Faleceu, no dia
28 de
Fevereiro de 1996, o veterano
Jorge Eduardo Rodrigues y Tenório
Correia Mathias

Coronel de
Cavalaria na situação de reforma
Moçambique: 1962 a 1964
Ajudante-de-campo do comandante da
Região Militar de Moçambique
«CONSTANS ET PERPETUA VOLUNTAS»

Angola: 1965 a 1968
Chefe do Estado-Maior do Comando de
Agrupamento 15
Acumulando funções de Oficial de
Informações e Operações
«CHINFUMA CHICAMBA SIMULAMBUCO»
Moçambique: 1970 a 1972
2.º Tribunal Militar Territorial
Acumulando funções na 1.ª Repartição
do Quartel General
Guiné: 1973 a 1974
Comandante do
Batalhão de Cavalaria 8323
«CAVALARIA P’RA FRENTE»
Medalha de Prata de Serviços
Distintos com palma
Jorge
Eduardo Rodrigues y Tenório Correia
Mathias, Coronel de Cavalaria na
situação de reforma, nasceu no dia
13 de Maio de 1924 na freguesia da
Ericeira, concelho de Mafra.
Em 1 de Dezembro de 1949 Alferes de
Cavalaria, promovido a tenente e
colocado no Centro Militar de
Educação Física, Equitação e
Desportos (CMEFED – Mafra) «CORPUS
MENTIS SERVUS»;
Em 1950 conclui o curso de mestre de
equitação;
Em
3 de Setembro de 1962, entretanto
promovido a capitão e tendo sido
nomeado por designação para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique, desembarca em Lourenço
Marques, a fim de assumir o cargo de
ajudante-de-campo do novo comandante
da Região Militar de Moçambique
(RMM) «CONSTANS ET PERPETUA
VOLUNTAS»;
Em 16 de Janeiro de 1964 promovido a
major;

Em 15 de Junho de 1964 embarca de
regresso à Metrópole;
No ano lectivo de 1964-65 frequenta
no Instituto de Altos Estudos
Militares (IAEM – Predouços) «NÃO
HOUVE FORTE CAPITÃO, QUE NÃO FOSSE
TAMBÉM DOUTO E CIENTE» o curso de
promoção a oficial superior;
Em
15Abr1965 transferido do Centro
Militar de Educação Física,
Equitação e Desportos
(CMEFED
– Mafra) «CORPUS MENTIS SERVUS» para
o Regimento de Cavalaria 4 (RC4 -
Santa Margarida) «PERGUNTAI AO
INIMIGO QUEM SOMOS»;

Em 16 de Outubro de 1965, tendo sido
mobilizado pelo Regimento de
Infantaria 1 (RI1 – Amadora)
«UBI
GLORIA OMNE PERICULUM DULCE» para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Angola, desembarca em
Cabinda e fica integrado no Comando
de Agrupamento 15 (CmdAgr15)
«CHINFUMA CHICAMBA SIMULAMBUCO» como
chefe de estado-maior do respectivo
sector, acumulando funções de
oficial de informações e operações;

Em 12 de Setembro de 1967 agraciado
com a Medalha de Prata de Serviços
Distintos com palma...
«Pelo
muito brilho com que desempenhou as
importantes funções de chefe do
estado-maior do sector S e em que
confirmou o seu excelente critério,
inteligente discernimento,
imaginação fecunda, dom de
iniciativa, muita dedicação,
espírito de cooperação, senso
prático e entusiasmo contagiante.
Exercendo a sua acção com
inexcedível lealdade para com o
Comando, conseguiu, mercê das suas
altas qualidades, que as relações
entre os comandos e as tropas se
tornassem mais fáceis e se
processassem dentro de elevado
sentido de camaradagem e cooperação,
bases em que assenta o espírito de
corpo das unidades entre si e entre
estas e o comando do sector.
No respeitante a funcionamento e
coordenação dos serviços internos de
apoio e de guarnição, como no
referente à melhoria de instalações
destes, muito se fica devendo à sua
atenção, sempre vigilante e operosa.
No domínio das operações e
informações, teve influência
importante nos bons resultados
obtidos, ao cuidar de ter
continuamente o comando habilitado a
decidir à frente dos acontecimentos,
o que praticou com muito mérito e
constante eficiência. São de
destacar como de muito relevo,
serviços especiais e de grande
delicadeza prestados no contacto com
elementos de várias origens,
particularmente no referente a
recolhas de refugiados e de
activistas apresentados, e à
utilização acertada em benefício da
segurança do território e populações
e das operações do conjunto.
Consideram-se os serviços prestados
por este oficial, ao longo da sua
comissão, relevantes,
extraordinários e muito distintos.»
Em
14 de Novembro de 1968 regressa à
Metrópole;
Em 13 de Fevereiro de 1969 mantém-se
colocado no Centro Militar de
Educação Física, Equitação e
Desportos (CMEFED – Mafra) «CORPUS
MENTIS SERVUS» como supranumerário;

De 25 de Agosto a 6 de Setembro de
1969 frequenta no Centro de
Instrução de Operações Especiais
(CIOE – Lamego) «QUE OS MUITOS POR
SER POUCOS NAM TEMAMOS» o estágio
EUA-3/69, de actualização sobre o
Ultramar;
Em 6 de Novembro de 1969 promovido a
tenente-coronel;
Em
24 de Abril de 1970, tendo sido
nomeado por designação para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique, desembarca em Nampula e
fica adstrito ao Quartel General da
Região Militar de Moçambique
(QG/RMM), a fim ser colocado no 2.º
Tribunal Militar Territorial (2ºTMT)
e acumulando funções na 1.ª
Repartição do Quartel General (1ª
Rep/QG);

Em 18 de Agosto de 1972 regressa à
Metrópole e fica apresentado na
Direcção de Serviço de Transportes
«OMNIA PER OMNIA PORTANS»;
Em
20 de Novembro de 1972 colocado no
Instituto de Altos Estudos Militares
(IAEM – Predouços) «NÃO HOUVE FORTE
CAPITÃO, QUE NÃO FOSSE TAMBÉM DOUTO
E CIENTE» como professor efectivo do
curso de promoção a oficial
superior;
Em 7 de Setembro de 1973 louvado
pelo comandante da Região Militar de
Moçambique (RMM)...
«Pela
muita eficiência e grande
competência reveladas no cargo de
promotor de justiça do 2º Tribunal
Militar Territorial de Moçambique,
que durante mais de dois anos
desempenhou com zelo exemplar e
muita inteligência. Integrado na
orientação do Comando, impulsionou
com muito
critério
o rápido andamento dos processos,
imprimindo aos serviços do Tribunal
melhor funcionalidade e
dignificando-o no seu aspecto. Além
de oportunas intervenções nas
sessões de julgamento e nos recursos
apresentados, nos quais patenteou a
maior imparcialidade e grande saber,
são de realçar os estudos e
propostas de alterações ao Código de
Justiça Militar em matéria de
deserções, extravios de fardamento,
prisão preventiva, problemas de
viação e medidas tendentes a
acelerar os processos.
No desempenho, por acumulação, das
funções de adjunto da 1ª Repartição
do Quartel-General para os assuntos
desportivos e recreativos, e como
presidente da Comissão de Educação
Física de Equitação e Desportos,
mostrou grande espírito de
iniciativa na preparação de
competições desportivas, algumas das
quais com a participação de toda a
Região Militar e evidente sucesso, e
levou a efeito estudos em face dos
quais se esperam benefícios futuros.
Nas
actividades recreativas obteve a
formação de alguns conjuntos
artísticos, de que se fizeram
gravações e cujo interesse
ultrapassou o meio militar e, como
delegado do Comando para as
actividades cinematográficas e de
coordenação do estudo da construção
e funcionamento de um cinema para
militares, exerceu uma acção de
muito mérito. Igualmente de referir
a organização de exposições e
torneios, alguns deles com a
participação de civis, tendo em
vista fomentar as relações entre
militares e a população.
De entre a colaboração vária
prestada ao Comando da Região,
realça-se um detalhado estudo sobre
o emprego de tropas a cavalo em
Moçambique, que serviu de base à
criação do esquadrão a cavalo,
colaboração sempre pronta e
realizada para além das actividades
anteriormente referidas, em que pôs
o maior entusiasmo, grande saber e
melhor boa vontade.
A prontidão, lealdade e importância
dos serviços prestados pelo
tenente-coronel Mathias na Região
Militar de Moçambique, dão-lhe jus a
que os mesmos sejam considerados de
grande mérito.»
Em
22 de Setembro de 1973, tendo sido
nomeado pelo Regimento de Cavalaria
3 (RC3 – Estremoz) «… NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE» para servir
Portugal
na Província Ultramarina da Guiné,
embarca em Lisboa rumo a Bissau a
fim de assumir o comando do Batalhão
de Cavalaria 8323 (BCav8323)
«CAVALARIA P’RA FRENTE»;
Em
1 de Janeiro de 1974 promovido a
coronel;
Em 9 de Setembro de 1974 regressa
definitivamente à Metrópole e fica
apresentado na Direcção da Arma de
Cavalaria
«À CARGA!» - «MERECEMOS O NOME DE
SOLDADOS»;
Em 11 de Novembro de 1974 nomeado
comandante do Centro Militar de
Educação Física, Equitação e
Desportos (CMEFED – Mafra) «CORPUS
MENTIS SERVUS»;
Em 1977 cessa funções e passa à
situação de reserva.
Faleceu no dia 28 de Fevereiro de
1996, como coronel de cavalaria na
situação de reforma.
A sua Alma
repousa em Paz
