Manuel Rosa Correia, Soldado de Cavalaria, da
CCav1401: Medalha de
Cobre de Valor Militar, c/palma
HONRA E
GLÓRIA |
Fontes:
5.º
Volume, Tomo I, págs. 241 e 242, da RHMCA /
CECA / EME
7.º
Volume, Tomo I,
págs.
485 e 486,
da RHMCA
/ CECA / EME
Jornal
do Exército, ed. 88, pág. 26, de Abr1967
Diário de
Lisboa, ed. 15303, de 24Jul1965
Diário de
Lisboa, ed. 16060, de 03Set1967 |

Manuel Rosa Correia
Soldado de Cavalaria, Apontador de Metralhadora, n.º
73/65-M
Companhia de Cavalaria 1401
Batalhão de Cavalaria 1851
«...NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»
Angola: 02Ago1965 a 22Ago1967
Medalha de Cobre de Valor Militar, com palma
Manuel Rosa Correia, Soldado de Cavalaria, apontador
de metralhadora, n.º 73/65.
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 -
Estremoz) para servir Portugal na Província
Ultramarina de Angola integrado na Companhia de
Cavalaria 1401 do Batalhão de Cavalaria 1851
(nota)
«...NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE», no período de
20 de Agosto de 1965 a 22 de Agosto de 1967.
Medalha de Cobre de Valor Militar, com palma
Soldado
de Cavalaria, apontador de metralhadora, n.º 73/65-M
MANUEL ROSA CORREIA
CCav1401/BCav1851 - RC 3
ANGOLA
Grau: Cobre, com palma
Transcrição do louvor publicado na OE
n.º 4 - 3.ª série, de 1967:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo
Ministro do Exército, louvar o soldado n.º 73/65-M,
Manuel Rosa Correia, da Companha de Cavalaria n.º
1401/Batalhão de Cavalaria n.º 1851 — Regimento de
Cavalaria n.º 3, porque, nas acções de combate em
que tomou parte, evidenciou extraordinárias
qualidades de coragem, decisão, sangue-frio, energia
e persistência notável sob intenso fogo inimigo.
Quando se desencadeou um ataque à coluna em que
seguia, o soldado Rosa Correia, empunhando a sua
metralhadora, defendeu a peito descoberto a
retaguarda da coluna, fortemente visada pelo fogo
inimigo, deslocando-se sempre para os locais onde
melhor o podia bater, indiferente à sua própria
segurança.
Quando de outro ataque, no dia seguinte, apesar de
ter sido gravemente ferido numa perna, ao bater o
inimigo a peito descoberto, continuou a fazer fogo
com a sua metralhadora, até que, já falho de forças
para se manter em pé, teve de ser retirado da "zona
de morte", a fim de ser assistido pelo enfermeiro.
Apesar da gravidade dos seus ferimentos, manteve-se
sempre com uma serenidade notável, exortando os seus
camaradas na luta que estavam travando.
Pela destemida forma como agiu e pelo conceito em
que já era tido, constitui exemplo de total
dedicação ao ideal da Pátria, engrandecendo as
glórias da sua Unidade e do Exército.
Ministério do Exército, 21 de Dezembro de 1966. O
Ministro do Exército, Joaquim da Luz Cunha.
Transcrição da Portaria que concede a
condecoração, publicada na mesma OE:
Por Portaria de 21 de Dezembro de 1966:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo
Ministro do Exército, condecorar com a Medalha de
Cobre de Valor Militar, com palma, nos termos do
artigo 7.º, com referência ao parágrafo 1.º do
artigo 51.º, ambos do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946:
Soldado n.º 73/65-M, Manuel Rosa Correia, da
Companhia de Cavalaria n.º 1401 / Batalhão de
Cavalaria n.º 1851 — Regimento de Cavalaria n.º 3.
Ministério do Exército, 21 de Dezembro de
1966.
O Ministro do Exército, Joaquim da
Luz Cunha.
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Jornal do Exército,
ed. 88, de Abril de 1967
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Diário de Lisboa, ed. 15303, de 24 de Julho de 1965
A
partida
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Diário de Lisboa, ed. 16060, de 3 de Setembro de
1967
O
regresso
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(nota)
Batalhão
de Cavalaria N.º 1851
Identificação:
BCav1851
Unidade Mobilizadora:
Regimento de Cavalaria n.º 3 (RC 3 - Estremoz)
Comandante:
Tenente-Coronel de Cavalaria Alberto Carlos
Perestrelo de Alarcão da Silveira
2.º Comandante:
Major de Cavalaria José Luís Trinité Rosa
Oficial de Informações e Operações / Adjunto:
Capitão de Cavalaria João Sequeira Marcelino
Capitão de Cavalaria Francisco Manuel Martins dos
Santos
Capitão de Cavalaria Jorge Manuel Bicudo e Castro
Valério
Comandantes de Companhia:
Companhia de Comando e Serviços (CCS):
Capitão do Serviço Geral do Exército Carlos
Francisco
Companhia de Cavalaria 1401 (CCav1401):
Capitão Mil.º de Cavalaria Joaquim da Silva Prado
Companhia de Cavalaria 1402 (CCav1402):
Capitão de Cavalaria Rui Manuel Bruno Machado Pessoa
de Amorim
Companhia de Cavalaria 1403 (CCav1403):
Capitão de Cavalaria Rogério Montefalco Sarmento
Pereira
Capitão de Cavalaria Francisco Manuel Martins dos
Santos
Capitão de Cavalaria Graduado Orlando José do
Espírito Santo Ramos
Divisa:
«...NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»
Partida:
Embarque no NTT «Vera Cruz», no dia 24 de Julho de
1965; desembarque no dia 2 de Agosto de 1965
Regresso:
Embarque no NTT «Uíge», no dia 22 de Agosto de 1967;
desembarque em Lisboa, no dia 3 de Setembro de 1967.
Síntese da Actividade Operacional
O
BCav (Batalhão de Cavalaria 1851) foi destinado ao
subsector de Zala, no Sector D, ali
rendendo o BCav745 (Batalhão de Cavalaria 745) e
assumindo a responsabilidade do subsector em 14 de
Agosto de 1965. O Comando e CCS (Companhia de
Comando e Serviços) aquartelaram em Zala, bem como a
CCav 1403 (Companhia de Cavalaria 1403), a CCav 1402
(Companhia de Cavalaria 1402) ficou em Bela Vista e
a CCav 1401 (Companhia de Cavalaria 1401) em Vila
Pimpa; como apoio de fogos dispunha da 4.ª Btr/GACL
(GN) (4.ª Bateria do Grupo de Artilharia de Campanha
de Luanda - Guarnição Normal) e do PelMort 1020
(Pelotão de Morteiros 1020) em Zala; a CArt 1562
(Companhia de Artilharia 1562), em reforço, desde
Abril de 1966, ficou em Zala e depois em Bela Vista.
A ZA (Zona de Acção) do BCav (Batalhão de Cavalaria
1851) coincidia com o fulcro da guerrilha e a área
do seu maior empenhamento; estava bem armada,
municiada e moralizada e revelou-se quase
diariamente por muito fortes acções de fogo contra
colunas auto, conjugadas com implantação de minas
ACar (Anti-carro) e APes (Anti-pessoal). Foi
precisamente nas reacções a estas emboscadas, que as
NT (Nossas Tropas) obtiveram os seus maiores êxitos,
pois, embora sofrendo-as, causaram ao In (inimigo)
baixas muito superiores, mau grado as desvantagens
do terreno, a nossa exposição, aos ataques e a
escolha e preparação dos locais de emboscada pelo In
(inimigo).
Destas reacções das NT (Nossas Tropas), destacam-se
as de 2 de Novembro de 1965, na estrada Ambriz-Zala,
de 1 de Junho de 1966 na Camioneta Vermelha e de 27
de Junho de 1966 na estrada Nambuangongo-Zala. Das
operações realizadas, mencionam-se "Determinados",
"Madureira" e "Dever", entre outras.
Em 12 de Setembro de 1966, foi substituído no
subsector de Zala pelo BCaç 1892 (Batalhão de
Caçadores 1892).
A seguir, o BCav (Batalhão de Cavalaria 1851) rodou,
rendendo o BCaç 670 (Batalhão de Caçadores 670), em
23 de Setembro de 1966, para o sector da Lunda, na
ZIL (Zona de Intervenção Leste), com sede em
Henrique de Carvalho, onde aquartelaram o Comando,
CCS (Companhia de Comando e Serviços) e CCav 1403
(Companhia de Cavalaria 1403), ficando a CCav 1401
(Companhia de Cavalaria 1401) no Dundo e a CCav 1402
(Companhia de Cavalaria 1402) em Cassinguidi; como
reforços, dispunha da CCaç 1517 (Companhia de
Caçadores 1417) em Lubalo e depois em Lumege, da
CCaç 1518 (Companhia de Caçadores 1518) em Mussuco e
da CCaç 1519 (Companhia de Caçadores 1519) em
Camaxilo, havendo destacamentos de pelotão em
Canzar, Luia, Lóvua, Veríssimo Sarmento, Cacolo,
Luremo, Catxinga, Cuango, Caungula e Cuilo.
O In (inimigo) começou a revelar-se, por assaltos a
povoações, eliminações físicas dos chefes-nativos e
emboscadas a viaturas civis, após a entrada em
sector do BCav (Batalhão de Cavalaria 1851),
nomeadamente com ataques a Cazoa, Chimbila e à
serração do Luvo. Para travar a acção do In
(inimigo) foram desencadeadas muitas operações, das
quais se salientam, pelas baixas causadas, as
operações "Leopardo", "Diamante Azul" e "Jacaré".
Em 14 de Agosto de 1967, o BCav (Batalhão de
Cavalaria 1851) foi rendido pelo BCaç 1892 (Batalhão
de Caçadores 1852).
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