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Falecimento

Celestino Jorge da Cruz Galego, 2.º Sargento 'Comando'

 

  "Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

 

HONRA E GLÓRIA

e

nota de óbito

Elementos cedidos pelo veterano

J C Abreu dos Santos

 

 

Faleceu no dia 19 de Setembro de 2021, no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, o veterano

 

Celestino Jorge da Cruz Galego

2.º Sargento 'Comando'

 

Celestino-Jorge-da-Cruz-Galego-350  Cruz-de-Guerra-de-1-classe-Colectiva-350

 

Angola: 1964 a 1965

Agrupamento do Serviço de Material de Angola

«TECHNICAE ARTES ARMIS INSERVIUNT

 

Centro de Instrução 25 (Quibala)

«AUDACES FORTUNA JUVAT»

 

Grupo de Comandos «OS MAGNÍFICOS»

 

Monitor nos sucessivos 3º e 4º cursos de comandos no

Centro de Instrução de Comandos

«A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»

 

Guiné: Abr1966 a Abr1968

3.ª Companhia de Comandos

«OS COBRAS»

 

IMPECelestino Jorge da Cruz Galego, 2.º Sargento ‘Comando’.


Nasceu no dia 16 de Junho de 1943 em Coimbra.


Em Outubro de 1954 ingressa no Instituto Militar dos Pupilos do Exército «QUERER É PODER» ('pilão' 19540248);

 MM

Em Julho de 1962 conclui o Curso Geral de Comércio nos Pupilos do Exército, seguindo para a Manutenção Militar (MM) (Lisboa) «AO SERVIÇO DAS FORÇAS ARMADAS E DA NAÇÃO» a fim de iniciar o estágio curricular;

OGFE
Em meados de 1963 conclui o estágio nas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento (OGFE) Campo EPAMde Santa Clara) «NOBIS HONOR SERVIRE» e ingressa no quadro permanente do Exército como Furriel do Serviço de Administração Militar, ficando colocado na Escola Prática de Administração Militar (EPAM) (Lumiar) «INSTRUIR PARA BEM SERVIR»;

MP
Durante aquele ano de 1963, obtém na Escola de Pilotagem da Mocidade Portuguesa (MP)
«HONRA DEVER SERVIÇO SACRÍFICIO» a licença de piloto ASMAparticular de aeroplanos;


No início de 1964, tendo sido mobilizado em regime de rendição individual para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola, fica RMA-2colocado em Luanda no
Agrupamento do Serviço Material de Angola (ASMA) «TECHNICAE ARTES ARMIS INSERVIUNT» da Região Militar de Angola (RMA) «AO DURO SACRIFÍCIO SE OFERECE» - «CONSTANTE E CI25FIEL»;

 

Em 11 de Fevereiro de 1964, tendo-se voluntariado para frequentar um curso de comandos, inicia no Centro de Instrução 25 (CI25 – Quibala) «AUDACES Os-Magn-ficos-280FORTUNA JUVAT» a respectiva instrução daquela especialidade;

 

Em 10 de Maio de 1964 conclui com aproveitamento o 2.º curso de comandos ministrado na Região Militar de Angola (RMA) «AO DURO SACRIFÍCIO SE OFERECE» - «CONSTANTE E FIEL», qualificado na especialidade 959-comandos e integrado no Grupo de Comandos ‘OS MAGNÍFICOS», do qual vai transitar para o Corpo de Instrução do novo Centro de Instrução de Comandos (CIC) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES» da Região Militar de Angola (RMA) «CONSTANTE E FIEL», a instalar nos arredores de Luanda;

RMA-2
Desde 1 de Setembro de 1964 a 29 de Novembro de 1965, desempenha funções de monitor nos sucessivos CICmds3º e 4º cursos de comandos ministrados pelo Centro de Instrução de Comandos (CIC) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES» da Região Militar de Angola (RMA) «AO DURO SACRIFÍCIO SE OFERECE» - «CONSTANTE E FIEL»;


Entretanto, frequenta em Luanda o primeiro curso de pára-quedismo civil ministrado em território português, obtendo a licença n°4/PQ-A/1;


CIOEEm Dezembro de 1965 regressa à Metrópole;


Em Fevereiro de 1966 aceita o convite, por escolha, para integrar o corpo de graduados da primeira unidade de comandos a ser instruída na Metrópole para actuação na Província Ultramarina da Guiné;


De 12 de Abril a 6 de Maio de 1966 frequenta no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE – Lamego) «QUE OS MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO 3CCmds-GTEMEMOS», a instrução física e militar do corpo de graduados destinados à 3.ª Companhia de Comandos (3ªCCmds) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»;


RAL1Em 24 de Junho de 1966, entretanto promovido ao posto de 2.º Sargento, embarca em Lisboa no NTT 'Manuel Alfredo' rumo ao estuário do Geba (Bissau), integrado na 3.ª Companhia de Comandos (3ªCCmds) «OS COBRAS», mobilizada pelo  Regimento de Artilharia Ligeira 1 (RAL1 - Sacavém) «EM PERIGOS E GUERRAS ESFORÇADOS»;


Em 29 de Abril de 1968 conclui a actividade operacional e passa à situação de disponibilidade, mantendo-se naquela província ultramarina como piloto comercial nos TAGP (Transportes Aéreos da Guiné Portuguesa);


Desde 30 de Maio de 1968 tem direito ao uso da Cruz de Guerra, colectiva, de 1ª classe, atribuída à 3.ª Companhia de Comandos (3ªCCmds):

 


 

Cruz de Guerra de 1.ª classe

(colectiva)

 

3.ª Companhia de Comandos

 


MEDALHA DE CRUZ DE GUERRA DE 1.ª CLASSE
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
 

Decreto n.º 48409
 

A 3.ª Companhia de Comandos, do Comando Territorial Independente da Guiné, desenvolveu ao longo de 22 meses intensíssima actividade nesta província, revelando-se sempre uma unidade de elite, extremamente agressiva, audaz e corajosa e de apurada técnica na luta subversiva. Integrada por elementos invulgarmente dotados da melhor preparação para o combate e possuidores da mais elevada técnica em todos os aspectos de execução operacional - resultados de uma preparação inicial intensa, nunca abrandada na sua permanência na província -, ao seu espírito de corpo, nascido da total confiança na capacidade de todos os seus elementos, caldeados nos duros momentos de combate, se deve a audácia e o destemer demonstrados e os sucessos obtidos na execução de numerosas acções contra os mais difíceis objectivos, frequentes vezes constituídos por reduzidos efectivos, mas de excepcional eficiência.


Salientando-se pelo seu exemplar espírito de missão e pela constante e pronta voluntariedade para o combate, que sempre manifestou - utilizada pelo comando para o desempenho de qualquer tarefa, por mais difícil que ela se afirmasse -, apresenta a 3.ª Companhia de Comandos um significativo e brilhantíssimo historial, do qual sobressaem, pelo notável realce atingido, a captura ao inimigo de mais de uma centena de armas e de milhares de munições, bem como o elevadíssimo número de baixas que lhe infringiu e a apreensão de importante documentação, que, para além de ter proporcionado a obtenção de valiosos elementos para o conhecimento da organização e das possibilidades das forças de subversão, em muito contribuíram para o enfraquecimento da sua capacidade de combate e do moral.


Por tudo o que ficou exposto, a actividade da 3.ª Companhia de Comandos evidenciou méritos tais que lhe granjearam, de inteira justiça, a qualificação de excelente, pelo que a brilhante actuação desta unidade de elite, valorosa, audaz e abnegada, se revestiu de um lustre altamente honroso, o que a torna inteiramente merecedora da admiração e do reconhecimento do Exército, das outas Forças Armadas e da Nação.


Usando da faculdade conferida pelo n.º 3.º do artigo 109.º da Constituição, o Governo decreta e eu promulgo o seguinte:


Artigo único:

É condecorada a 3.ª Companhia de Comandos, do Comando Territorial Independente da Guiné, com a medalha de cruz de guerra de 1.ª classe, por satisfazer as condições referidas no artigo 13.º do Decreto n.º 35667, de 28 de Maio de 1946.


Publique-se e cumpra-se como nele se contém.


Paços do Governo da República, 30 de Maio de 1968.

— AMÉRICO DEUS RODRIGUES THOMAZ

— António de Oliveira Salazar

— Manuel Gomes de Araújo

— Joaquim da Luz Cunha

— Joaquim Moreira da Silva Cunha.


Para ser publicado no Boletim Oficial de todas as províncias ultramarinas — J. da Silva Cunha.
 

(Ordem do Exército n.º 11 - 2.ª Série, de 1 de Junho de 1968)


Em 1969 surge em Lourenço Marques integrado no 1.º curso de pára-quedismo do Aeroclube de Moçambique;


Em 11 de Abril de 1970 constitui-se em Quelimane co-fundador e sócio activo da "EMAC - Empresa Moçambicana de Aviação Comercial";
No início de 1971 dirige em Nampula a escola de pilotagem do Aeroclube de Nampula;


A partir de então executa no nordeste de Moçambique variadas missões de "táxi-aéreo", quer de teor civil como de apoio militar (evacuações de feridos);


Após 25 de Abril de 1974 e apesar das convulsões ocorridas na sequência dos "Acordos de Lusaca", decide manter-se em Moçambique para além da data marcada para a entrega do território à Frelimo.


No entanto, em 26 de Junho de 1976 vê-se forçado a fugir, com o seu táxi-aéreo dos TAC (Transportes Aéreos Comerciais) juntamente outros cinco sócios nas respectivas aeronaves, para a vizinha República da África do Sul, perante a eminente intenção frelimista de "nacionalizar" aquela empresa e os respectivos bens.


Em 1982, entretanto regressado definitivamente a Portugal, sócio nº 303 da Associação de Comandos, obtém em Lisboa a licença de piloto de linha aérea, após o que exerce durante sete anos as funções de director de operações de vôo e piloto-chefe da empresa 'Lusitanair'.


De 10 de Janeiro a 6 de Fevereiro de 1987, acompanhado pelo piloto Álvaro Prata Mendes e por Arnaldo Alves (proprietário da aeronave), comanda com sucesso o "Raide Aéreo de Sagres a Macau", executado num monomotor 'Money/M20-E' (de 1964);

 

 


Em 1994, acompanhado pelo comandante Faria e Mello, em monomotor 'Alice 19' executa a travessia aérea do Atlântico, desde o Recife à Ilha do Sal (12h 34m sem escala) e seguidamente da Ilha do Sal até Lisboa (11h 30m sem escala), cumprindo rigorosamente a rota inversa feita em 1922 por Gago Coutinho e Sacadura Cabral;


Em Junho de 2003, por limite de idade, passa à situação de reforma cessando funções de piloto e director de operações de terra, da empresa 'AGROAR/ACEF'.


Desde 2007, membro do Conselho Superior da Associação de Comandos.


Em Janeiro de 2008 publica o livro "Moçambique - Voo para a Liberdade".


Faleceu no dia 19Set2021, no Hospital Beatriz Ângelo (Loures).


A sua Alma descansa em Paz
 

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O livro:

 

"Moçambique - Voo para a liberdade"

 

titulo: "Moçambique - Voo para a Liberdade"
autor: Jorge Cruz Galego

 

editor: Associação de Comandos / Prefácio
 

1ªed. Lisboa, Jan2008
230 págs (ilustrado)
21x15cm
dep.leg: PT-272120/08
ISBN: 989-95601-0-9

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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