José
Manuel Garcia Ramos Lousada,
Major-General, na situação de
reforma, nasceu no dia 9 de Novembro
de 1938, na freguesia da Sé, do
concelho de Bragança.
Em
17 de Fevereiro de 1960
soldado-cadete nº 1701/59 da Escola
Prática de Infantaria (EPI-Mafra),
promovido a aspirante-a-oficial
miliciano sapador de infantaria e
transferido para o Regimento de
Infantaria 1 (RI1 - Amadora);
Em 1 de Abril de 1961,
encontrando-se colocado no Regimento
de Infantaria 11 (RI11 -
Setúbal),
promovido a alferes (com antiguidade
a 1 de Novembro de 1960).
Em
18 de Junho de 1961 mobilizado pelo
Regimento de Infantaria 13 (RI13 -
Vila Real), para servir Portugal na
Província Ultramarina de Angola.
Em 18 de Julho de 1961 embarca em
Lisboa no NTT 'Moçambique' rumo a
Luanda,
como
comandante do pelotão de sapadores
da Companhia de Comando e Serviços
do Batalhão de Caçadores 185
(CCS/BCac185) «TUDO VALE A PENA SE A
ALMA NÃO É PEQUENA» (nota).
Em meados de Agosto de 1961, a CCS e
a CCac193 do "Batalhão Flecha"
(Batalhão de Caçadores 185)
deslocam-se por ferrovia para
Malanje, onde no início de Setembro
de 1961
entram
em quadrícula.
Em Maio de 1962 surge na RMA (Região
Militar de Angola) um convite para
militares voluntários integrarem
grupos de combate, a serem
organizados e preparados algures na
região dos Dembos.
O
alferes Lousada forma no batalhão um
grupo especial de contra-guerrilha,
que recebe instrução especial de
contra-guerrilha em Zemba: "Após
meses de intenso treino e operações
desgastantes, nomeadamente as 'Mato
Grosso' e 'General Freire' na região
dos Dembos, uma das zonas mais
difíceis do Norte de Angola, o Grupo
de Combate, apenas com uma perda em
combate, regressou ao Batalhão como
Grupo de Comandos com o nome de
Vampiros".
Em Dezembro de 1962, o Batalhão de
Caçadores 185 (BCac185) sai do
sector de Malanje e instala-se no
Colonato do Vale do Loje.
"Durante todo o ano de 1963, no
subsector do Vale do Loje, e até
final da comissão, os 'Vampiros'
participaram em todas as operações
do Batalhão e efectuaram, isolados,
dezenas de operações", destacando-se
no Sector C a 'Operação Primeiro
Acto', na qual o GrCmds Vampiros se
mantém sempre na frente da acção, ao
longo de três dias e duas noites; na
travessia do rio Loje sofre uma
emboscada, na primeira rajada
inimiga é ferido um dos militares e
o alferes Lousada apenas reage
quando localiza o grupo inimigo,
pondo-o em debandada.
Em 31 de Julho de 1963, já com uma
citação e dois louvores, promovido a
tenente por distinção em campanha.
Em 27 de Agosto de 1963 agraciado
com a Medalha de Prata de Valor
Militar com palma:
Alferes
Miliciano de Infantaria
JOSÉ MANUEL GARCIA RAMOS LOUSADA
CCS/BCac185 — RI13
ANGOLA
Grau: Prata, com palma
Transcrição do louvor publicado
na OE n.º 9 — 2.ª série, de 1963:
Por Portaria de 27 de Agosto de
1963:
Louvado o Alferes Miliciano de
Infantaria, José Manuel Garcia Ramos
Lousada, da Companhia de Comando e
Serviços, do Batalhão de Caçadores
n.º 185 — Regimento de Infantaria
n.º 13, porque no Norte de Angola,
onde se mantém continuamente em
serviço desde 28 de Julho de 1961,
tem sido o exemplo vivo de bem
servir, encarnando em si as mais
altas qualidades do Soldado
português: modéstia, rusticidade,
bravura e coragem fria, espírito de
sacrifício, desprezo pelo perigo e
elevado espírito de camaradagem e
lealdade. Com uma citação e dois
louvores por feitos em combate, pode
considerar-se como um dos mais
distintos oficiais do nosso
Exército.
Especificamente,
durante as operações "Mato Grosso" e
"General Freire", realizadas na
região dos Dembos, no Norte de
Angola, como comandante do grupo de
comandos, para o qual se havia
oferecido, apesar da resistência
tenaz e continua oposta pelo
inimigo, conseguiu desalojá-lo e
conquistar rapidamente os objectivos
que lhe tinham sido marcados. Teve
também acção de relevo comandando
pequenos grupos lançados de
helicóptero contra o inimigo.
Encontrando-se inúmeras vezes com o
seu grupo de combate perdido no
emaranhado das florestas densas do
Norte de Angola, muitas vezes
diminuído fisicamente pelo esforço
despendido, nunca teve um
desfalecimento, a todos dando um
alto exemplo de abnegação,
tenacidade e bravura.
À sua extraordinária acção como
condutor de homens, se deve ter sido
o seu grupo de comandos considerado
modelar pelo Comandante do Centro de
Instrução n.º 21. Posteriormente, e
já no sector operacional C,
notabilizou-se pela sua acção
durante a operação "Primeiro Acto".
Mantendo-se, durante os três dias e
duas noites que durou a operação,
sempre no grupo da frente,
galvanizou, com o seu dinamismo,
valentia e desprezo pela fadiga e
pelo perigo, não só os seus homens
como toda a subunidade onde ia
integrado. Durante a emboscada que
as nossas tropas sofreram na
travessia do rio Loge, manteve
extraordinário sangue-frio e mais
urna vez demonstrou as suas grandes
qualidades de comando, não
respondendo ao intenso fogo do
adversário, que na primeira rajada
feriu um dos seus homens, senão após
tê-lo localizado, o que causou
pânico no grupo inimigo, que se pôs
em fuga desordenada.
Ainda em todas as outras inúmeras
acções em que tem tomado parte na
zona A do Sector C, sempre se
mostrou digno do alto conceito em
que é tido como oficial
competentíssimo, bravo e dotado de
um espírito de sacrifício sem
limites, confirmando assim as
qualidades que o tornam um exemplo
de bem servir. O procedimento do
Alferes Miliciano Ramos Lousada é
considerado como relevante e
distinto, honrando o Exército que
serve e bem merecendo o
reconhecimento da Pátria.
Transcrição da Portaria que
concede a condecoração, publicada na
mesma OE:
Por Portada de 27 de Agosto de 1963:
Condecorado com a Medalha de Prata
de Valor Militar, com palma, nos
termos do § 1.º do artigo 51.º, com
referência ao artigo 7.º, do
Regulamento da Medalha Militar, de
28 de Maio de 1946, o Alferes
Miliciano de Infantaria, José Manuel
Garcia Ramos Lousada, da Companhia
de Comando e Serviços do Batalhão de
Caçadores n.º 185 — Regimento de
Infantaria n.º 13, porque no Norte
de Angola, onde se mantém
continuamente em serviço desde Julho
de 1961, tem sido exemplo vivo de
bem servir, com bravura, coragem,
espírito de sacrifício e desprezo
pelo perigo em feitos de combate.
Este oficial teve acção de relevo
contra o inimigo, como comandante do
grupo de comandos para o qual se
ofereceu, como comandante de
pequenos grupos lançados de
helicóptero e, também, em inúmeras
outras acções em que tomou parte,
sempre se mostrando digno do alto
conceito em que é tido como oficial
competentíssimo, bravo e dotado de
espírito de sacrifício sem limites.
Promoção por distinção —
Transcrição da Portaria de 31 de
Julho de 1963, publicada na OE n.°
13 - 2.ª série, daquele ano:
Regimento de Infantaria n.º 13
(Reforço à guarnição normal da
Região Militar de Angola)
Promovido por distinção ao posto de
Tenente Miliciano de Infantaria, o
Alferes Miliciano de Infantaria,
José Manuel Garcia Ramos Lousada,
nos termos do artigo 96.º, com vista
ao § 1.º do artigo 103.º, do
Decreto-Lei n.º 36 304, alterado
pelo Decreto-Lei n.º 38 918, de 18
de Setembro de 1952.
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Em
18 de Setembro de 1963 regressa à
Metrópole e fica colocado no
Batalhão de Caçadores 5 (BC5 -
Campolide).
No
ano lectivo 1963/64 ingressa na
Academia Militar.
Em 16 de Julho de 1965 integrado no
quadro permanente de oficiais do
Exército.
Voluntaria-se para um curso de
pára-quedismo militar no Regimento
de Caçadores Pára-Quedistas (RCP -
Tancos),
obtém
o brevet nº 3375 e passa a tenente
do QP (Quadro Permanente) da Força
Aérea.
Em 15 de Abril de 1966, após
tirocínio, forma uma companhia de
pára-quedistas, à qual dá instrução
com "as técnicas e as acções da
contrasubversão, em oposição às
teorias de Mao Tse-Tung, Giap e Che
Guevara, clássicos mestres da guerra
subversiva".
Em
Junho de 1966 o dispositivo militar
de Moçambique é reorganizado e o
Comando-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique (CCFAM) recebe o reforço
de duas companhias de pára-quedistas
oriundas do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21 - Luanda),
as quais têm por missão cooperar na
defesa da cidade da Beira,
nomeadamente para garantir a
segurança do aeroporto
Sacadura
Cabral; dois meses depois, aquelas
Companhias de Caçadores
Pára-Quedistas (CCP) são
substituídas por unidades
provenientes do Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas
(RCP-Tancos): "É assim que surge
a 4.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas (4ªCCP), destinada ao
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas
31 (BCP31), cujo comando aceitei
voluntariamente, considerando que a
grande maioria dos seus elementos
havia sido instruída por mim".
Em 25 de Agosto de 1966 desembarca
no aeroporto da Beira a 4.ª
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 31
(4ªCCP/BCP31), vinda de Lisboa num
Boeing-707, sob comando do tenente
pára-quedista Ramos Lousada: a
companhia passa a ser empenhada em
frequentes missões com acções de
batida, emboscada e golpe-de-mão;
com
excepção de uma acção no distrito do
Niassa, todas as operações são
realizadas nas regiões de Mueda e de
Nangololo.
Em 1968 agraciado com a Cruz de
Guerra e promovido a capitão, por
distinção em campanha.
No final de Setembro de 1968 a 4.ª
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas (4ªCCP) reúne-se ao
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas
31 (BCP31) na Beira e dali segue
para a capital moçambicana.
Em 9 de Outubro de 1968 a 4.ª
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas (4ªCCP) está em
Lourenço Marques nas cerimónias
tradicionais de despedida: às 15:00
participa no desfile de tropas, que
se inicia no largo fronteiro ao
edifício da Fazenda Pública e segue
pelas avenidas da República e
General Machado até à Praça Mac-Mahon;
depois a 4.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas (4ªCCP) segue para o
aeroporto de Mavalane e embarca para
Lisboa com o seu comandante, capitão
Ramos Lousada.
Regressa
ao Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP - Tancos), onde
passa a comandar a Companhia de
Instrução.
Na manhã de 10 de Junho de 1969,
perante tropas em parada no Terreiro
do Paço, é condecorado pelo
Presidente da República com o
oficialato da Ordem Militar da Torre
e Espada, do Valor, Lealdade e
Mérito.
Em 1972 voluntaria-se para servir,
pela segunda vez, na Província
Ultramarina de Angola.
Em
10 de Julho de 1972 desembarca na
Base Aérea n.º 9 (BA9) e logo a
seguir passa a comandar a 3.ª
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 21
(3ªCCP/BCP21).
"O fim do sonho da abertura de
uma frente leste, por parte do MPLA
(Movimento Popular de Libertação de
Angola), teve o seu epílogo em
Dezembro de 1972, quando o Esquadrão
Voyna se retirava para a Zâmbia e
foi completamente aniquilado na
chana da Cameia pela 3ª Companhia de
Caçadores Pára-quedistas, que eu
comandava. O relato posterior do
comandante Voyna, excelente chefe
guerrilheiro, que praticamente
chegou sozinho à Zâmbia, constituiu
o melhor dos testemunhos".
"Os meios de deslocamento
utilizados para as Zonas de
Intervenção eram, normalmente, o
avião para o Leste e a viatura para
o Norte. O tipo de operações
realizadas no Norte caracterizava-se
pela execução de emboscadas e
batidas, por vezes golpes-de-mão com
a utilização de helicópteros,
enquanto no Leste se executavam, em
plenitude, acções de redução e
flagelação. A diminuição do
potencial de combate, por vezes até
à ausência do inimigo, no
Leste,
e a criação de uma Unidade Táctica
de Contra-Infiltração no Norte -
UTCI - e a sua actuação, são os
elementos salientes deste período
que tem o seu epílogo com o final
das hostilidades em 1974".
Promovido a major por distinção em
campanha, passa a oficial de
operações do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21).
"Esta época foi,
fundamentalmente, caracterizada pelo
empenhamento de companhias na ZML -
Zona Militar Leste -, normalmente
utilizando helicópteros Alouette-III
da FAP ou pertencentes à África do
Sul; e de AFH - Agrupamento de
Forças Helitransportadas - com
SA-330, no Norte, em acções de
contra-infiltração e redução com
forças de escalão-companhia, de
acordo com o potencial inimigo
infiltrado em território angolano.
As operações no Norte, embora
efectuando-se ainda e sempre sobre
os redutos do inimigo, utilizando
heli-colocações seguidas de
emboscadas, batidas e assaltos,
passaram a apoiar-se, em grande
parte, nas informações obtidas pelas
equipas de pistagem da UTCI na
região do rio M'brije, a partir das
quais se montavam as manobras de
perseguição e assalto aos grupos
inimigos infiltrados através da
fronteira norte com o Congo. Os
meios disponíveis neste período nos
deslocamentos para as ZI foram ainda
o avião e a viatura, mas evoluiu-se
em termos da sua utilização em
operações. Enquanto que, no Leste,
com um inimigo fraco se voltou ao
Alouette-III, no Norte, nas grandes
operações de perseguição, houve
necessidade de utilizar o SA-330
para transporte rápido das forças e
o Alouette-III para efectuar a
pistagem e o apoio próximo pelo
fogo. Pelos resultados obtidos e por
constituírem acções extremamente
adequadas às características das
Tropas Pára-quedistas, as operações
de intercepção e perseguição
efectuadas pelo CECI - Comando
Especial de Contra-Infiltração -
continuador da
UTCI,
integrando caçadores e pisteiros
pára-quedistas apoiados por
helicópteros de ataque e de
transporte, merecem uma referência
especial."
Em 12 de Julho de 1975 termina a sua
2ª comissão em Angola - e última no
Ultramar Português -, e regressa à
Metrópole.
No
Instituto de Altos Estudos Militares
(IAEM-Pedrouços), faz o curso de
comando e estado-maior.
Em Tancos passa a desempenhar
funções de comandante do Batalhão de
Instrução na Base Escola de Tropas
Pára-Quedistas (BETP).
No Instituto de Altos Estudos
Militares (IAEM-Pedrouços)faz o
curso superior de comando e
direcção.
Promovido a tenente-coronel, passa a
exercer funções de chefe do
estado-maior e segundo-comandante da
Base Escola de Tropas Pára-Quedistas
(BETP).
No Instituto Superior de Defesa
Nacional (ISDN) faz o curso de
Defesa Nacional.
Promovido
a coronel, passa a comandante da
Base Escola de Tropas Pára-Quedistas
(BETP) durante seis anos e depois a
Chefe do Estado Maior do Corpo de
Tropas Pára-Quedistas (CEM/CTP)
durante três anos.
Em 1 de Janeiro de 1994 as Tropas
Pára-quedistas são transferidas da
Força Aérea para o Exército, e o
coronel Lousada passa a desempenhar
funções cumulativas de CEM e
segundo-comandante do CTAT (Comando
de Tropas Aerotransportadas).
Em 12Abr1995, promovido a brigadeiro
passa a desempenhar as funções de
comandante do CTAT e da BAI (Brigada
Aerotransportada Independente).
Da sua folha de serviços constam 19
louvores, dos quais, 2 concedidos
por Ministro, 1 pelo CEMGFA, 1 pelo
CEMFA, 3 por oficiais-generais e 12
por outras tantas entidades
militares.

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Identificação:
BCac185
Unidades
Mobilizadoras:
Regimento de Infantaria 13
(RI13 - Vila Real):
Comando (Cmd) e Companhia de Comando
e Serviços (CCS);
Regimento
de Infantaria 10 (RI10 -
Aveiro):
Companhia de Caçadores 190
(CCac190);
Regimento
de Infantaria 18 (RI14 -
Viseu):
Companhia de Caçadores 191
(CCac191);
Batalhão de
Caçadores 10 (BC10 -
Chaves):
Companhia de Caçadores 193 (CCac193)
Comandante:
Tenente-Coronel de
Infantaria José Albano de Proença
Oliveira Cid
Tenente-Coronel de Infantaria Rui de
Carvalho Peneira Santos
2.º
Comandante:
Major de Infantaria
António Vaz Antunes
Oficial de
Informações e Operações / Adjunto:
Capitão de Infantaria
Alfredo José de Melo Cardoso
Corte-Real Manteigas
Comandantes
de Companhia:
Companhia
de Comando e Serviços (CCS):
Capitão de Infantaria
Epifânio João António Pereira
Martins Patrício
Companhia
de Caçadores 190 (CCac190):
Capitão de Infantaria
Alexandre Augusto Durão Lopes
Companhia
de Caçadores 191 (CCac191)
Capitão de Infantaria
Simão Antunes Malcata
Companhia
de Caçadores 193 (CCac193):
Capitão de Infantaria
Lourenço Calisto Aires
Divisa:
«TUDO VALE A PENA SE A
ALMA NÃO É PEQUENA»
Partida:
Embarque em 18 de Julho
de 1961, no NTT «Moçambique»;
desembarque em 22 e 28 de Julho de
1961
Regresso:
Embarque em 2 de Novembro
de 1963, no NTT «Niassa»
Síntese da
Actividade Operacional
Após pequena estadia em
Luanda, foi colocado no Sector 5,
com a sede em Malange, em Setembro
de 1961, sendo o primeiro Batalhão a
ser ali instalado e exercendo o
comando daquele sector; a Companhia
de Caçadores 190 (CCac190)
instalou-se em Quibaxe, a Companhia
de Caçadores 191 (CCac191) em
Malanje e a Companhia de Caçadores
193 (CCac193) em Marimba, tendo esta
sido deslocada para Forte República,
a partir de 17 de Julho de 1962.
Na zona de Malanje, desenvolveu
grande actividade de patrulhamento e
colheita de notícias, contactando
frequente e intimamente com as
populações, efectuando, em Agosto de
1962, a operação "Tarântula
Vermelha", na região de Forte
República, para detecção e captura
de elementos infiltrados. Além
disso, as Companhias reforçaram
também o Batalhão de Caçadores 261
(BCac261), em operações na área de
Catete, Barraca e Maria Teresa.
Em 17 de Janeiro de 1963, o Batalhão
[BCac185] foi rendido no sector de
Malanje pelo Batalhão de Caçadores
159 (BCac159) e seguiu para o
Colonato do Vale do Loge, onde
substituiu o Batalhão de Caçadores
158 (BCac158). O dispositivo então
adoptado foi o seguinte: o Comando,
Companhia de Comando e Serviços
(CCS) e Companhia de Caçadores 190
(CCac190) no Colonato, a Companhia
de Caçadores 191 (CCac191) no Toto e
a Companhia de Caçadores 193
(CCac193) em Nova Caipemba, sendo
esta depois transferida para Lucunga
em 18 de Julho de 1963.
Na zona do Vale do Loge, destaca-se
a operação levada a cabo para
desalojar o In (inimigo) da região
da Inga, com o reforço de uma
Companhia de Paraquedistas. Também
na região do Zádi/Bite Bite, o
Batalhão [BCac185] colaborou com
forças do Batalhão de Caçadores 141
(BCac141), em operações na região da
Damba.
Em Out63, o Batalhão de Caçadores
185 (BCac185) foi substituído no
sector do Vale do Loge pelo Batalhão
de Caçadores 503 (BCac503).