"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom
que para preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
 |
HONRA E GLÓRIA
e
nota de óbito |
|
Faleceu no dia 30 de Setembro de 2020 o veterano


Mário
Augusto Palmeiro
Primeiro-Sargento de Infantaria, na
situação de reforma
Segundo-Sargento da
4.ª Companhia de
Caçadores Indígena
(6.ª Companhia de Caçadores)
«ONÇAS NEGRAS»
«AUT VINCERE AUT MORI»
Comando Territorial
Independente da Guiné
Cruz de Guerra,
colectiva, de 1.ª classe
Cruz de Guerra de 2.ª
classe
Mário Augusto Palmeiro,
Primeiro-Sargento de Infantaria, nascido em Estremoz, no
dia 30 de Abril de 1932.

Mobilizado,
em rendição individual, para servir Portugal na
Província Ultramarina da Guiné, integrado na 4.ª
Companhia de Caçadores Indígena (4ªCCacI) «AUT VINCERE
AUT MORI», do Comando Territorial Independente da Guiné
(CTIG) «CORAGEM E LEALDADE» - «A LEI
DA
VIDA ETERNA
DILATANDO»,
como 2.º Sargento de Infantaria;
Em 1 de Abril de 1967, aquela subunidade de infantaria
passou a designar-se por Companhia de Caçadores 6
(CCac6)
«ONÇAS
NEGRAS» - «AUT VINCERE AUT MORI», do Comando Territorial
Independente da Guiné (CTIG) «CORAGEM E LEALDADE» - «A
LEI DA VIDA ETERNA DILATANDO»;
Louvado, por feitos em combate, publicado na Ordem de
Serviço n.º 15, de 19 de Fevereiro de 1963, do Comando
Territorial Independente da Guiné;
Agraciado, por feitos em combate, com a Medalha da Cruz
de Guerra de 2.ª classe, pela Portaria de 30 de Abril de
1963, publicado na Ordem do Exército n.º 16 – 3.ª série,
de 1963;
Agraciado com a
Medalha da Cruz de Guerra, colectiva, de 1.ª
classe, pelo
Decreto n.º 48412, publicado no Diário do Governo n.º
129/1968, Série I, de 30 de Maio de 1968.
Faleceu no dia 30 de Setembro de 2020, na freguesia de
Altura, concelho de Castro Marim.
Paz à sua Alma.
Cruz de Guerra de 2.ª
classe
2.°
Sargento de Infantaria
MÁRIO AUGUSTO PALMEIRO
4ªCCac / CTIG
GUINÉ
2.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na Ordem do
Exército n.º 16 – 3.ª série, de 1963.
Por Portaria de 30 de Abril de 1963:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 2.ª
classe, o Sargento a seguir designado, ao abrigo dos
artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de
28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de
combate na Província da Guiné Portuguesa:
O Segundo-Sargento de Infantaria, da 4.ª Companhia de
Caçadores, Mário Augusto Palmeiro.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 15, de 19 de
Fevereiro de 1963, do Comando Territorial Independente
da Guiné):
Louvo o 2.º Sargento de Infantaria, Mário Augusto
Palmeiro, da 4.ª Companhia de Caçadores, do Comando
Territorial Independente da Guiné, porque, sendo
Comandante de uma patrulha de reduzido efectivo, quando
regressava de uma missão de reconhecimento e depois de
obter valiosos elementos de informação, tendo-se
apercebido que um prisioneiro capturado assinalava a
presença da sua força, aproveitou-se habilmente de um
sinal de resposta ouvido e fazendo executar sinal
idêntico, atraiu ao local, onde tomou posição, numerosa
força de elementos terroristas, avaliada em cerca de cem
indivíduos, alguns deles armados de
pistolas-metralhadoras, espingardas e longas.
Com extraordinário sangue-frio, soube aguardar a
aproximação do grupo, abrindo fogo a curta distância.
Apesar da superioridade numérica e material do grupo
atacante e da ameaça de cerco, soube controlar a
retirada com ordem e perfeita disciplina de fogo, de
modo a não esgotar rapidamente as munições de que
dispunha.
Deste modo conseguiu, não obstante o crescente aumento
do número de perseguidores, retirar em campo aberto
durante cinco quilómetros e atingir sem baixas a
povoação de Mampatual, onde, já sem munições, e
aproveitando as condições do terreno, pôde subtrair-se à
acção do inimigo depois de lhe infligir severas baixas,
entre as quais 43 mortos abandonados, como mais tarde se
verificou.
Demonstrou, assim, brilhantes qualidades de comando,
arrojo, valentia, sangue-frio e conhecimento da
mentalidade das forças terroristas, o que muito me apraz
destacar e apontar como exemplo.
--------------

