José Las Casas
José
Fernando de Sousa Lascasas, alferes
miliciano de infantaria mobilizado
pelo RI16-Évora, em 20Nov1965
embarcou em Lisboa no NTT 'Niassa'
rumo a Luanda, como comandante de
pelotão da CCac1463, subunidade
orgânica do BCac1867 destinado o
render o BCac511 no noroeste de
Angola.
Desde 19Dez65 ficou aquartelado na
Fazenda Senhora da Hora (Quibala
norte), a partir da qual e sob
comando do cap. inf. Nuno Vilares
Cepeda, participou em diversas
acções naquela região.
Em 21Fev67, tendo entretanto o seu
batalhão sido rendido em Bessa
Monteiro e colocado mais a norte no
subsector fronteiriço de Maquela do
Zombo, ficou com a sua CCac1463
instalada nas imediações da Ponte do
Rio Zádi.
Em 02Jan68 o seu batalhão e
subunidades orgânicas, após rendição
por outra unidade, recuaram ao
Grafanil a fim de aguardar embarque
de regresso.
Em 14Jan68 o BCac1867 e outras
unidades iniciaram no porto de
Luanda a torna-viagem, tendo o NTT
'Vera Cruz' chegado a Lisboa no dia
23Jan68.
O livro:
"Retratos
da Nossa Guerra"

título: "Retratos da
Nossa Guerra"
autor: José Las Casas
editor: EdiServ
1ªed. Porto, Jun2016
146 págs
26x20,5 cm
dep.leg: PT-413757/16
ISBN: 989-99315-6-5
Apresentação:
– «Há coisas na vida
que fazemos por mero prazer, outras
porque é costume ou tradição, outras
ainda por imposição da consciência,
e, finalmente, outras por motivações
menos nobres, por ostentação, por
competição ou até com intuitos
perversos...
Perguntei-me muitas vezes porque
havia de escrever este livro.
As únicas razões que encontrei foram
estas: para corresponder ao estímulo
da minha mulher e meus filhos, mas
também do Coronel Cepeda e do
Cardosão, e, sobretudo, na
expectativa de proporcionar, com a
sua leitura, algum prazer aos meus
camaradas de armas.
Foram vários os desvios que deixámos
para trás, que levavam a sítios
carregados de histórias negras de
combates, de emboscadas, de minas,
como o Úcua, Quibaxe, Quitexe,
Carmona, Pedra Verde, Nambuangongo,
Zala...
Alguns desses nomes eram já míticos,
identificáveis com desastres, com
catástrofes inesquecíveis, evocadas
vezes sem conta, com um dramatismo
assustador.
Eram histórias da História de outras
Companhias.
Agora, estamos no nosso caminho,
começamos a escrever a História da
nossa comissão...
Há meio século que ocorreram estes
factos.
Diz-se que reviver é viver de novo.
Então, vamos lá dar vida aos
retalhos que conseguirmos salvar
desse filme do qual fomos os
protagonistas, há tanto, tanto
tempo!»