.

 

Início O Autor História A Viagem Moçambique Livros Notícias Procura Encontros Imagens Mailing List Ligações Mapa do Site

Share |

Brasões, Guiões e Crachás

Siga-nos

Fórum UTW

Pesquisar no portal UTM

Livros

Trabalhos, textos sobre a Guerra do Ultramar ou livros

Elementos cedidos pelo veterano Santos Costa

 

Ilídio Neves Luís

José Manuel Parreira

Mário Henriques Manso

 

O livro:

«Fuzileiros Força de Elite»

 

 

Apresentação:

 

Fonte: Núcleo de Fuzileiros do Porto

 

A presente obra representa um contributo sério e profundamente sentido para trazer à luz do dia a notável acção dos Fuzileiros durante a Guerra Colonial em que Portugal esteve envolvido.

 

São relatos de quem viveu intensamente a guerra integrando uma força especial de elite, trilhando os caminhos mais inóspitos em circunstâncias tão penosas quanto adversas.

 

Os autores vivenciaram episódios fantásticos nas antecâmaras da morte, sentindo as indescritíveis sensações da dor física e psicológica, cheiraram o odor bafiento da mata e da bolanha, viram camaradas seus despedaçados e o sangue fumegante a jorrar do seu próprio corpo.

 

Jovens oriundos de aldeias de um país obscuro e subdesenvolvido são atirados para a frente de combate numa guerra cruel e fratricida cujas razões e motivos muitos ignoravam.

 

Neste livro encontramos bem patentes o heroísmo e a enorme capacidade de dádiva da juventude, imbuída num espírito de corpo, de que os Fuzileiros são um dos máximos expoentes, referencial por excelência de todos os jovens que um dia sonharam servir a Pátria neste corpo de elite da Marinha e das Forças Armadas Portuguesas.

 

--------------------------------------------------------------------------------------------

 

Fonte: «Grande Notícia - Valdemar Pinheiro», de 28Jun2007

 

«Fuzileiros, força de elite», é a terceira e mais recente empolgante obra literária de Ilídio Neves Luís, escrita em co-autoria com os antigos e veteranos combatentes dos Fuzileiros José Manuel Parreira e Mário Henriques Manso e apresentada na Associação de Fuzileiros, no Barreiro, pelo engº Couto dos Santos, também ele antigo «fuzo» e membro de governos social-democratas e que também promete esgotar.

 

Recusando tratar-se de mais uma «obra» sobre a guerra colonial, Ilídio Neves Luís assegura tratar-se «sim de um humilde contributo, para trazer à luz do dia, da actualidade, numa perspectiva isenta, de grande fidelidade, a acção reconhecidamente preponderante de uma Força Especial de Elite, os Fuzileiros, narrada na primeira pessoa, por quem a sentiu e viveu em momentos de grande intensidade dramática, desenvolvendo a luta armada, em circunstâncias penosas e difíceis, nos teatros de guerra mais tenebrosos, que poucos lograram alcançar».

 

Jorrar sangue

 

«Fuzileiros, força de elite» é escrito por antigos fuzileiros que, segundo Ilídio Neves Luís, «na pujança da juventude, protagonizaram episódios fantásticos, sentiram, como poucos, as indescritíveis sensações da dor, física e psicológica, nas antecâmaras da morte, cheiraram o bafiento odor da mata e da bolanha e viram, desesperadamente, jorrar o sangue do seu próprio corpo».

 

«Os personagens do enredo, todos eles muitos novos, mal saídos da adolescência, tinham, à nascença, o destino fatalmente traçado», acrescenta o autor, que explica: «Servir a Nação, desenvolvendo uma guerra cruel e fratricida, nas longínquas províncias ultramarinas, que constituíam o Portugal de Além-mar, cujos motivos e razões ignoravam, na sua verdadeira asserção, era o destino».

 

«Tudo aconteceu, continua Ilídio Neves Luís, numa época particularmente difícil, onde o subdesenvolvimento se manifestava numa desesperada luta pela sobrevivência, através de uma incipiente agricultura de subsistência, em locais desprotegidos e inóspitos de um país rural e analfabeto, uma grande percentagem de jovens do sexo masculino mirava na penumbra da via militar, em regime de voluntariado, uma hipotética saída para a vida, um horizonte profissional, longe da escuridão e da desolação das suas terras».

 

«Tenras» personagens

 

Os jovens, à época, segundo Ilídio Neves Luís, «constituíam um alimento tenro e rejuvenescedor de um glutão despudorado e insensível, que se ia saciando à custa do sofrimento e da miséria de um povo ordeiro e humilde, que, na sua ignorância, aplaudia, cantando e rindo».

 

Falando sobre algumas das personagens, o antigo coordenador superior da PJ, lembra o «Esquelas, que veio do centro do país, da esquecida mas verdejante zona dos pinheirais; o Zé da Vinha, que veio da simultaneamente agressiva e pachorrenta planície do Alentejo profundo, do domínio do latifúndio e da exploração salarial; o Naine, que apesar de reunir algumas condições para ser um pouco mais afortunado, passou igualmente pelas agruras do isolamento e da pacatez mental reinante, calcorreando, a partir do centro do país, as duras veredas de outros recantos pouco hospitaleiros; e o Xaitinho, como que desterrado das trevas, deixou as recônditas e agrestes terras de Além-Marão, onde nasceu para o mundo, entre diversos animais e inacessíveis desfiladeiros, para se quedar, desamparado, nas venturas e desventuras de Vale de Zebro».

 

Todos eles, de acordo com o autor, convergiram, certo dia, da primeira metade da década de sessenta, para a Escola de Fuzileiros, envolvidos numa auréola de esperança, para mergulhar, sem saber nadar, num oceano profundo de ilusões e desilusões, de dor e sofrimento, sem possibilidades de se agarrarem a qualquer bóia de salvação, tendo «suportado, estoicamente, as agruras de uma instrução aniquilante, de sacrifícios indescritíveis, para se tornarem Fuzileiros de eleição, guerreiros audazes e destemidos, que marcaram uma geração, fazendo uma guerra pungente e sanguinária, através da qual lograram transmitir um verdadeiro exemplo de coragem, espírito de sacrifício, amizade, solidariedade e camaradagem».

 

 

© UTW online desde 30Mar2006

Traffic Rank

Portal do UTW: Criado e mantido por um grupo de Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar

Voltar ao Topo