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Moçambique

Comandante Francisco Daniel Roxo

HONRA E GLÓRIA

 

 

Comandante Francisco Daniel Roxo

 

Moçambique - Niassa

 

Cruz de Guerra, 4.ª classe

(1968)

 

Cruz de Guerra, 1.ª classe

(1972)

 

Medalha de Serviços Distintos

 

Em 1972 condecorado com uma Cruz de Guerra de 1ª classe; e uma outra anterior, de 4ª classe, tinha-lhe sido entregue no 10 de Junho de 1968

 

Quaisquer daquelas condecorações foram-lhe concedidas, por propostas dos sucessivos governadores distritais do Niassa ao governador-geral de Moçambique e por este acolhidas e endereçadas ao CCFAM (Comando Chefe das Forças Armadas de Moçambique), em vista de qualquer uma ter características do fôro militar.

 

 

1.º Sargento Francisco Daniel Roxo (África do Sul - Batalhão 32 "Búfalos")

 

01Fev1933 > 23Ago1976

 

"Francisco Daniel Roxo nasceu em Mogadouro, Trás-os-Montes, em 1 de Fevereiro de 1933. Foi para Moçambique em 1951. Aprende a conhecer o território como ninguém, em especial o Niassa, no norte. Foi caçador profissional até 1962. Com a guerra, irá tornar-se, a partir de 1964, um lendário e temível comandante de um grupo de forças especiais de contra-guerrilha (30 homens da sua confiança), lutando contra a Frelimo, à margem das regras da guerra convencional. É conhecido como o diabo branco. Pelos seus feitos na contra-guerrilha, e embora não sendo militar, recebe das autoridades portuguesas duas cruzes de guerra e uma medalha de serviços distintos. Depois da independência de Moçambique, e já com 41 anos, alista-se no exército da África do Sul. Faz parte de um grupo de operações especiais. Notabiliza-se na Operação Savana, no sul de Angola, na luta contra o exército angolano e os seus aliados cubanos, em Dezembro de 1975. É o primeiro estrangeiro a receber a Cruz de Honra da África do Sul (a mais alta das condecorações militares). Acabaria por morrer em 23 de Agosto de 1976, numa emboscada, no sul de Angola. Deixou uma viúva e seis filhos."

 

Daniel Roxo era transmontano de nascimento e doou-se completamente à defesa da Pátria.

 

Morreu em território português de Angola continuando a luta onde o deixaram - no Batalhão 32 do Exército Sul Africano. Ele que foi sempre o Comandante aceitou as divisas de Sargento e decidiu (como tantos outros da sua estirpe) continuar o combate.

 

A sua acção em combate foi épica. A ele e a outros poucos portugueses se deve a grande vitória da ponte 14 (Dezembro de 1975 - no rio Nhia) em que milhares de cubanos e MPLA foram clamorosamente derrotados pelo Batalhão 32. Durante a batalha os portugueses do Batalhão 32 sofreram quatro mortos. Os Cubanos e MPLA perderam mais de 400 homens, embora o número exacto seja difícil de determinar pois, como a BBC mais tarde informou, camiões carregados de cadáveres estavam constantemente a sair da área em direcção ao norte. Entre os Cubanos mortos estava o comandante da força expedicionária daquele país, o Comandante Raul Diaz Arguelles, grande herói da Cuba de Fidel. E note-se sem a intervenção de meios aéreos! Só com apoio da artilharia.

 

Foi cronologicamente a última grande batalha em que soldados portugueses (no século XX) se bateram. E bem!

 

Trata-se de uma batalha que nas nossas Academias Militares não é estudada (nem sequer conhecida), mas que pelas inovações tácticas e emprego de pequeníssimos grupos de comandos deu resultados bem inesperados (para os cubanos, é claro). No entanto esta batalha é estudada (e bem) nas academias russas, britânicas e americanas (algumas).

 

Poucos meses depois o nosso Daniel Roxo morria em combate. Antes contudo tinha já recebido a maior condecoração sul africana (equivalente à nossa Torre e Espada). Só no primeiro reconhecimento abateu (sozinho) 11 inimigos a tiro.

 

Durante uma patrulha perto do rio Okavango, o seu Wolf (veículo anti minas semi blindado) rebentou uma mina e foi virado ao contrario, matando um homem e esmagando Roxo debaixo dele. O resto da tripulação tentou levantar o veiculo para o libertar mas era demasiado pesado. Breytenbach, (antigo comandante dos Búfalos, no seu livro (Eles vivem pela Espada - They Live by the Sword, pp. 105) escreveu:

 

Danny Roxo, mantendo-se com o seu carácter intrépido, decidiu tirar o melhor partido das coisas, acendendo um cigarro e fumando-o calmamente até que este acabou, e então morreu - ainda esmagado debaixo do Wolf. Ele não se tinha queixado uma única vez, não tinha dado um único gemido ou grito, apesar das dores de certeza serem enormes.

 

Assim morreu o Sargento Danny Roxo, um homem que se tinha tornado numa lenda nas Forças de Segurança Portuguesas em Moçambique, e que rapidamente se tinha tornado noutra lenda nas Forças Especiais Sul Africanas.

Fonte: http://pt.metapedia.org/wiki/Daniel_Roxo

 

 

Cruz de Guerra, 1.ª classe

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Jul2013 - Francisco Daniel Roxo - Biografia

 

08Set1974 - A voz do Comandante Roxo aos microfones da Rádio Moçambique Livre

 

Em memória do Comandante Daniel Francisco Roxo: «Emissão, do então proclamado "Movimento Moçambique Livre" no dia 8 de Setembro de 1974, nas instalações do Rádio Clube de Moçambique»

 

Recorte de jornal «Daniel Roxo - Homem Legenda de Moçambique! ... ... Português algum da presente geração conhecia melhor que ele o Moçambique tanto amado, cujas picadas do norte percorreu incansavelmente e defendeu. Como Português Universal, foi tombar em Angola, junto do Sudoeste Africano, na defesa de uma Civilização que se está apagando ... Paz ao herói que já pode sofrer mais com o descalabro do que foi um sonho: Nações civilizadas e cristãs, nascidas de Portugal!» - texto extraído da imagem cedida pelo veterano Fernando Oliveira, do ECav1

 

"O Terror dos Turras", in livro "Moçambique, Norte - Guerra e Paz", do jornalista Guilherme de Melo

 

Recortes de jornal sobre a Cerimónia de Homenagem no cemitério de Pretória

 

"The white devil of Mozambique", in revista "Soldier of Fortune", de Outubro 1979

 

Comandante F. Daniel Roxo e as suas Milícias, imagens de Manuel Joaquim Vaz de Lima

 

A década do Comandante Roxo (Moçambique 1964 - 1974), por Abreu dos Santos

 

Testemunhos, de José Paulino Silva

 

Imagens do Comandante Francisco Daniel Roxo, cedidas por Carlos Flores Marcos e Mascarenhas

 

Imagens publicadas no "Jornal de Notícias" de 15 de Fevereiro de 1996, cedidas por Luís Fânzeres Martins

 

Imagens retiradas do CD do "Diário de Notícias", com o título "Moçambique - Guerra Colonial" (cedido pelo ex- Furriel Mil. J. Antero Ferreira)

 

Entrevista na revista "Observador", de 21 de Maio de 1971, cedido por Luís Filipe

 

Tenente Valadim, Niassa, Norte de Moçambique (NOV1972), imagens de António Pires

 

Cemitério Militar de Pretória - África do Sul, de Manuel de Resende Ferreira, 1.º Sargento na reserva das Forças Armadas Sul Africanas

 

Poema de luto pesado II, do poeta Rodrigo Emílio

 

 

 

 

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