Guerra do Ultramar: Angola, Guiné e Moçambique Automobilia Ibérica - Histórico Automóvel Clube de Entre Tejo e Sado (HACETS)

Início O Autor História A Viagem Moçambique Livros Notícias Procura Encontros Imagens Mailing List Ligações Mapa do Site

 TRABALHOS, TEXTOS SOBRE OPERAÇÕES MILITARES ou LIVROS

Livro cedido por António Teixeira Mota,

filho do 2.º Sargento Justino Teixeira da Mota

Liga dos Amigos do Museu Militar do Porto

 

"Testemunhos de Guerra - Angola, Guiné e Moçambique 1961-1974"

 

Prefácio

A guerra é um flagelo social terrível. Como flagelo, acontece; por ser social, diz-nos respeito, como indivíduos e como sociedade; porque terrível, temos que a saber fazer e, pela dissuasão dai resultante e pela acção politica, procurar evitar que ela aconteça.

Em África, nas décadas de 60 e 70 aconteceu. Quando a guerra acontece é ao aparelho militar que se pede o maior esforço. Mas a guerra de África foi a de Portugal inteiro, porque a necessidade de grandes efectivos levou a utilização da quase totalidade do contingente. Se conhecer África antes dos anos 60 era privilégio de muito poucos, a partir desse momento deixou de ser para toda uma geração. E os portugueses redescobriram África, a sua magia, a nossa presença, o bom e o mau.

Exército existe para, pela sua "força" evitar a guerra ou para a fazer quando, não conseguindo evitá-la, o poder politico o exija. Mas, além disso, com as suas capacidades e espírito de servir pode fazer muitas outras coisas bem mais simpáticas do que a guerra.

0 nosso Exército, os nossos militares, têm a virtude de saber fazer ambas as coisas bem. Por isso estivemos em África na guerra e em presença. Usámos a Força e o coração; a G3 e a bolsa de enfermeiros; a coração e a lágrima.

A fotografia regista um momento; a guerra de África e um período da nossa História. Esta exposição conterá, portanto, momentos de um período recente. É um documento de documentos. Documentos que falam do esforço, da presença, do reencontro, do acontecimento, da guerra, da paz. Quer nos orgulhemos ou não, gostemos ou não, queiramos ou não, estes documentos falam de nós. De uma geração para as novas gerações.

General CEME António Eduardo Queiroz Martins Barrento

 

 

 

                                  

 

 

 

Voltar ao topo