HONRA E GLÓRIA
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Carlos
Manuel Barosa dos Santos
Furriel Miliciano
de Cavalaria
Companhia de Cavalaria 704
Batalhão de
Cavalaria 705
«CAVALEIROS MARINHOS» - «SUAVITOR IN
MODO FORTIFER IN RÉ»
Guiné: 24Jul1964
a
19Nov1964 (data do falecimento)
Cruz de Guerra, de 4.ª classe
(Título póstumo)
Louvor Individual
(Título póstumo)
Louvor Colectivo
(Título póstumo)
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clique em cada um dos sublinhados
existentes no texto que se segue:
Carlos
Manuel Barosa dos Santos, Furriel Mil.º
de Cavalaria, n.º 1625/63, natural
da freguesia e concelho da Marinha
Grande, filho de Júlio Rodrigues dos
Santos e de Fausta Barosa Santos,
solteiro;
Mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 7 (RC7 –
Ajuda) «QUO TOTA VOGANT» -
«REGIMENTO DO CAIS» para servir
Portugal na Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 18 de Julho de 1964, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Índia’,
integrado na Companhia de
Cavalaria 704 (CCav704) do Batalhão
de Cavalaria 705 (BCav705)
«CAVALEIROS
MARINHOS» - «SUAVITOR IN
MODO FORTIFER IN RÉ», rumo ao
estuário do Geba (Bissau), onde
desembarcou no dia 24 de Julho de
1964;
A sua subunidade de cavalaria na
função de intervenção como reserva
do Comando-Chefe e com a sua base em
Bissau e após cumprir um curto
período de treino operacional no
sector de Bula, sob orientação do
Batalhão de
Caçadores 507 (BCac507),
foi utilizada em diversas operações
de maior vulto, nomeadamente na
operação "Tornado", realizada na
região do Cantanhez, na
dependência
do Comando da Defesa Marítima da
Guiné (CDMG), de 19 a 21 de Setembro
de 1964, na operação "Base",
realizada na região do Óio, na
dependência do Batalhão de
Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS
NEGRAS» - «BRAVOS SEMPRE FIÉIS», de
4 a 7 de Outubro de 1964 e nas
operações "Rescaldo", "Flores" e
"Notável", realizadas na região do
Morés-Óio sob comando directo do seu
batalhão, de 4 a 23 de Novembro de
1964;
Faleceu no dia 19 de
Novembro de 1964 no Hospital Militar
241 (HM241 - Bissau), em
consequência de graves ferimentos
adquiridos cinco dias antes, pela
deflagração de mina à qual sucedeu
emboscada, no decurso da operação
«Notável» realizada na área de
Mansabá.
Está inumado no
cemitério da Marinha Grande.
Paz à sua Alma
Louvado, a título
póstumo, por feitos em combate no
teatro de operações da Guiné,
publicado na Ordem de Serviço n.º
25, de 26 de Março de 1965, do
Comando Territorial Independente da
Guiné e na Revista da Cavalaria do
ano de 1965,
páginas 82 e 83;
Agraciado com a
Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª
classe, pela Portaria de 24 de Maio
de 1965, publicado na Ordem do
Exército n.º 22 - 3.ª série, de 10
de Agosto de 1965.
Cruz de Guerra de 4.ª classe
(Título póstumo)
Furriel
Miliciano de Cavalaria
CARLOS MANUEL BAROSA DOS SANTOS
CCav704/BCav705 - RC7
GUINÉ
4.ª CLASSE (Título póstumo)
Transcrição da Portaria publicada
na Ordem do Exército n.º 22 – 3.ª
série,de 1965.
Por Portaria de 24 de Maio de
1965:
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, condecorar com a Cruz de
Guerra de 4.ªclasse, ao abrigo dos
artigos 9.º e 10.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em
acções de combate na Província da
Guiné Portuguesa:
O Furriel Miliciano de Cavalaria,
Carlos Manuel Barosa dos Santos, da
Companhia de Cavalaria n.º 704 do
Batalhão de Cavalaria n.º 705 —
Regimento de Cavalaria n.º 7, a
título póstumo.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
25, de 26 de Março de 1965, do
Comando Territorial Independente da
Guiné):
Louvado, a título póstumo, por sua
Exª o Comandante-Chefe das Forças
Armadas da Guiné, o Furriel
Miliciano Carlos Manuel Barosa
Santos, da Companhia de Cavalaria
n.º 704 do Batalhão de Cavalaria n.º
705, pelas qualidades excepcionais
de Comandante de Secção,
demonstradas desde o dia 1 de Abril
de 1964, data em que entrou para a
Companhia, até ao dia 19 de Novembro
de 1964, data em que faleceu.
Durante todo este período, o Furriel
Barosa revelou-se um óptimo militar,
de personalidade bem vincada, com um
bom senso excepcional, sangue frio,
entusiasmo, competência e mais
qualidades que o tornaram admirado
pelos seus subordinados, camaradas e
superiores.
Desde o início da sua instrução
militar até às mais difíceis
situações de campanha, nomeadamente
no Centro e Sul da Província, em que
foi escolhido para com a sua Secção
escoltar o Comando de Agrupamento,
durante as operações "Base",
"Rescaldo", "Confiança" e "Notável",
nunca se poupou aos maiores
sacrifícios e esforços mais árduos
com prejuízo da sua saúde, tendo
algumas vezes que ser evacuado.
Por todos estes motivos o Furriel
Carlos Manuel Barosa dos Santos, foi
considerado um exemplo de bem servir
e o melhor Furriel da Companhia de
Cavalaria n.º 704, merecendo ser
exaltado e apontado como um exemplo
a seguir.
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Louvor Colectivo
BATALHÃO DE CAVALARIA N.º 705
(Ordem de Serviço n.º 57, de 11
de Maio de 1966, do Comando de Agrupamento 24)
Louvo o Comando do Batalhão de Cavalaria n.º 705 pela
forma proficiente e a todos os títulos exemplar como
organizou e accionou os diversos serviços que se
processaram ou correram através dele.
Comando em que todos os seus órgãos revelaram o melhor
interesse no exercício das suas funções específicas, a
que cabalmente satisfizeram, constituiu um todo
homogéneo à altura da missão recebida não obstante a
complexidade inerente ao grande número de subunidades a
orientar, accionar e a controlar, o que lhe mereceu
encómios e o testemunho da sua eficiência por parte das
diferentes Chefias e Comandos das Armas do Comando
Territorial Independente da Guiné, e foi motivo para
receber, no campo social, a solidariedade das
autoridades administrativas, e o agradecimento e
consagração por parte das populações e autoridades
nativas, pela assistência moral, religiosa, sanitária,
educativa e económica prestadas, em reconhecimento da
protecção que sempre lhes foi garantida.
Comando que concebeu e impulsionou uma actividade
operacional a todos os títulos notável, perseguindo o
inimigo e impedindo-lhe sua fixação no sector, em tudo
fez aflorar a qualidade dos seus oficiais, sargentos e
praças havendo-se de dar relevo muito justamente à
pessoa do seu Comandante, Tenente-Coronel de Cavalaria,
Manuel Maria Pereira Coutinho Correia de Freitas,
oficial com dotes excepcionais de Comando, que conseguiu
galvanizar à sua volta compenetradas vontades e o melhor
espírito de cooperação dos seus subordinados no que
constituíram um todo digno de apreço e de muita
simpatia, marcando uma presença exemplar na Guiné que me
apraz referir e apontar à consideração das Unidades do
Sector Leste.
(in Revista da Cavalaria do ano
de 1966, pág.s 173 e 174)
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Notícia da partida do NTT
'Índia', com destino à Província
Ultramarina da Guiné