

José Alves de Faria
1.º Cabo de
Cavalaria, n.º 03579766
Companhia de Cavalaria 1560
«BIGODES»
«NUNCA DESISTIR»
Batalhão de
Cavalaria 1905
«OS DRAGÕES»
Guiné:
06Fev1967 a 19Nov1968
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual
José Alves de
Faria, 1.º Cabo de Cavalaria, n.º
03579766;
Mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 3 (RC3 – Estremoz)
«DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE» para servir
Portugal na Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 1 de Fevereiro de 1967, na
Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Uíge’, integrado na Companhia de
Cavalaria 1650 (CCav1650) «BIGODES»
- «NUNCA DESISTIR» do
Batalhão de
Cavalaria
1905 (BCav1905) «OS
DRAGÕES», rumo ao estuário do Geba
(Bissau), onde desembarcou no dia 6
de Fevereiro de 1967;
A sua subunidade de cavalaria:
• Seguiu imediatamente para o Sector
O1-A com o seu batalhão, onde ficou
em missão de intervenção em diversas
operações realizadas nas regiões de
Churo, Có, Jol e Bachile, entre
outras, tendo ainda cedido pelotões
para destacamentos em Bachile, de 24
de Maio a 12 de Julho de 1967, Caió,
de 29 de Julho a
20 de Agosto de
1967 e reforço de outras unidade em
Geba, de 13 a 17 de Setembro de 1967
e em Mansoa, dois pelotões de 13 a
16 de Setembro de 1967;
• Em 17 de Agosto de 19677, foi
substituída em Teixeira Pinto pela
Companhia de Caçadores 1681
(CCac1681) do Batalhão de Cavalaria
1911 (BCav1911) «CORAGEM E
HUMANIDADE» e
seguiu para Bissau
(Brá), a fim de assumir a função de
subunidade de intervenção e reserva
do Comando-Chefe; nessa situação foi
atribuída em reforço do Batalhão de
Artilharia 1914 (BArt1914) «SEM
TREMOR» - «EM PERIGOS E GUERRAS
ESFORÇADOS», de 23 de Agosto a 9 de
Setembro de 1967, para actuação em
operações efectuadas nas regiões de
Injassane e Buba Tombó e em reforço
do Batalhão de Caçadores 1877
(BCac1877) «FIRMES E CONSTANTES», de
13 a 17 de Setembro de 1967, para
actuação na região de Sinchã Jobel,
no subsector de
Geba, entre outras,
tendo-se mantido nesta situação até
3 de Outubro de 1967.
• Em seguida foi deslocada para
Bissorã, a fim de render a Companhia
de Artilharia 1525 (CArt1525)
«FALCÕES» - «MAIS ALTO E MAIS
FORTE», tendo assumido a
responsabilidade do subsector de
Bissorã, em 10 de Outubro de 1967 e
ficado integrada no dispositivo e
manobra do Batalhão de Caçadores
1876 (BCac1876) «DETERMINAÇÃO –
TENACIDADE – AGRESSIVIDADE» e depois
do seu batalhão.

• Em 18 de Julho de 1968, foi
rendida pela Companhia de Caçadores
2368 (CCac2368) «FERAS» - «FORTES E
ALTIVOS» do Batalhão de
Caçadores 2845 (BCac2845) «SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS», tendo
seguido
para Bissau
em 20 de Julho de 1968,
onde substituiu a Companhia de
Cavalaria 1615 (CCav1615) do
Batalhão de Cavalaria 1897
(BCav1897) e ficou na dependência do
Batalhão de Caçadores 1911
(BCac1911)
«CORAGEM E HUMANIDADE»,
para actuação na quadrícula e ainda
em intervenção nas regiões do Churo
e Cá-Pelundo.
• Em 31 de Outubro de 1968, foi
rendida pela Companhia de Caçadores
2436 (CCac2436) do Batalhão de
Caçadores 2856 (BCac2856) «NUNCA
DIGA O INIMIGO NÃO O VI», e recolheu
a Bissau para o embarque de
regresso.
Louvado por feitos em combate no
Teatro de Operações da Guiné,
publicado na Ordem de Serviço n.º
15, de 11 de Abril de 1968, do
Quartel General do Comando
Territorial Independente da Guiné e
na Revista da Cavalaria do ano de
1969, página 101;
No dia 19 de Novembro de 1968,
embarcou no NTT ‘Uíge’ de regresso à
Metrópole, onde desembarcou no dia
27 de Novembro de 1967;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas da Guiné, de 13 de Agosto de
1969, publicado na Ordem do Exército
n.º 31 – 3.ª série, de 10 de
Novembro de 1969.
Cruz de Guerra de 4.ª classe
1.° Cabo de
Cavalaria, n.º 03579766
JOSÉ ALVES DE FARIA
CCav1650/BCav1915
- RC3
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 31 – 3.ª série
de 1969.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas da Guiné, de 13 de
Agosto de 1969, o 1.º Cabo n.º
03579766, José Alves de Faria, da
Companhia de Cavalaria n.º 1650 do
Batalhão de Cavalaria n.º 1915 -
Regimento de Cavalaria n.º 3.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
15, de 11 de Abril de 1968, do
Quartel General do Comando
Territorial Independente da Guiné):
Louvo o 1.º Cabo n.º 03579766, José
Alves de Faria, da Companhia de
Cavalaria n.º 1650 do Batalhão de
Cavalaria n.º 1915, porque durante
os treze meses de permanência nesta
Província, em constante actividade
operacional, se tem evidenciado, nas
funções de apontador de morteiro
ligeiro, na quase totalidade das
acções em que a Companhia tem tomado
parte, como um óptimo combatente que
sabe tirar o melhor rendimento da
arma com que actua. Mostrando um
completo desprezo pelo perigo tem
procurado sempre, nos momentos mais
difíceis, colocá-la na melhor
posição de bater o inimigo com o seu
fogo, o que normalmente consegue.
Sem desvalorizar a sua actuação em
qualquer outra acção de contacto, é
de justiça realçar, contudo, a que
desenvolveu durante a Operação
"Abóbora", em 11 de Agosto de 1967,
na estrada Pré-Polundo, em que o
inimigo se revelou por três vezes às
Nossas Tropas, com nutrido fogo de
armas pesadas e automáticas
ligeiras.
O 1.º Cabo Faria, debaixo de fogo,
teve como única preocupação escolher
os locais donde melhor poderia bater
o inimigo com o seu tiro e ir buscar
mais granadas à viatura para
continuar a fazer fogo e assim
obrigar o inimigo a calar-se, o que
conseguiu.
Na reacção das Nossas Tropas aos
ataques do inimigo a Outra Banda e
Bissorã, em 3 de Fevereiro de 1968,
em que a coluna que progredia pela
estrada que liga as suas povoações,
foi batida violentamente pelo fogo
das armas pesadas do inimigo, o 1.º
Cabo Faria ia sempre que possível
disparando o morteiro e avançando,
contribuindo assim para as baixas
sofridas pelo inimigo, o qual foi
obrigado a retirar.
Militar corajoso e desembaraçado,
com serena energia debaixo de fogo,
foi escolhido para fazer parte do
Grupo de Combate "Os Bigodes" para o
qual aliás se ofereceu
voluntariamente.
Pelas qualidades apontadas merece,
muito justamente, ser apontado como
exemplo a seguir.
