Vicente Carlos Flor
Batalha, Alferes Mil.º de Cavalaria,
comandante de pelotão da CCav1483
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro

Vicente Carlos Flor Batalha
Alferes Mil.º de Cavalaria
Comandante de pelotão da
Companhia de Cavalaria 1483
«CÁ A MIM NINGUÉM ME
VIRA»
Guiné:
27Out1965 a 27Jul1967
Cruz
de Guerra de 3.ª classe
Vicente Carlos Flor
Batalha, Alferes Mil.º de Cavalaria;
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 7
(RC7 – Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOGANT»
- «REGIMENTO DO CAIS» para servir
Portugal na Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 20 de Outubro de 1965, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’, como
comandante de pelotão da Companhia de
Cavalaria 1483 (CCav1483) «CÁ A MIM
NINGUÉM ME VIRA», rumo ao estuário do
Geba (Bissau), onde desembarcou no dia
27 de Outubro de 1965;

A sua subunidade, após o desembarque,
foi colocada
em Bula, a fim de
substituir a Companhia de Cavalaria 567
(CCav567) «A GALOPE E CORAÇÃO AO ALTO»,
assumindo a função de subunidade de
intervenção e reserva do sector do
Batalhão de Cavalaria 790 (BCav790)
«SINE SANGUINE
NON EST VICTORIA», tendo
tomado parte em diversas operações
realizadas na região de Có, Jol, Naga e
na operação "Martingil", em 9 de Janeiro
de 1966, em que foi destruída a base
principal de Biambe e capturado bastante
material; em 18 de Janeiro de 1966, por
troca com a Companhia de Caçadores 622
(CCac622) «ARMAS NA MÃO E OLHOS NA
PÁTRIA», assumiu a responsabilidade do
subsector de São Domingos, com
pelotões
destacados em Varela e Susana, este em
reforço da Companhia de Cavalaria 1485
(CCav1485) «… E ASSIM NASCEU BIAMBE»,
até à extinção do respectivo subsector
temporário então ali existente e cuja
área
voltou a ser incluída na sua zona
de acção; a subunidade ficou então
integrada no dispositivo e manobra do
Batalhão de Cavalaria 790 (BCav790)
«SINE SANGUINE NON EST VICTORIA» e
depois do Batalhão de Caçadores 1894
(BCac1894) «NON NOBIS» - «JUSTOS E
FORTES», com
vista à interdição da
fronteira e segurança das populações da
área; em 23 de Julho de 1967, foi
rendida no subsector de São Domingos,
então com a sede, temporariamente, em
Varela desde o mês anterior e com dois
pelotões destacados em Susana e São
Domingos, pela Companhia de Caçadores
1684
(CCac1684) «SE FIZERAM POR ARMAS TÃO
SUBIDOS» do Batalhão de Caçadores 1912
(BCac1912) «VALENTES E DESTEMIDOS» e
recolheu a Bissau no dia seguinte, a
fim
de aguardar o embarque de regresso.
Louvado por feitos em combate, publicado
na Ordem de Serviço n.º 26, de 24 de
Junho de 1967, do Comando de Agrupamento
1976 (CmdAgr1976) «CORDE CAPTO BELLA
VICTA», na Ordem de Serviço n.º 31, de
13 de Julho de 1967, do Quartel General
do Comando Territorial Independente da
Guiné, e na Revista da Cavalaria do ano
de 1967, página 90;
No dia 27 de Julho de 1967, embarcou no
NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole, onde
desembarcou no dia 2 de Agosto de 1967;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe, pela Portaria de
29 de Agosto de 1967, publicada na Ordem
do Exército n.º 19 – 2.ª série, de 1967.
Cruz de Guerra de 3.ª
classe
Alferes Miliciano de
Cavalaria
VICENTE CARLOS FLOR BATALHA
CCav1483 - RC7
GUINÉ
3.ªCLASSE
Transcrição
da Portaria publicada na Ordem do
Exército n.º 19 – 2.ª série, de 1967.
Por Portaria de 29 de Agosto de 1967:
Condecorado com a Cruz de Guerra de 3.ª
classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º
do Regulamento da Medalha Militar, de 28
de Maio de 1946, por serviços prestados
em acções de combate na Província da
Guiné Portuguesa, o Alferes Miliciano de
Cavalaria, Vicente Carlos Flor Batalha,
da Companhia de Cavalaria n.º 1483
adstrita ao Batalhão de Caçadores n.º
1894 - Regimento de Cavalaria n° 7.
Transcrição
do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 31,
de 13 de Julho de 1967, do Quartel
General do Comando Territorial
Independente da Guiné):
Que, por seu despacho de 05 do corrente,
considerou como sendo dado por si, o
louvor constante do n.º 4 do artigo 3.º
da Ordem de Serviço n.º 26, de 24 de
Junho de 1967, do Comando de Agrupamento
1976, conferido ao Alferes Miliciano de
Cavalaria, (0021962), Vicente Carlos
Flor Batalha, da Companhia de Cavalaria
n.º 1483, pela extrema dedicação que
sempre tem posto no desempenho das
diversas funções que tem vindo a
desempenhar.
No comando do seu Grupo de Combate ou,
interinamente, no da Companhia, sempre
se revelou dotado de alto espírito de
iniciativa, organizador, muito
disciplinado, exigente no respeito da
disciplina militar, interessado no bem
estar dos seus subordinados, destemido
nas acções de combate, demonstrando
sempre coragem, decisão, serena energia
debaixo de fogo e sangue frio, estando
pronto a correr riscos e sacrifícios sem
limitações, no desejo duma colaboração
útil e frutuosa.
Aquelas qualidades, aliadas a um natural
espírito compreensivo e educado
tornaram-no elemento de muita valia, não
só no meio militar como no civil, em
toda a área da sua Companhia, onde a sua
presença assídua junto das populações é
desejada e reclamada pelas mesmas.
Designado para assumir o comando do
Destacamento de Susana, numa altura em
que a situação na área se tornou
particularmente grave, tem vindo a
desempenhar-se do cargo por forma
vincadamente acertada, dinâmica e
profícua, fazendo juz à confiança e
apreço deste Comando.
