
Fodé
Embaló
Soldado de Cavalaria, n.º 215/61
Esquadrão
de Reconhecimento 693
«SEMPRE
CAVALEIROS»
Guiné: 02Jul1964 a 14Mai1966
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Colectivo

Fodé Embaló, Soldado de
Cavalaria, n.º 215/61;
Mobilizado pelo Comando Territorial
Independente da Guiné (CTIG) «A LEI
DA VIDA ETERNA DILATANDO» - «CORAGEM
E LEALDADE» para servir Portugal
naquela Província Ultramarina,
integrado no Esquadrão de
Reconhecimento 693 (ERec693) «SEMPRE
CAVALEIROS»;
A sua subunidade de cavalaria:
• Após o desembarque, seguiu para
Bafatá, a fim de substituir o
Esquadrão de Reconhecimento 385
(ERec385) como subunidade de reserva
móvel do
sector do Batalhão de
Caçadores 506 (BCac506) e depois do
Batalhão de Cavalaria 757 (BCav757)
«ALEGREM-SE! A VITÓRIA SERÁ NOSSA» -
«JUNTOS
VENCEREMOS»;
• De 8 de Novembro de 1964 a 7 de
Abril de
1966, destacou um pelotão
para Farim, onde reforçou o
dispositivo do Batalhão de Cavalaria
490 (BCav490) «SEMPRE EM
FRENTE» e
depois o Batalhão de Artilharia 733
(BArt733) «VALOROSOS,
AUDAZES,
CORAJOSOS»;
• Por períodos variáveis, destacou
pelotões para reforço de outros
sectores, nomeadamente para Mansoa,
de 14 de Janeiro a 31 de Maio de
1965, em reforço do Batalhão de
Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS
NEGRAS» - «BRAVOS SEMPRE
FIÉIS», ou
para reforço temporário das
guarnições de Canquelifá, de 11 de
Agosto a 6 de Setembro de 1964 e de
24 de Fevereiro a 29 de Março de
1965, Piche e Sare Ganá;
• A partir de 1 de Junho de 1965,
passou á dependência operacional do
Comando de Agrupamento 24 (CmdAgr24)
«PREVISÃO E ACÇÃO», mantendo a
anterior missão de patrulhamento,
escoltas, emboscadas e protecção,
segurança e limpeza de itinerários e
intervenção em operações
destacando-se
a operação "Início",
na região de Dunane, em 18 de Julho
de 1965, a operação "Aurora" na
região de Banjara, de 27 a 9 de Maio
de 1966, entre outras;

• Continuou a ceder pelotões para
reforço de diversos sectores,
nomeadamente do Batalhão de
Cavalaria 757 (BCav757) «ALEGREM-SE!
A VITÓRIA SERÁ NOSSA» - «JUNTOS
VENCEREMOS» e depois do Batalhão de
Caçadores 1856 (BCac1856) «UBI
GLORIA OMNE PERICULUM DULCE», em
Bafatá, desde princípios de Janeiro
de 1966 e do Batalhão de

Cavalaria
705 (BCav705) «SUAVITOR IN MODO
FORTITER IN RE» em Piche, desde
finais de Março de 1966;
• Em 13 de Maio de 1966, foi
substituído pelo Esquadrão de
Reconhecimento 1578 (ERec1578)
«ADEANTE» e recolheu seguidamente a
Bissau, a fim de efectuar o embarque
de regresso;
Louvado por feitos em combate,
publicado na Revista da Cavalaria do
ano de 1966, página 148;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas da Guiné, de 19 de Março de
1966, publicado na Ordem do Exército n.º
13 – 3.ª série, de 1966
Louvor Colectivo, publicado na Ordem
de Serviço n.º 56, de 10 de Maio de
1966, do Comando de Agrupamento 24 e
na Revista da Cavalaria do ano de
1966, páginas 175 e 176;
---------------------------------------------------------------
Louvor Colectivo
ESQUADRÃO DE RECONHECIMENTO N.º
693
(Ordem de
Serviço n.º 56 de 10 de Maio de 1966
do Comando de Agrupamento 24)
Louvo
o Esquadrão de Cavalaria n.º 693,
porque durante cerca de um ano em
que constituiu reserva deste Comando
revelou ser uma Unidade coesa,
disciplinada, moral elevado, óptima
preparação operacional,
voluntariosa, forte espírito
combativo, sempre pronta a acorrer
onde a situação requeresse sua
presença mesmo em cumprimento de
missões não específicas do seu
emprego.
Se bem que poucas vezes tivesse
tomado parte globalmente em
Operações e nessas não tivesse
havido oportunidade para demonstrar
suas reais possibilidades, estas não
deixam de ser sempre bem
evidenciadas quando a qualquer dos
seus pelotões isolados essa
oportunidade se ofereceu, sendo
justo destacar a actuação de um
deles na operação «Início», a 18 de
Julho de 1965, e de outro na
operação «Lumiar», a 2 de Maio de
1966.
Mercê da qualidade dos seus
Oficiais, Sargentos e Praças, com
relevo para o espírito de
compreensão, dedicação, entusiasmo e
proficiência do seu Comandante, o
Esquadrão de Reconhecimento 693
conquistou no Sector Leste um
ambiente de confiança e reputação
digno de registo e que na hora da
despedida me apraz realçar, certo de
que honrou em terras da Guiné a Arma
de Cavalaria e prestigiou o
Exército.
(in Revista
da Cavalaria do ano de 1966, páginas
175 e 176)
-----------------
-----------------------------------------------
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Soldado de Cavalaria, n.º 215/61
FODÉ EMBALÓ
ERec693 - RC8
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 13 – 3.ª
série, de 1966.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, aprovado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante Chefe das
Forças Armadas da Guiné, de 19 de
Março de 1966:
O Soldado n.º 215/61, Fodé Embaló,
do Esquadrão de Reconhecimento 693 -
Regimento de Cavalaria n.º 8.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Revista de Cavalaria
de 1966, página 149):
Louvado o Soldado n.º 215/61, Fodé
Embaló, do Esquadrão de
Reconhecimento 693, porque numa
acção de combate em que se
encontrava empenhado e armado de
espingarda "Mauser", reparou que
podia dispor de uma espingarda
automática G3 de um seu camarada
ferido ao saltar do Unimog, logo no
inicio da emboscada, e com ela fez
fogo do qual resultou a morte de um
elemento inimigo que se encontrava
em cima de uma árvore e que a
avaliar pelos gritos vindos de
dentro da mata, era um dos chefes.
Para isso teve de se deslocar para
uma posição de difícil acesso pois
encontrava-se a ser constantemente
batido por intenso fogo inimigo.
Vendo um seu camarada gravemente
ferido e que precisava de ser
colocado num granadeiro a fim de ser
evacuado, pegou nele e transportou-o
ao colo, correndo debaixo de grande
intensidade de fogo inimigo.
A ele se deve também a apreensão de
uma espingarda automática "Simonov"
a um terrorista por si abatido.
Mercê de todas estas actuações
revelou possuir muita coragem,
espirito de sacrifício e de
camaradagem, sendo digno da maior
consideração.
