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Moçambique

Odaltino Manuel da Cunha Ataíde Moniz, 1.º Cabo de Infantaria, Cruz de Guerra, 3.ª classe

 

HONRA E GLÓRIA

 

Odaltino Manuel da Cunha Ataíde Moniz

 

Companhia de Caçadores 1504 «NÓS OU NINGUÉM»

 

Batalhão de Caçadores 1878 «CONDUTA NOBRE E BRAVA»

 

Moçambique: 06Fev1966 a 27Fev1968

 

Cruz de Guerra, 3.ª classe

 

 

Odaltino Manuel da Cunha Ataíde Moniz, 1.º Cabo de Infantaria, n.º 2584465, natural da freguesia da Praia [São Mateus], do concelho de Santa Cruz da Graciosa (Açores).

 

Incorporado no Batalhão Independente de Infantaria 17 (BII17 - Angra do Heroísmo), no dia 2 de Fevereiro de 1965.

 

Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 16 (RI16 - Évora) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique integrado na Companhia de Caçadores 1504 (nota) «NÓS OU NINGUÉM» do Batalhão de Caçadores 1878 «CONDUTA NOBRE E BRAVA», no período de 6 de Fevereiro de 1966 a 27 de Fevereiro de 1968.

 

(nota):

Comandante da Companhia de Caçadores 1504 «NÓS OU NINGUÉM»: Capitão de Infantaria Silvério Henrique da Costa Jónatas.


A Companhia de Caçadores (CCaç 1504) desembarcou na Beira [06 de Fevereiro de 1966]. Foi colocada em Mabo-Tacuane, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 570 (CCav 570). Cedeu até 15 de Outubro de 1966, 1 pelotão de reforço à Companhia de Comando e Serviços (CCS) do batalhão.


De Fevereiro de 1966 a Janeiro de 1967, efectuou patrulhamentos e contacto com a
população. Participou nas operações "Ambrósio" e Bate-Bate".


Em Janeiro de 1967, permutando com a Companhia de Cavalaria 1510 do Batalhão de Cavalaria 1880 (CCav 1510/BCav 1880), foi transferida para Muidumbe.


De Janeiro a Novembro de 1967, efectuou abertura de itinerários, escoltas a colunas logísticas, patrulhamentos e nomadizações, nomeadamente as operações: "Atacar Sempre" (região do "Acampamento Liquenque"), "Surpresa I e Surpresa II" (regiões dos lagos N'Guri e Namanga), e "Açor" (Muidumbe). Tomou parte nas operações "Castanha", "Martelada", "Trolha", "Hiena", "Polvo" e "Leão Desconfiado".


Em Novembro de 1967, foi rendida em Muidumbe, pela Companhia de Caçadores 1804 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCaç 1804/BCaç 1937), e transferida para Montepuez, onde rendeu a Companhia de Caçadores 1480 do Batalhão de caçadores 1873 (CCaç 1480/BCaç 1873). Destacou 1 pelotão para a ilha de Ibo.


Foi rendida em Montepuez (Fevereiro de 1968), pela Companhia de Cavalaria 1602 (CCav 1602).

 

 

Cruz de Guerra, 3.ª classe

 

 

 

1.º Cabo de Infantaria, n.º 02584465
Odaltino Manuel da Cunha Ataíde Moniz
 

CCac 1504/BCac 1878 — RI 16
MOÇAMBIQUE
 

3.ª CLASSE

 

Transcrição da Portaria publicada na OE n.º 25 - 3.ª série, de 1968.

Por Portaria de 13 de Agosto de 1968:

Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província de Moçambique, o 1.º Cabo n.º 2584465, Odaltino Manuel da Cunha Ataíde Moniz, da Companhia de Caçadores n.º 1504/Batalhão de Caçadores n.º 1878 - Regimento de Infantaria n.º 16.

Transcrição do louvor que originou a condecoração.

(Publicado na OS n.º 45, de 05 de Junho de 1968, do QG/RMM):

 

Louvo o 1.º Cabo n.º 2584465, Odaltino Manuel da Cunha Ataíde Moniz, da CCac 1504/BCac 1878, pelas invulgares qualidades de decisão, coragem, sangue frio, serena energia debaixo de fogo e sentido do dever que sempre demonstrou possuir nos frequentes contactos que teve com o inimigo.

No dia 01 de Março de 1967, numa emboscada sofrida na região de Muatide, teve actuação de muito mérito, mantendo-se com a maior serenidade no seu lugar e batendo eficazmente os abrigos adversários, apesar de permanentemente alvejado, situação em que, tendo-se encravado a metralhadora que manejava, imediatamente reparou a avaria, debaixo de fogo, após o que continuou a disparar na direcção do inimigo, até este debandar.

Também no dia 05 de Junho de 1967, na reacção a uma outra emboscada em que o seu Grupo de Combate caiu na região de Cavanga, e quando seguia, como apontador de metralhadora, na viatura da frente, que o inimigo atacou com grande potencial de fogo, manteve-se firme no seu posto, consciente do perigo que corria, actuando com a maior coragem durante os vinte minutos da acção, muito contribuindo para que os terroristas abandonassem as posições.

De salientar, igualmente, a exemplaridade do comportamento que teve no dia 11 de Setembro de 1967, durante uma potente emboscada sofrida pela coluna em que seguia como apontador de metralhadora montada na primeira viatura. Tendo o condutor abandonado prematuramente aquela viatura, após o rebentamento de um engenho explosivo, o 1.º Cabo Moniz, que seguia na caixa, prontamente saltou para a respectiva cabina e travou o veículo, fazendo-o parar, com o que evitou que ele se despenhasse numa ravina existente no lado esquerdo, isto apesar de estarem a ser feitos diversos disparos de lança-granadas foguete inimigos contra a viatura. Ainda debaixo de fogo, regressou à caixa e dali continuou a bater as posições inimigas com rajadas certeiras (acção no decurso da qual se viu na necessidade de resolver três avarias da sua arma), contribuindo, assim, decisivamente, para que o grupo inimigo fosse posto em debandada.

Às invulgares qualidades reveladas com o seu comportamento heroico em campanha, alia o 1.º Cabo Moniz as de militar excepcionalmente aprumado, trabalhador e correcto, que muito o dignificam e o tornam digno de ser apontado como exemplo das nobres virtudes do Soldado Português.

 

Jornal do Exército

 

«Foi condecorado com a medalha da Cruz de Guerra de 3.ª Classe o 1.º Cabo Odaltino Manuel da Cunha Ataíde Moniz, natural da Praia, Santa Cruz da Graciosa, pelas invulgares qualidades que sempre demonstrou possuir nos frequentes contactos que teve com o inimigo em Moçambique.


Numa emboscada sofrida na região de Muatide, teve actuação de muito mérito, mantendo-se com a maior serenidade no seu lugar e batendo eficazmente os abrigos adversários, apesar de permanentemente alvejado, situação em que, tendo-se encravado a metralhadora que manejava, imediatamente reparou a avaria, debaixo de fogo, após o que continuou a disparar na direcção do inimigo, até este debandar.


Na reacção a uma outra emboscada em que o seu grupo de combate caiu na região de Cavanga e quando seguia, como apontador de metralhadora, na viatura da frente, que o inimigo atacou com grande potencial de fogo, manteve-se firme no seu posto, consciente do perigo que corria, actuando com a maior coragem durante os vinte minutos da acção, muito contribuindo para que os terroristas abandonassem as posições.


De salientar igualmente a exemplaridade do comportamento que teve durante uma potente emboscada sofrida pela coluna em que seguia como apontador de metralhadora montada na primeira viatura. Tendo o condutor abandonado prematuramente aquela viatura, após o rebentamento de engenho explosivo, o 1.º Cabo Moniz, que seguia na caixa, prontamente saltou para a respectiva cabina e travou o veículo, fazendo-o parar, com o que evitou que ele se despenhasse numa ravina existente no lado esquerdo, isto apesar de estarem a ser feitos diversos disparos de lança-granadas-foguete inimigos contra a viatura. Ainda debaixo de fogo, regressou à caixa e dali continuou a bater as posições inimigas com rajadas certeiras (acção no decurso da qual se viu na necessidade de resolver três avarias da sua arma), contribuindo, assim, decisivamente, para que o grupo inimigo fosse posto em debandada.


As invulgares qualidades reveladas com o seu comportamento heroico em campanha alia o 1.º cabo Moniz as de militar excepcionalmente aprumado, trabalhador o correcto, que muito o dignificam e o tornam digno de ser apontado como exemplo das nobres virtudes do Soldado Português.
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