16.º
Encontro Nacional de Combatentes
10
de Junho de 2009
Opinião
From:
josesmmartins@_______
Sent: Wednesday, June 10, 2009 6:06 PM
To: luisgracaecamaradasdaguine@_______;
ultramar@________
Subject: XVI Encontro de Combatentes
Caros Camaradas
Desde há desasseis anos que neste dia honro a memória daqueles que,
fieis a um juramento à Bandeira Pátria, entregaram a
visa em terras de África. Honro, também, aqueles
que, por causa da guerra, por lá deixaram parte de
si mesmos, carregando para o resto da vida, a
memória visível da sua vida por aquelas paragens.
Recordo, ainda, aquele 10 de Junho de 1970 quando,
depois de ter cumprido o dever
imposto, pisei terra metropolitana.
Porem, e como já anteriormente havia escrito, há coisas que ainda não
consigo entender:
1 - Há necessidade de ter um patrocinador nas comemorações, nomeadamente a
Portugal Telecom que, invariavelmente, coloca uma coroa
de flores no monumento com publicidade? Não seria muito
mais "soft" anunciar apenas o patrocínio, caso ele
seja necessário?
2 - Porque é que, a partir de há alguns anos a esta parte, há um
"artista convidado" para cantar, se não a solo,
sobrepondo-se às vozes roucas e cansadas dos
combatentes, debitando a sua voz através da
instalação sonora? Nada tenho contra a D. Cátia
Guerreiro, cuja carreira tenho seguido e admirado.
Mas, francamente! O Hino soou-me a fado. Sei que
era uma canção de protesto contra o Ultimato Inglês de
1890 e que, rapidamente se transformou "num grito de
revolta", mas hoje, hoje é o nosso Hino. Por
favor: deixem que, enquanto isso seja possível,
sejam os COMBATENTES a entoar o HINO NACIONAL, mesmo que
a sua voz seja rouca, mesmo que a sua voz já custe
a dominar, mesmo que a sua voz não tenha a pujança
de outrora, é a voz daqueles que responderam SIM,
quando a pátria os chamou.
José Martins