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Condecorações

Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento, Tenente Graduado 'Comando'

 

  "Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Fontes:

5.º Volume, Tomo III, pág. 428, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo II, pág.s 625 e 626, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo II, pág. 645, da RHMCA / CECA / EME

Jornal do Exército, ed. 89, pág. 23, de Maio de 1967

Com a devida vénia, outros elementos extraídos do sítio de Barros Brito

 

HERÓI NACIONAL fuzilado pelo PAIGC, em Setembro de 1974, em Canjambari, Oio, na Guiné, ainda Portugal detinha, oficialmente, a jurisdição territorial

 

Justo-Orlando-Lopes-dos-Reis-Nascimento-350Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento

 

Tenente Graduado 'Comando'

 

4.ª Companhia de Caçadores Indígena/CTIG

 

Grupo de Comandos «VAMPIROS»/CTIG

 

Companhia de Comandos/CTIG

 

Companhia de Comando e Serviços do Batalhão de Comandos Africanos/CTIG

 CG-1-Classe-Colectiva-4-Classe

Comando Territorial Independente da Guiné

 

Cruz de Guerra, colectiva, de 1.ª classe

 

Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

Prémio Governador da Guiné

 

 

 

Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento, Tenente Graduado ‘Comando’, nascido no dia 12 de Dezembro de 1942, no concelho de Cacheu, da Província Ultramarina da Guiné, casado com Maria de Assunção Barbosa Mendes;


Em 5 de Janeiro de 1963 incorporado nas fileiras do Exército Português;


Mobilizado para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné integrado na 4.ª Companhia de Caçadores Indígena (4ªCCacI);


Em Setembro de 1965 concluiu o 2.º Curso de Formação de Comandos do Comando Territorial Independente da Guiné, passando a integrar como Soldado de Infantaria ‘Comando’ o Grupo de Comandos «VAMPIROS» (GrCmdsVampiros), da Companhia de Comandos do Comando Territorial Independente da Guiné (CTIG), onde manteve-se até 30 de Junho de 1966;


No dia 1 de Abril de 1966 promovido a 1.º Cabo de Infantaria ‘Comando’;


Segundo o veterano Virgínio Briote, Alferes Mil.º ‘Comando’, comandante do Grupo de Comandos «DIABÓLICOS», o 1.º Cabo ‘Comando Justo Nascimento foi um elemento em que o Grupo de Comandos «VAMPIROS» (GrCmdsVampiros) confiava e, durante a maior parte das operações realizadas pelo grupo, o primeiro homem da primeira equipa;

 

Louvado e condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 06 de Agosto de 1966, publicado na Ordem de Serviço n.º 27 de 07 de Julho de 1966, do Quartel General do Comando Territorial Independente da Guiné;

 

Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra, colectiva, de 1.ª classe, pelo Decreto n.º 48412, publicado no Diário do Governo n.º 129/1968, Série I, de 30 de Maio de 1968

 

 

Clique na imagem que se segue para ampliação

 

 

 

Em 7 de Julho de 1966 louvado e condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe (OS n.º 27, de 07Jul1966, do QG/CTIG e OE n.º 36 - 3.ª série, de 1966);


Em Abril de 1967 foi agraciado com o Prémio Governador da Guiné (Jornal do Exército, ed. 89, pág. 23, de Maio de 1967);


Em 6 de Fevereiro de 1970 graduado em 2.º Sargento;


Em 4 de Junho de 1970 graduado em Alferes;


Em 2 de Novembro de 1972 graduado em Tenente;


Em Setembro de 1974, ainda Portugal detinha, oficialmente, a jurisdição territorial, o Tenente Graduado 'Comando' Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento foi fuzilado pelo PAIGC, em Canjambari, Oio, na Província Ultramarina da Guiné;


Tinha 32 anos de idade.


O PAIGC só informou a Embaixada de Portugal sobre os fuzilamentos em Março de 1975.

 

A sua Alma repousa em Paz
 

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Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

1.° Cabo de Infantaria, "Comando", n.º 112/65-A
JUSTO ORLANDO LOPES DOS REIS NASCIMENTO
 

CCmds/ClCmds — CTIG
GUINÉ
 

4.ª CLASSE


Transcrição do Despacho publicado na Ordem do Exército n.º 36 — 3.ª série, de 1966.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, aprovado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 06 de Agosto de 1966:


O 1.º Cabo n.º 112/65-A, Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento, da Companhia de Comandos do Comando Territorial Independente da Guiné.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Publicado na Ordem de Serviço n.º 27 de 07 de Julho de 1966, do Quartel General do Comando Territorial Independente da Guiné (QG/CTIG):


Louvo o 1.º Cabo n.º 112/65-A, Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento, da Companhia de Comandos e do Grupo de Comandos "Vampiros", pelo modo como sempre se houve nas operações em que tomou parte, com realce para as operações "Narceja", "Virgínia" e "Naja".


Na primeira, acompanhando sempre o seu comandante de grupo e tendo sido permanentemente o primeiro homem nas progressões, quando no final da operação se seguia para uma tabanca-porto e o inimigo flagelou da orla da bolanha, lançou-se sobre o mesmo rompendo caminho à custa do fogo da sua arma, percorrendo assim cerca de duzentos metros.


Na terceira, recebeu com outros camaradas a difícil missão de tentar, já de dia e depois do grupo instalado nas proximidades de um acampamento inimigo, localizar sentinelas e capturá-las. Foi depois, durante o ataque ao objectivo, o primeiro homem a entrar na base inimiga.


Demonstrou assim possuir em alto grau, coragem, sangue frio, espírito de sacrifício, serena energia e desprezo pela vida, debaixo de fogo.


Voluntário para todas as operações, para as missões mais difíceis e fazendo sempre parte da primeira equipa do seu grupo, conhecedor de algumas línguas nativas, foi sempre um elemento de extrema utilidade.


Por todas estas qualidades amplamente demonstradas em diversas situações, rapidamente se guindou ao elevado conceito em que é tido entre camaradas e superiores, destacando-se num conjunto de actuações que é de toda a justiça realçar.

 

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Prémio Governador da Guiné

 

O 1.º Cabo Justo Orlando Lopes dos Reis Nascimento, natural da Guiné, mereceu os seus louvor e condecoração pelo modo como sempre se houve nas operações em que tomou parte.


Numa delas, quando no final da operação se seguia para uma tabanca-porto e o inimigo flagelou da orla da bolanha, correu sobre o mesmo abrindo caminho à custa de fogo.


Numa outra, durante uma prolongada emboscada e quando um dos elementos de um grupo inimigo pretendeu fugir, largou a arma e de sabre em punho correu cerca de cem metros até que o capturou.


E ainda noutra, recebeu, com mais camaradas, a difícil missão de tentar, já de dia e depois de um grupo de combate instalado nas proximidades de um acampamento inimigo, localizar as sentinelas adversarias e capturá-las, conseguindo durante o ataque ser o primeiro homem a entrar na base inimiga.


Demonstrou assim possuir em alto grau coragem, sangue-frio, espírito de sacrifício, serena energia e desprezo pela vida, debaixo de fogo.


Voluntário para todas as operações, e sobretudo para as missões mais difíceis, fazendo sempre parte da primeira equipa do seu grupo e sendo conhecedor de algumas línguas nativas, foi sempre um elemento de extrema utilidade.


Por todas estas qualidades, amplamente demonstradas em todas as situações, rapidamente se elevou no conceito dos seus camaradas e superiores, executando u conjunto de serviços que é de toda a justiça realçar.


Foi condecorado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe.
 

 Pr-mio-Governador-da-Guin

 

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4.ª Companhia de Caçadores Indígena
 

Identificação:
4.ªCCacI / 4.ªCCacI
 

Divisa:
"Aut Vincore Aut Mori"
 

Início:
Anterior a 1 de Janeiro de 1961
 

Extinção:
1 de Abril de 1967, pelo que passou a por Companhia de Caçadores 6 (CCac6)
 

Síntese da Actividade Operacional
Era uma subunidade da guarnição normal, com existência anterior a 1 de Janeiro de 1961 e foi constituída por quadros metropolitanos e praças indígenas do recrutamento local, estando enquadrada nas forças do CTIG então existentes.


Em 1 de Janeiro de 1961, estava instalada em Bolama, com um pelotão destacado em Bedanda.


Em 8 de Abril de 1961, iniciou o deslocamento para Buba, onde foi colocada temporariamente, a partir de 6 de Maio de 1961.


Em 3 de Julho de 1961, foi transferida para Bedanda, mantendo um pelotão em Buba, até à chegada da Companhia de Caçadores 152 (CCac152), em 28 de Julho de 1961.


Entretanto, iniciou a instalação de forças em várias localidades da zona Sul, nomeadamente em Bolama, Bedanda, Cacine, Aldeia Formosa, Gadamael e Tite, as quais foram recolhendo à sede após substituição por outras forças, ou sendo deslocadas, para outras localidades, como Catió, Chugué e Caboxanque.


A partir de 25 de Julho de 1961, foi integrada no dispositivo e manobra do Batalhão de Caçadores 237 (BCac237) e depois sucessivamente no dispositivo dos batalhões e comandos instalados no sector. Tomou ainda parte em diversas operações realizadas nas regiões de Caboxanque, Chugué, Bochenan, entre outras.


Em 1 de Abril de 1967, passou a designar-se por Companhia de Caçadores 6 (CCac6).


Observações:
Em diversos documentos, esta subunidade era muitas vezes designada por 4.ª Companhia de Caçadores Indígena (4ªCCacI).

 

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Centro de Instrução de Comandos
Companhia de Comandos (CCmds)
 

Identificação:
CICmds / CCmds


Comandantes:
Major de Infantaria António Dias Machado Correia Diniz
Capitão de Artilharia Nuno José Varela Rubim
Capitão de Artilharia José Eduardo Martinho Garcia Leandro
 

Início:
3 de Agosto de 1964


Extinção:
Julho / Agosto de 1966


Síntese da Actividade Operacional
Em 23 de Outubro de 1963, um grupo de oficiais e sargentos em serviço no Comando Territorial Independente da Guiné (CTIG) iniciou a sua formação de "comandos" na Região Militar de Angola (RMA), após o que formou na Guiné um Grupo de Comandos, que interveio na operação "Tridente", realizada de 14 de Janeiro a 24 de Março de 1964, nas Ilhas de Como, Caiar e Catunco, sendo integrado nas forças à disposição do Batalhão de Cavalaria 490 (BCav490). Este Grupo de Comandos (GrCmds) recebeu as insígnias de "Comando" em cerimónia pública realizada em Bissau em 29 de Abril de 1964.


Em 3 de Agosto de 1964, o Centro de Instrução de Comandos (CICmds) iniciou a realização de uma Escola Preparatória de Quadros, com vista à instrução de três Grupos de Comandos ("Camaleões", "Panteras" e "Fantasmas"), a qual foi efectuada de 30 de Setembro a 17 de Novembro de 1964, tendo o Centro sido instalado no aquartelamento de Brá (Bissau).


Os Grupos de Comandos (GrCmds) foram então utilizados em diversas acções independentes, ou integradas em operações dos batalhões, nas regiões de Madina do Boé, Catió, Farim, Jabadá e Canjambari, entre outras.


Em meados de 1965, foi iniciado o 2.º curso, com vista à formação de mais quatro Grupos de Comandos ("Fantasmas II", "Centuriões", "Apaches" e "Vampiros").


A partir de 1 de Novembro de 1965, o Centro de Instrução de Comandos (CICmds) passou a constituir e a ser designado por Companhia de Comandos (CCmds), continuando instalado em Brá e tendo actuado em operações efectuadas em diversas regiões, entre as quais Bula, Bigene, Guileje e Pelundo.


A Companhia de Comandos / Centro de Instrução de Comandos (CCmds/CICmds) foi extinta, depois de 30 de Junho de 1966, após a mobilização e chegada da primeira Companhia de Comandos (CCmds) metropolitana (a 3.ª Companhia de Comandos – 3ªCCmds), então verificada.

 

 

Justo-Orlando-Lopes-dos-Reis-Nascimento-900

 

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