
TRABALHOS, TEXTOS
SOBRE OPERAÇÕES MILITARES ou LIVROS
Imagens cedidas por
LC123278
Colecção "Correio da
Manhã"
Os
anos de Salazar: "O que se contava e o
que se ocultava durante o Estado Novo"
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Volume 20 - "1963
- 1964 A guerra estende-se à Guiné e Moçambique"
Volume 18 - "1961 O
ano de todos os perigos"
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Volume 20 - "1963 - 1964 A
guerra estende-se à Guiné e Moçambique"
Na
Guiné, a guerra iniciou-se em 23 de Janeiro de 1963, com
um ataque do PAIGC ao quartel de Tite, no Sul do
território, numa zona limitada pelo rio Geba e a
fronteira com a Guiné - Conacri. Pouco mais de um ano
depois, em 25 de Setembro de 1964, rebentava o conflito
no Norte de Moçambique. As primeiras acções ocorreram em
ataques da guerrilha ao posto do Chai, em cabo Delgado e
de Cobué, no Niassa, a partir da retaguarda tanzaniana.
No final deste último ano, o esforço de guerra em
quadros efectivos militares portugueses era já
impressionante, e desmesurado para um pequeno país como
Portugal: cerca de 85 mil homens, distribuídos por
Angola (52 mil), Moçambique (18 mil) e Guiné (15 mil).
Na ONU, em Dezembro de 1963, Henrique Galvão propõe um
plano de descolonização que passava por uma solução
federalista. A 27 de Agosto o regime enchera o Terreiro
de Paço, em
Lisboa, numa
grande manifestação de apoio à política colonial do
Governo. Salazar profere um curto discurso.
A prostituição é
proibida, passando as prostitutas a ser tratadas como os
vadios. Aos 68 anos, Rosa Ramalha começa a
trabalhar o barro e torna-se a primeira oleira a ser
conhecida pelo nome, devido à sua imaginação e
originalidade. Em Maio de 1963, o Benfica falha o
tricampeonato europeu, perdendo o jogo da final com o
Milan. No ano seguinte, o Sporting tem melhor sorte e
vence a Taça das Taças.
in contracapa do
volume 20 -
Os
anos de Salazar

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Volume 18 - "1961 O
ano de todos os perigos"
“O
ano mal começara quando, a 21 de Janeiro, Henrique
Galvão dirige o assalto ao paquete Santa Maria,
rebaptizado de «Santa Liberdade». Nesse mesmo mês, em
Angola, na Baixa do Cassange, manifestações contra os
baixos salários e a obrigação de cultivar os produtos
impostos pela administração colonial em desfavor da
agricultura tradicional são reprimidas com brutalidade:
aldeias inteiras queimadas com napalm. As
estimativas das mortes oscilam entre as centenas e os
milhares. Alguns dos que escaparam juntam-se à UPA, que
em Março
massacra
com ferocidade fazendeiros portugueses no Norte de
Angola. Antes disso, em Fevereiro, o MPLA dera início à
luta armada, com ataques às cadeias e a uma esquadra da
polícia de Luanda. Em Abril, após o golpe falhado de
Botelho Moniz, Salazar assume inteiramente a pasta da
Defesa e dirige-se ao País pela rádio e televisão:
«Andar rapidamente e em força» - para Angola, pois
claro. O ano prossegue em sobressalto
e termina com a
ocupação de Goa, Damão e Diu pela União Indiana.
Como se indiferente a
isso, o Benfica vence a Taça dos Campeões Europeus. E o
Leixões, a Taça de Portugal: e logo nas Antas, contra o
F. C. Porto. Em Lisboa, a Feira Popular reabre em
Entrecampos. E nasce o Teatro Moderno. Mas também no
teatro o ano principiara de luto: morreu João Villaret”
in: contracapa do
volume 18 -
Os
anos de Salazar
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