Luís
Alves de Fraga
Luís Alves de Fraga
nasceu em 1941 em Lisboa. É coronel da FAP na situação
de reserva e diplomado pela Academia Militar. Licenciado
em Ciências Político-Sociais pela Universidade Técnica
de Lisboa, onde obteve o grau de Mestre em Estratégia.
"A
Força Aérea na Guerra em África"
Angola, Guiné e
Moçambique
1961 - 1974
"A
Força Aérea na Guerra em África"
autor: Luís Alves de Fraga
editor: Prefácio
1ªed. Lisboa, 2004
158 págs
27x20cm
preço: 25€
ISBN: 972-8816-29-4
Sinopse:
É um relato onde se deixam alguns pormenores inéditos,
feito com base documental. Dar-se-á muito maior relevo à
acção do chamado poder aéreo, isto é, ao emprego das
aeronaves, do que à meritória acção das tropas
pára-quedistas as quais, na época, faziam parte
integrante da Força Aérea.
– «Quando em Março de 1961, a população portuguesa foi
sacudida pela brutalidade do massacre, que no Norte de
Angola fez talvez um milhar de vítimas, perpassou pelos
mais novos o desejo de vingar o atentado que
terroristas, ao "serviço de ideais" estrangeiros, haviam
perpetrado contra uma Pátria onde, acreditávamos, não se
estabeleciam distinções de qualquer natureza.
Treze longos anos que fizeram sumir os ideais daqueles
para quem o conflito já pouco ou nada dizia e, para os
muitos que foram em missão de soberania para África,
serviram para mostrar a existência das diferenças – e
diferenças flagrantes – entre o Minho e Timor. Este
processo de desgaste dos ideais que nos haviam imposto
foi lento e por vezes doloroso. Os oficiais, com
exclusão de alguns que se tinham cristalizado no
discurso político, foram tomando consciência do quanto
se lhes estava a pedir... E não era a pátria que exigia
tal sacrifício... Mas antes os interesses instalados de
uns quantos, poucos, para quem o Ultramar sempre foi
fonte de larguíssimos rendimentos. Pelo meio ficavam
muitos que haviam acreditado na propaganda bem urdida e
viriam a ser vítimas da descolonização possível.
A Força Aérea, como ramo das Forças Armadas, já estava
em Angola, na Guiné e em Moçambique quando a guerra
estalou. Cumpriu a sua obrigação como lhe cabia. Cumpriu
até à hora de Portugal dar novas Pátrias ao mundo,
retirando-se de terras que havia controlado, afinal, por
bem poucos anos. A Força Aérea fez a guerra sem rancores
nem ódios, procurando, sempre que lhe era possível,
tratar com humanidade e desvelo o inimigo ferido ou o
prisioneiro acabrunhado. Terão havido excepções;
impossível era não as haver.»