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Carlos Manuel S. Arruda

 

Carlos Manuel S. Arruda, nasceu em Ponta Delgada, Açores.

 

Frequentou o Liceu Antero de Quental e licenciou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra.

 

É C. de Serviços de Ortopedia aposentado do HDES. Foi Adjunto da D. Clínica do HDES de 1999 a 2005 e Director S. Urgência do HPD / HDES, nos períodos de 1996 e 1997 e 2003 a 2005.

 

Cumpriu o S. Militar de 1966 a 1970, como alferes miliciano, com comissão de serviço em Angola, integrado no Regimento de Infantaria 22, em Sá da Bandeira, e no Batalhão de Caçadores 11 «Gorilas do Maiombe», no enclave de Cabinda. Foi ferido em combate.

Tem participação diversa em jornais e rádio (RDP Centro e RDP Açores) e tem os seguintes livros publicados: "Para a história da secção de patinagem da AAC"; A Ortopedia e a sua História nos Açores; Ortopedia, Realidade e Prática no Serviço de Urgência, trabalho e coordenação com colega, além de contos em diversas publicações.

 

Foi atleta de hóquei em patins (C. União Micaelense e AAC), desde 1964 até 1980, com uma interrupção, de 4 anos por causa da guerra, treinador (5 anos), seccionista durante 5 anos e dirigente da A. Patinagem de Coimbra (C. Técnico), médico da secção de patinagem e do Estádio Universitário de Coimbra. É o Delegado da AMI em Ponta Delgada, Presidente do Forum Açoriano, sócio da Cruz Vermelha e da Liga dos Combatentes.

 

O livro:

«De Mafra ao Maiombe»

 

«Ao meu filho João Carlos,

desejando que nunca tenha

de viver experiência idêntica.»

 

título: «De Mafra ao Maiombe»

autor: Carlos Manuel S. Arruda

edição: Letras Lavadas edições

capa: Carlos Carreiro

execução gráfica: Nova Gráfica, Lda., Ponta Delgada

depósito legal: 350412/12

ISBN: 978-989-735-010-8

aquisição:

Livraria SolMar, Av.ª Infante D. Henrique C. Com. Solmar, loja 7, 9504-529 Ponta Delgada Telefone: 296629720 e-mail: livraria@livrariasolmar.pt (http://www.livrariasolmar.blogspot.pt/)

 

Extraído do livro:

«Ao meu filho João Carlos,

desejando que nunca tenha

de viver experiência idêntica.»

 

Introdução

 

META

 

Falta-me ainda um verso.

O mais rebelde, lírico e sincero.

Um verso exacto, que não desespero

De cantar um dia.

Um verso de magia

E de verdade.

Um verso que na sua brevidade

Iluminada

Seja a eterna alvorada

Da minha humanidade.

 

ln Poesia Completa, de Miguel Torga

 

”Crónicas, historias, poemas”, desabafos e sonhos do período de 67 a 70, naquela altura do serviço militar que me marcou profundamente, assim como uma geração, em diversos locais, desde a recruta na EPI em Mafra, passando pelo BRT na Trafaria, até Angola.

 

As coisas foram acontecendo sem pretensões, como se tentasse suplantar muitas vezes o desânimo, o isolamento e os sentimentos contraditórios em que estive sempre envolvido, com o receio natural de regressar, não aos pedaços como muitos outros, mas inteiro de corpo e alma.

 

O rodar implacável do relógio do tempo foi fornecendo de mansinho algumas certezas que no início eram não só confusas, como inexplicáveis, mas que com o decorrer do tempo, porque fui crescendo e amadurecendo, tornaram--se claras e mais doridas.

 

A experiencia da guerra colonial, sem nunca ter estado debaixo de fogo, o que me dá uma tranquilidade acrescida, foi marcada por diversos episódios, operacionais ou não, em que o contacto com camaradas de diversas origens, em operações ou no remanso do quartel, a solidariedade gigante, as notícias das mortes e feridos, o contacto de proximidade com eles, foi resolvendo muitas das dúvidas que em 67 tinha transportado para a R. Militar de Angola. Em 68 e 69, o número de mortes em Angola foi respetivamente de 265 e 275, sendo muito superior, o de feridos.

 

Como miliciano com uma consciência critica da guerra colonial, arrancado à Universidade, foi verdadeiramente difícil gerir essa dicotomia em que muitos de nós vivíamos. Por um lado, oficial do exército português, comandando homens que confiavam em nós e a responsabilidade de executarmos com brio as missões que nos tinham confiado; por outro, a angústia permanente de entrar num combate, numa guerra que questionava, na qual podia matar (e eu que estudava para salvar vidas) suprema ironia ou morrer. Mas esse seria ainda o menor dos males, pois todas as dúvidas acabariam ali. Muito pior seria vir truncado física e emocionalmente, como vi tantos camaradas.

 

Esta pele da guerra que vestimos por imposição muito mais do que por obrigação, cola-se às nossas vidas para todo o sempre e só lentamente vamos perdendo algumas coisas, vamos descascando alguns pedaços, que nos permite olhar de outra forma o passado, de uma maneira adulta e sadia, sem ódios e sem rancores especiais.

 

Precisamos todos, de uma forma ou doutra, de fazermos a nossa catarse. E escrever essas vivências, pode também ser uma dessas maneiras.

 

Carlos Arruda

Contracapa:

Depois de “uma herança de África e de outros lugares” (memórias gratificantes de vida e de respeito pelo trabalho do homem), o autor mostra-nos agora o outro lado das memórias de África – o sofrimento causado pela guerra.

É talvez o desejo de fechar o círculo que durante tantos anos o atormentou.

E, porém, o cheiro e as cores continuam presentes (talvez para sempre!), como muito bem entendeu o seu amigo Carlos Carreiro, autor da capa do livro.

Índice:

 

Lançamento do livro:

 

Vídeo com o título, in RTP Açores:

 

Para visualização do vídeo clique no sublinhado que se segue:

 

«Carlos Arruda lança livro sobre Guerra Colonial (vídeo)»

 

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