TRABALHOS, TEXTOS SOBRE OPERAÇÕES MILITARES ou
LIVROS
António Teixeira
Mota
António Teixeira
Mota, e natural de Amarante onde nasceu a 29 de Maio
de 1961.
Após ter terminado
o Ensino Primário na cidade do Porto, é admitido em
Outubro de 1972 no Instituto Militar dos Pupilos do
Exército, onde conclui em Junho de 1984 o Curso
Superior de Engenharia de Máquinas, tendo recebido
os prémios Adido Militar Brasileiro atribuído ao
aluno finalista com a mais elevada classificação de
curso, e o prémio Defesa Nacional atribuído ao aluno
finalista órfão de pai militar, com a mais elevada
classificação de curso.
Dá início à sua
actividade como Profissional de Engenharia em Julho
de 1984 e em Maio de 1985 é chamado a cumprir o
serviço militar obrigatório na Escola Prática de
Serviço de Material em Sacavém, onde conclui o Curso
de Oficiais Milicianos. Em Agosto do mesmo ano, é
colocado no Batalhão de Serviço de Material no
Entroncamento, com o posto de Aspirante a Oficial
Miliciano, tendo terminado o serviço militar em
Agosto de 1986 e retomado a sua actividade como
Profissional de Engenharia.
Em Janeiro de 1988
é admitido numa empresa multinacional petrolífera,
com a função de Representante tendo sido promovido
em Janeiro de 1996 a Chefe de Serviço, função que
desempenha actualmente.
É Pós-Graduado em
Marketing pelo Instituto de Administração de
Marketing, e em Master in Business Administration (MBA)
pela Universidade Fernando Pessoa.
De 1988 a 1997
dedica os seus tempos livres à Tapeçaria, tendo
realizado estágio no Atelier de Gisella Santi e
participado em diversas exposições a nível Nacional
e Internacional.
Com esta
publicação, cumpre também ele, a trilogia
existencial: plantar uma árvore, ter um filho, e
escrever um livro.
O livro:
«Luta
Incessante»
título: «Luta Incessante»
autor: António Teixeira Mota
edição: Elefante Editores, 2005
A
edição desta obra não tem fins lucrativos pelo que
as receitas da sua venda reverterão para
instituições de solidariedade.
ISBN: 972-8413-35-1
páginas: 83
depósito legal: 235671/05
"É
a história da determinação de um filho na busca
da memória de seu pai.
Uma história
em torno de uma das facetas menos conhecidas da
vida dos militares portugueses nas ex-colónias.
É a luta de
quem recuperou os restos mortais de um Sargento
falecido e sepultado em Angola no ano de 1962, e
que encontrou pelo caminho inúmeras
contrariedades, mas também, a solidariedade de
novos amigos, de antigos combatentes do Ultramar
e de muitos que desinteressadamente apenas o
quiseram ajudar.
Um relato
forte, como só o pode ser as palavras de um
filho que, finalmente, reencontra seu pai."
Com o apoio
da:
Câmara
Municipal de Amarante
Prefácio
Quando o António Mota me confidenciou que havia escrito
uns poemas e, posteriormente, me pediu para fazer uma
revisão dos mesmos de forma a enquadra-los num texto
mais vasto e memorativo da trasladação dos restos
mortais de seu pai, nunca esperei que o mesmo tivesse
uma textura tal que pudesse trazer a ribalta da
discussão - séria, profunda e atempada - um dos grandes
temas da modernidade da vida portuguesa - A Vida e a
Guerra nas Terras do Ultramar.
Todo o conteúdo desperta o leitor para tal discussão.
Obviamente que encerra a problemática comum a todo o
Português, de hoje e de todos os tempos - O Ultramar: os
que lá ficaram e os que cá choraram... (ver Gil Vicente,
Auto da Índia, Fernando Pessoa, Mensagem, etc., ...
etc.).
Mas, como diz, e bem, o autor, “embora não tivesse
nascido com esse propósito, chego à conclusão que este
livro acaba por ser um depoimento comum as muitas
famílias...” e, mais adiante “...a História
Contemporânea Portuguesa não ficará completa enquanto
não falarmos dos mortos desta Guerra, e enquanto não
formos corajosamente capazes de nos deslocarmos a África
buscar os seus restos mortais.”
Parabéns e honra ao autor por ter tido a coragem de
trazer a prelo esta obra que, sem saudosismos piegas de
um nacionalismo há muito desgastado, mas também sem a
revolta comprometida a um ataque cego aos desvarios do
antigo regime, consegue despertar o interesse pela vida
de um Sargento que, com honra, serviu e morreu pelo
país, e cujo filho entendeu fazer regressar os seus
restos mortais ao chão mátrio da terra onde nasceu, para
que, em conjunto com o espírito presente localmente, na
vivência de todos na eternidade dos tempos, servisse de
exemplo aos que o conheceram, dele ouviram falar, e dele
se orgulharão, como serão os descendentes que de tal
filho surgirão no mundo.
Sóbrio, harmonioso, cativante, utilizado em dois textos
distintos - o narrativo e o poético - atrever-me-ia a
dizer que todo o trabalho é uma obra lírica,
exemplificando esta minha afirmação com a profundidade
reflexiva do texto onde o autor narra os tempos em que o
seu imaginário era povoado por figuras de militares e
por cenas de guerra. Outra exemplificação de tal textura
e expressividade poética é a revelada pela permanente
presença mística, espiritual do pai na pessoa do filho.
O autor expressa, sem grandes dúvidas, laivos de uma
crença espírita, assaz audaciosa, mesmo nos dias de
hoje, que só a sua sombra consegue fazer entender o amor
filial por um pai que nem sequer conheceu em vida, mas
que está incarnado em toda a avidez da procura e na
satisfação pelo êxito obtido que o autor exterioriza ao
longo da sua obra.
Acrescento, ainda, que alguns dos seus poemas são
verdadeiras obras de arte, cheios de uma metafísica e de
um transcendentalismo só possível de entender pela
crença da plenitude da vida para além da morte, em
profundo relacionamento com os que cá ainda ficam,
designados a cumprirem vontades dos que partiram.
Leia-se, reflicta-se e divulgue-se.
Porto, 28 de Setembro de 2002
Rolando Ferreira
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Para
visualização dos conteúdos clique no sublinhado que se
segue:
2.º Sargento de Transmissões
Justino Teixeira da Mota
10Ago1930 >
18Out1962
Companha de Caçadores Especiais 266 (CEE266)
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Imagens extraídas do livro:

Carta enviada à família em 27
de Outubro de 1962 pelo Comandante da CEE266 na
sequência da morte do
2.º Sargento Justino Teixeira da Mota

Recorte de Jornal com a notícia
do falecimento do
2.º Sargento Justino Teixeira da Mota

Carta enviada à família em 23
de Outubro de1962 pelo DGA informando os procedimentos
necessários para habilitação à pensão de preço de
sangue, e trasladação dos resto mortais

Telegrama enviado pelo DGA à
família em 27 de Novembro de 1962, solicitando o
depósito de dez mil escudos para se proceder à
trasladação do corpo

Visita feita a cemitério de
Maquela do Zombo pelo Chefe do Estado-Maior da UNAVEM
III, Coronel Bento Soares, em 15 de Junho de 1995

Juramento
de Bandeira da CEE266 no Batalhão de Caçadores 5 -
Lisboa, em Julho de 1961

Formatura
Geral no Cais de Alcântara a 12 de Agosto de 1961, dia
do embarque da CEE266 para a ex- Província Ultramarina
de Angola

1.º Desfile
da CCE266 após a chegada a Luanda, em 21 de Agosto de
1961

Travessia
do Rio Zaza em Setembro de 1961 na reconstrução da
picada Quimbele - Cuango. Durante o percurso a CEE266
construiu 13 pontes e 1 jangada

A caminho
do Cuango em Setembro de 1961


2.º
Sargento Justino Teixeira da Mota como porta-guião da
Companhia CEE266 em formatura e desfile em Sanza Pombo,
Setembro de 1961

Oficiais, Sargentos e Praças do Comando da CEE266,
Cuango, Outubro de 1961

2.º Sargento
Justino Teixeira da Mota em Maquela do Zombo em Setembro
de 1962

2.º Sargento
Justino Teixeira da Mota na
Roça de S.
José

Funeral do
2.º Sargento Justino Teixeira da Mota

Romagem de
despedida da CEE266 junto ao jazigo do 2.º Sargento
Justino Teixeira da Mota quando terminaram a comissão de
serviço em Maquela do Zombo e regressaram a Portugal

Documento
entregue pelo Coronel Bento Soares ao Comandante do
Destacamento de Maquela do Zombo, solicitando que
identificasse no cemitério local um jazigo com aqueles
dados
Planta de Maquela do Zombo contendo em destaque
pormenor do cemitério onde se encontra assinalada a
localização do túmulo do 2.º Sargento Justino Teixeira
da Mota

Entrada da
Roça de S. José

Vista
parcial de Mavoio

Rotunda em
Maquela do Zombo

Entrada de
Sacandica

Posto de
Sacandica

Quartel em
Maquela do Zombo