
Carlos Matos de Oliveira
Alferes Mil.º de
Cavalaria
Comandante de pelotão da
Companhia de Cavalaria 1617
Batalhão de
Cavalaria 1897
Guiné:
04Nov1966 a 02Ago1968
Cruz de Guerra de 2.ª classe
Louvor Individual
Carlos Matos de
Oliveira, Alferes Mil.º de
Cavalaria;
Mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 3 (RC3 – Estremoz)
«DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE» para servir
Portugal na
Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 29 de Outubro de 1966, na
Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou num
navio de transportes de tropas, como
comandante de pelotão da Companhia
de Cavalaria 1617
(CCav1617) do
Batalhão de Cavalaria 1897
(BCav1897), rumo ao estuário do Geba
(Bissau), onde desembarcou no dia 4
de Novembro de 1966;
A sua
subunidade de cavalaria
• Seguiu em 16 de Novembro de 1966
para o sector de Mansoa, a fim de
efectuar a adaptação operacional,
sob a orientação do
Batalhão de
Caçadores 1857 (BCac1857) «TRAÇAMOS
A VITÓRIA» e substituiu, a partir de
26 de Novembro de 1966, a
Companhia
de Caçadores 1588 (CCac1588) do
Batalhão de Caçadores 1894
(BCac1894) «JUSTOS E FORTES» - «NON
NOBIS» na segurança e protecção dos
trabalhos da estrada Mansoa-Mansabá,
com o seu
estacionamento em Cutia.
Passou depois à dependência do seu
batalhão.
• Em 4 de Abril de 1967, foi
substituída em Cutia pela Companhia
de Caçadores 1421 (CCac1421) «K3» -
«ÓIO» do Batalhão de Caçadores 1857
(BCac1857) «TRAÇAMOS A VITÓRIA» e
seguiu para a zona Sul a fim de
tomar parte na operação "Fabiola".
• Em 26 de Abril de 1967, assumiu a
responsabilidade do subsector de
Mansabá, onde rendeu a Companhia de
Caçadores 1419 (CCac1419) «OS FACAS»
do Batalhão de Caçadores 1857
(BCac1857) «TRAÇAMOS
A VITÓRIA»,
ficando integrada no dispositivo e
manobra do seu batalhão.
• Em 8 de Maio de 1968 foi rendida
no subsector de Mansabá pela
Companhia de Cavalaria 1749
(CCav1749) «OS DUROS» - «SAÚDE –
SABER – SORTE» e seguiu, por
fracções, para Bissau a fim de
substituir a Companhia de Caçadores
1589 (CCac1589) do do Batalhão de
Caçadores 1894 (BCac1894) «JUSTOS E
FORTES» - «NON NOBIS», a partir de
16 de Maio de 1968, no dispositivo
de segurança e protecção das
instalações e das
populações da área
sob responsabilidade do Batalhão de
Caçdores 2834 (BCac2834) «JUNTOS
VENCEREMOS» - «PARA VENCER,
CONVENCER» e depois do Batalhão de
Caçadores 1911 (BCac1911)
«CORAGEM E
HUMANIDADE» e onde se manteve até ao
seu embarque de regresso, vindo a
ser substituída pela Companhia de
Artilharia 1660 (CArt1660)
«SERPENTES DE ÓIO».
Em 2 de Agosto de 1968, embarcou no
NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 8 de Agosto
de 1968;
Louvado por feitos em combate no
Teatro de Operações da Guiné e
agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 2.ª classe, pela Portaria
de 2 de Dezembro de 1969, publicado
na Ordem do Exército n.º 24 – 2.ª
série, de 15 de Dezembro de 1969 e
na Revista da Cavalaria do ano de
1969, página 103.
Cruz de Guerra de 2.ª classe
Alferes Miliciano
de Cavalaria
CARLOS MATOS DE OLIVEIRA
CCav1617/BCav1897
- RC3
GUINÉ
2.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na
Ordem do Exército n.º 24 – 2.ª
série, de 15 de Dezembro de 1969.
Por Portaria de 02 de Dezembro de
1969:
Condecorado com a Cruz de Guerra de
2.ª classe, ao abrigo dos artigos
9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por
serviços prestados em acções de
combate na Província da Guiné
Portuguesa, o Alferes Miliciano de
Cavalaria, Carlos Matos de Oliveira,
da Companhia de Cavalaria n.º 1617
do Batalhão de Cavalaria n.º 1897 -
Regimento de Cavalaria n.º 3.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Por
Portaria da mesma data, publicada
naquela Ordem do Exército):
Louvado o Alferes Miliciano de
Cavalaria, Carlos Matos de Oliveira,
da Companhia de Cavalaria n.º 1617,
do Batalhão de Cavalaria n.º 1897,
do Regimento de Cavalaria n.º 3,
pela forma notável como se
distinguiu em todas as operações em
que tomou parte.
De excelente formação moral, sempre
deu provas da maior coragem, audácia
e decisão nos momentos críticos, a
que juntava um espírito de
sacrifício e uma bravura para além
de todos os limites.
Sereno e descontraído debaixo de
fogo, é de referir especialmente o
seu comportamento na operação
"Espadeira", realizada contra uma
forte e bem defendida base inimiga,
e em que o seu pessoal se encontrou
colocado numa situação difícil, sob
o fogo denso e ajustado de morteiros
e armas pesadas inimigas, sendo ele
próprio atingido por um estilhaço de
granada, que o fez cair e perder os
sentidos. Consegue, no entanto,
recuperar, e verificando que os seus
soldados estavam desorientados por o
verem ferido, apesar de sangrar
abundantemente, numa atitude
enérgica, chamou-os à realidade e
tem ainda ânimo para transportar às
costas um dos seus subordinados
gravemente ferido. Dado o seu
próprio estado pretendem evacuá-lo,
mas nega-se a abandonar os seus
homens até final da operação.
O Alferes Oliveira continuou
revelando a sua extraordinária
valentia e dotes de comando em
muitas outras operações,
denominadamente nas operações
"Fabíola", "Espátula", "Epigeu",
"Estilo", "Espenda", "Equinócio"
(nesta novamente ferido),
contribuindo sempre de forma
brilhante para os êxitos alcançados.
Oficial muitíssimo correcto e
aprumado, esplêndido camarada e
óptimo condutor de homens, constitui
exemplo constante da sua Companhia e
prestigiou a sua Arma, honrando e
dignificando o Exército a que
pertence.
