mata, pela notável valentia, coragem, serena energia e
sangue-frio com que actuou, frente ao inimigo, no
decorrer de uma operação excepcionalmente difícil e em
que, face ao aparecimento de situações imprevisíveis,
pôs à prova as suas invulgares qualidades de decisão, de
desembaraço e de inultrapassável espírito de missão.
Tendo morrido em combate, pouco depois do assalto a um
aquartelamento inimigo, o comandante do Grupo que
desencadeara a acção, foi o Sargento Marcelino quem
assumiu o comando das forças executantes, mercê do
natural ascendente sobre todos os camaradas, o que
constitui prova insofismável das suas qualidades de
chefia, que permitiram ainda o integral cumprimento da
missão perante situações altamente críticas.
Face à resistência que o inimigo ofereceu em diversas
ocasiões, o Sargento Marcelino, pessoalmente, causou ao
inimigo elevado número de baixas, actuando com uma
coragem e decisão verdadeiramente notáveis, sendo-lhe
devido o êxito total da acção, que decorreu sempre com
iminente risco de vida.
O Sargento Marcelino da Mata demonstrou à evidência
reunir excepcionais qualidades de combatente, já
demonstradas ao longo de vários anos de luta no Teatro
de Operações da Guiné, e que estão na base das honrosas
condecorações da Torre e Espada e Cruzes de Guerra que
ostenta no seu peito, devendo ser apontado como militar
que muito honra o Exército português e que ganhou jus ao
agradecimento da Pátria, pelos altos e relevantes
serviços que lhe prestou em campanha.
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5.ª -
Cruz de Guerra de 1.ª classe
MARCELINO
DA MATA
Alferes graduado, Comando
COE (Centro de Operações
Especiais) - CTIG
GUINÉ
Transcrição da
Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 19 – 3.ª
série, de 1973.
Por Portaria de 22 de
Agosto findo:
Manda o Governo da
República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional,
condecorar, por proposta do Comandante-Chefe das Forças
Armadas da Guiné, o Alferes graduado, Marcelino da
Mata,
com a medalha da Cruz de Guerra de 1.° classe , ao
abrigo dos artigos 14.º, 15.º, 16.º, e 63.º do
Regulamento da Medalha Militar, de 20 de Dezembro de
1971.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Por Portaria da mesma data publicada naquele Ordem do
Exército):
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
da Defesa Nacional, louvar, por proposta do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, o Alferes
graduado, Marcelino da Mata, pelos repetidos actos de
extraordinária bravura que vem praticando em campanha no
Teatro de Operações da Guiné.
Tendo participado em intensa e esgotante actividade
operacional, conquistou a mais viva admiração de todos
os seus camaradas de armas, pela sua excepcional
intuição para as acções de contraguerrilha e pela
naturalidade, audácia e arrojo com que enfrenta as mais
duras situações de combate.
No decorrer da acção «Karen», em Novembro de 1971, tendo
o inimigo desencadeado um ataque de surpresa, reagiu
pronta e decididamente, abatendo um adversário e
obrigando os restantes a dispersar, conseguindo, com o
seu admirável sangue-frio, suster a natural
desorientação dos seus homens.
Durante a acção «Rosário 1», em Outubro de 1972, sendo o
seu grupo violentamente atacado à entrada de um
acampamento, manteve-se a peito descoberto debaixo de
intenso fogo, fazendo serenamente tiro certeiro,
forçando dois adversários a fugirem, abandonando as
armas, depois do que, reagrupando os seus homens,
carregou sobre o objectivo com irresistível
agressividade, abatendo, ele próprio, mais dois
elementos inimigos.
Na acção «Rosário II», em Novembro de 1972, apesar de
ter sofrido um ferimento ligeiro, recusou-se a ser
evacuado e contribuiu decididamente, com a sua indómita
coragem para a debandada do inimigo e para a captura de
volumoso e importante material de guerra.
O Alferes Marcelino da Mata tem honrado, em frente do
inimigo, as altas condecorações que ostenta, ganhando
jus ao reconhecimento da Pátria, que vem servindo com
excepcional valor.
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6.ª -
Cruz de Guerra de 3.ª classe
MARCELINO
DA MATA
Alferes graduado, Comando
COE (Centro de Operações Especiais) - CTIG
GUINÉ
Transcrição do
Despacho publicado na Ordem do Exército n.º 18 – 2.ª
série, de 1973.
Agraciado
com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, nos termos do art.º
20.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo
Decreto n.º 566/71, de 20 de Dezembro, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 10 de
Junho último, o Alferes graduado, Marcelino da Mata, do
Batalhão de Comandos, do Centro de Operações Especiais,
do Comando Territorial Independente da Guiné.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado nas Ordens de Serviços n.º 26, de 09 de Junho
de 1973, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné (CCFAG)
e n.º 26, de 28 do mesmo mês e ano, do Quartel General
do Comando Territorial Independente da Guiné (QG/CTIG):
O
General Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné,
por despacho de 9 de Junho de 1973, louvou o Alferes
graduado, Comando, Marcelino da Mata, do Batalhão de
Comandos, do Centro de Operações Especiais do Comando
Territorial Independente da Guiné (CTIG) pelo seu
brilhante comportamento durante a operação "Ametista
Real", levada a efeito em Maio de 1973, no Teatro de
Operações da Guiné.
À frente dos seus homens, que galvanizou com o exemplo
da sua coragem excepcional, tomou de assalto vários
depósitos de material de guerra que o inimigo defendia
vivamente, forçando-o a retirar com pesadas baixas.
Encarregado, posteriormente, de destruir o enorme volume
de material apreendido, desempenhou-se da incumbência
com admirável perícia e completa eficácia, apesar de
todas as destruições terem sido executadas debaixo de
fogo inimigo.
Finalmente, ofereceu-se para comandar o escalão da
retaguarda das nossas forças, conseguindo deter o
inimigo com extrema agressividade e hábil manobra,
prestando desta forma relevante contributo para o
extraordinário êxito da operação.
O Alferes Marcelino da Mata voltou a demonstrar as suas
excepcionais qualidades de coragem, decisão e serena
energia debaixo de fogo, ganhando jus, uma vez mais, ao
agradecimento da Pátria que tão valorosamente vem
servindo.
