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 TRABALHOS, TEXTOS SOBRE OPERAÇÕES MILITARES ou LIVROS

 

Domingos Guimarães Marques

(Coordenador)

TESTEMUNHOS DA GUERRA DE MOÇAMBIQUE

 “História do Batalhão de Caçadores 3868

E o Fim da Guerra Colonial

 

Edição:

Domingos Guimarães Marques, ex- Alferes Mil.º

 

Gualter Rodrigues Claudino, ex- Alferes Mil.º

 

Artur Manuel Bernardino Pereira, ex- Alferes Mil.º

 

 

Cabo Delgado. Uma História Trágico-Terrestre.

Da Operação «Nó Górdio» ao Fim do Império

 

Edição:

Domingos Guimarães Marques, ex- Alferes Mil.º

 

António Maria de Oliveira Marques, ex- Alferes Mil.º Médico

 

Pedro José dos Santos Ramos, ex- Alferes Mil.º

 

Eduardo Júlio Alves Brás, ex- Alferes Mil.º

 

Ver notícia no "Correio do Minho", do dia 03Mai2009:

 

  Clique aqui ou a sua transcrição

 

Estes dois livros, cujo coordenador é o ex-alferes miliciano Domingos Guimarães Marques, sendo co-editores do primeiro, os ex-alferes milicianos Gualter Rodrigues Claudino e Artur Manuel Bernardino Pereira e, do segundo, os ex-alferes milicianos António Maria de Oliveira Marques (médico), Pedro José dos Santos Ramos e Eduardo Júlio Alves Brás, contém testemunhos de vários ex-combatentes que passaram parte da sua juventude nalgumas das picadas de Cabo Delgado.

A primeira das referidas obras descreve a história do último Batalhão que partiu para a guerra por via marítima. Saiu de Lisboa, no navio Império a 04 de Dezembro de 1971 e desembarcou em Mocimboa da Praia em 01 de Janeiro de 1972.

À Companhia de Caçadores 3473, do BCAÇ 3868 foi atribuída uma das dez maiores condecorações do Regimento de Infantaria 15, durante os seus duzentos anos de história. A sede do Batalhão foi alvo de um dos maiores ataques de foguetões 122, a 06 de Agosto de 1973.

O Comando do BCAÇ 3868 foi, durante a sua permanência em Cabo Delgado, Comando do Subsector BPR (Mocimboa da Praia, Antadora, Nanbude e Diaca).

No livro “Cabo Delgado. Uma História Trágico-Terrestre. Da Operação «Nó Górdio» ao Fim do Império” são referidos os nomes dos componentes, na hora da partida, dos Batalhões de Caçadores 2913 e 4213 e ainda das Companhias de Caçadores 2727, 3570; Companhias de Artilharia 3505, 2719, 7254 e Companhias de Cavalaria 3320 e 3559.

Contém testemunhos de ex-militares das unidades mencionadas e ainda de ex-combatentes do GE’s 204 207 e de unidades que passaram pelo Subsector e de outras que tiveram a sua sede noutras zonas de Moçambique, com os quais se procurou fazer uma sucinta história da guerra desde a “Operação Nó Górdio” até ao fim da guerra. Encontram-se a este propósito algumas referências à 2ª CCAÇ do BCAÇ 5013, à CCAÇ 2304 do BCAÇ 2831, à CCS do BCAÇ 2837.

Este segundo livro tem, nas suas últimas páginas, testemunhos alusivos ao final do conflito em Mocimboa da Praia e arredores, no Maputo, no Fingoé, no Quiterajo, em Omar e, naquela que foi a capital da guerra, em Mueda.

Estas obras foram apresentadas ao público, respectivamente, no Regimento de Infantaria 15, em Tomar, no dia 30 de Setembro de 2007 e na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga no dia 19 de Julho de 2008.

Com estas obras, os editores e todos os colaboradores pretenderam prestar uma merecida homenagem a todos os seus antigos camaradas, principalmente, àqueles que morreram na guerra ou em consequência dela e também àqueles que dela trouxeram mazelas que a muitos acompanharão até à sepultura. A este propósito referem-se aqui algumas palavras proferidas por um dos apresentadores do segundo livro, o professor doutor Roque Cabral:

“No Teatro da Guerra

            (…)

Todos regressaram diferentes de como partiram – alguns tão diferentes!

O livro de Domingos Guimarães Marques, para além do valor memorialístico que indiscutivelmente possui, sobretudo para tantos que nas suas páginas recordarão camaradas e peripécias vividas, terá ainda uma outra valência, bem importante:

Poderá ajudá-los a dar sentido – talvez só agora – às experiências vividas na guerra.

No teatro da guerra.”

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Transcrição do artigo publicado no "Correio do Minho", no dia 3 de Maio de 2009

in: http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=6202

Ecos pessoais do nó górdio da guerra em Moçambique

 

Costa Guimarães

Fotografias e testemunhos recolhidos por um grupo coordenado por Domingos Guimarães Marques constituem a alma do novo livro 'Cabo Delgado — uma história trágico-terrestre' que aborda momentos desconhecidos na nossa batalha colonial em Moçambique, desde 'a operação nó-górdio ao fim do império' e proporcionar uma reflexão séria — a uma razoável distância — daquele tempo.

Ao longo de 383 páginas, este causídico bracarense recolhe e partilha documentos e testemunhos vivos dos membros dos Batalhões de Caçadores 2913, 2727, 3868 e 4213 e de várias companhias de artilharia que permitem ao leitor 'observar a guerra durante este período, exactamente numas das piores zonas de guerra de Moçambique' quando decorriam os anos de 1970 e seguintes.

Domingos Guimarães Marques apresenta assim a recolha de memórias dos militares da guerra colonial, com especial incidência dos que estiveram em Cabo Delgado, desde Julho de 1970 até ao fim da Guerra Colonial ou fim do império.
Trata-se de um livro perfeitamente livre porque, garante o seu autor, 'nenhuma das testemunhas da história consultou alguém para se aconselhar sobre o que deveria escrever e ninguém perguntou a ninguém quem escreveria e o que iria contar'.

Os testemunhos — quase todos na primeira pessoa — são eloquentemente enriquecidos com dezenas de fotografias
Para o coordenador, o objectivo desta obra reside simplesmente na 'constatação dos factos, embora a partir de cantos distintos, por larguíssimas centenas, a passar de um milhar, de combatentes' que não deixará dúvidas nos leitores de que 'foi esta a nossa história, que de tão dura que foi — para uns mais que para outros — não carece de qualquer invenção romanceada para a compor e transmitir às gerações futuras'.
 
 Domingos Guimarães Marques pretende, com esta obra profundamente documentada e 'ensanguentada' de testemunhos directos dos afectos, prestar 'uma homenagem a todos aqueles que connosco partiram e que connosco não regressram e àqueles que, tendo regressado connosco, já se foram da lei da morte libertando'.
 
 A obra começa por contextualizar o início da subversão violenta nos distritos nortenhos de Moçambique, a partir de Agosto de 1964, quando é assassinado um padre da Missão de Nangololo, um mês antes do início da actividade militar por parte da Frelimo, as crises no interior da Frelimo, a criação dos Pisteiros e o lançamento da operação 'nó górdio' por Kaúlza de Arriaga.
 
 O corpo central do livro é constituído por testemunhos, fotografias e factos que foram vividos pelos militares dos batalhões e companhias de Caçadores de Artilharia, desde Julho de 1970 até ao último adeus, em Mocímboa da Praia.
 Participam nesta edição do livro outros camaradas de armas de Domingos Guimarães Marques como são os casos de António Maria Oliveira Marques, Pedro José Santos Ramos e Eduardo Alves Brás.

 

 

 

 

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