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Fonseca Alves

 

Fonseca Alves, nasceu no ano de 1946

 

Em 23 de Abril de 1966, tendo sido mobilizado pelo Regimento de Infantaria 15 (RI15 - Tomar) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique, embarcou no NTT 'Vera Cruz' rumo a Mocímboa da Praia, como furriel miliciano atirador de infantaria, integrado no 2.º pelotão da Companhia de Caçadores 1556 (nota) do Batalhão de Caçadores 1890 (CCac1556/BCac1890) «NON NOBIS» - «OS FRONTEIROS DO ROVUMA».


Em 2 de Junho de 1968 iniciou a torna-viagem à Metrópole.

 

(nota):

Companhia de Caçadores 1556 (CCac1556/BCac1890)

Comandante:

Capitão Mil.º José Vítor B. N. Carvalho

Síntese da Actividade Operacional:

A CCac1556, desembarcou em Mocímboa da Praia. Colocada em Negomano, rendeu a 2.ªCCac/BCac da Beira. Destacou um pelotão para Nazombe.
A 23Set1966, permutando com a CCac1555, foi colocada em Mocímboa do Rovuma.
De Mai1966 a Ago1967, executou, entre outras, as operações: "Desbravar" (região de Ng'Apa), "Osga" (N dos rios Entende e Liparanhanga), "Procura" (SW de Capunja) e "Saber Mais" ( vale do rio Mucualu).
Em Set1967, foi rendida em Mocímboa do Rovuma, pela CCav1729/BCav1923, e transferida para Bene. Destacou um pelotão para Cassacatiza, onde substituiu a CArt1515/BArt1882. Participou nas operações "Trovoada", "Chuva Miúda" e "Granizo".
Foi rendida em Bene (Mai1968), pela CCac2358/BCac2842.

 

Livro:

 

"Memórias de Guerra do Ultramar"

(2.ª edição)

 

 

título: "Memórias de Guerra do Ultramar"
autor: Fonseca Alves

editor: Mosaico de Palavras
2.ª edição. Rio Tinto, Mai2020; (*)
192 págs
20x15cm
pvp: 13 €
ISBN: 989-8921-3-38

 

Prefácio (excerto):


- «Um livro, sem dúvida, cheio de interesse não só para os participantes na narrativa, pois vão ter a possibilidade de recordar bons e maus momentos da sua juventude em solo africano, mas também para terceiros eventualmente interessados em conhecer um pouco da História recente de Portugal, no que se refere à dita guerra colonial. O realismo deste livro do Fonseca Alves é por demais evidente, seja no tocante aos perigos inerentes às várias situações de guerra, seja, até, a alguns momentos de bom humor e boa disposição, que também os houve, nos intervalos da guerra.»¹
¹ (Célio Rolinho Pires, ex-alf milº cmdt do 2ºPel/CCac1556)

 

Recensão:


- «Fonseca Alves parece dirigir-se prioritariamente aos veteranos da sua companhia entre 1966 e 1968. Cultiva a anedota mas, nómada entre diferentes guarnições (Mocímboa do Rovuma, Negomano, etc.), dá algumas informações sobre os ataques contra as bases da FRELIMO (bases 'Beira' e 'Limpopo', fim de Dezembro de 1966).»²
² (René Pélissier)

 

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Livro:

 

"Memórias de Guerra do Ultramar"

(1.ª edição - esgotado)

 

título: "Memórias de Guerra do Ultramar"
autor: Fonseca Alves

 

editor: Edições Ecopy
1.ª edição. Porto, Nov2003
208 págs, ilustrado
20x15cm
pvp: esgotado
ISBN:
989-656-221-2

dep. leg: PT-363486/13

 

Introdução

«EM JEITO DE APRESENTAÇÃO


Os amigos de guerra são como a família. Não se escolhem. Cabem-nos por sorte e são para sempre. Assim aconteceu com o Fonseca Alves.


Conhecemo-nos nesse longínquo ano de 1966, em Janeiro, em Tomar, no RI 15 (Regimento de Infantaria n.º 15), ao tempo unidade mobilizadora para as guerras de África. Pertencentes ao Batalhão 1890, coube-nos a nós ter de preparar para o "duro" os homens do 2.º pelotão, um dos quatro que integravam a Companhia de Caçadores 1556, ele na qualidade de cabo miliciano, juntamente com o Antero Ribeiro e o Hermano Gonçalves, e eu como aspirante miliciano — futuros furriéis e alferes após o embarque em 23 de Abril de 1966.


Já ao tempo, e apesar da nossa juventude (pouco mais de vinte anos, o meu caso!), sabíamos bem da importância do treino e da preparação dos nossos homens, quer ao nível militar, quer humano, com vista às operações no terreno em uma qualquer zona de guerra de Moçambique, fosse o Cabo Delgado, fosse o Niassa, conhecidos na gíria militar por Estados do "Mato Grosso" e "Minas Gerais", respectivamente, derivada a prevalência de emboscadas no primeiro caso e as minas no segundo. A guerra a sério no distrito de Tete viria mais tarde ao ser "inaugurada" por nós, já no fim da comissão, com um ataque da Frelimo ao Bene, sede da Companhia, em 25 de Março de 1968.


Logo no início, Janeiro de 1966, e dos primeiros contactos com o Fonseca Alves, um jovem com menos de vinte anos, não me foi difícil concluir tratar-se de um rapaz corajoso, determinado, respeitador, amante da disciplina militar, amigo... do comandante de grupo, que era eu, e de todo o pessoal que acabava de nos ser confiado, em particular a sua secção, que mais tarde viria a ser conhecida pela "morte lenta". Estas suas qualidades humanas e militares viriam, sobretudo, a evidenciar-se no teatro de guerra, quer no Cabo Delgado, primeiro, quer em Tete, mais tarde, oferecendo-se muitas vezes como voluntário, com a sua secção, para obviar a situações nem sempre fáceis.


Passados que são mais de 40 anos sobre a nossa vinda de Moçambique (Junho de 1968), em boa hora se decidiu o Fonseca Alves pela publicação do que eu designaria de "memórias de guerra" do Ultramar, um livro, sem dúvida, cheio de interesse não só para os participantes na narrativa, pois vão ter a possibilidade de recordar bons e maus momentos da sua juventude em solo africano, mas também para terceiros eventualmente interessados em conhecer um pouco da História recente de Portugal no que se refere à dita guerra colonial. O realismo deste livro do Fonseca Alves é, por demais, evidente, seja no tocante aos perigos inerentes às várias situações de guerra, seja, até, a alguns momentos de bom humor e boa disposição, que também os houve, nos "intervalos" da guerra.


De referir também que o meu amigo Fonseca Alves, no após guerra, não se descuidou ao nível do conhecimento e da cultura — tive a possibilidade de verificar isso mesmo logo nos primeiros...
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