Trabalhos,
textos sobre operações militares ou livros
Elementos cedidos por um
colaborador do portal UTW
Miguel
Henriques
Miguel António Henriques Rodrigues,
nasceu em 1953 na freguesia de Pinho
(São Pedro do Sul).
Tendo sido mobilizado pelo
BII18-Ponta Delgada, em Jul1974
entrou no Campo Militar de Santa
Margarida da Coutada (Tancos),
ficando integrado na 3ª/BCac4810
comandada pelo cap. milº infª José
Augusto da Silva Pinheiro.
Em Nov1974, furriel miliciano de
infantaria com o curso de operações
especiais, foi aerotransportado com
a respectiva subunidade, em vôo
Boeing-707/TAM do AB1-Figo Maduro
para a BA9-Luanda.
Após curta estadia no CMGrafanil, a
3ª/BCac4810 seguiu para o Luso a fim
de reforçar o dispositivo do
BCac4517/73, sendo-lhe destinada a
área da povoação do Sacassange.
Em 12Mar1975 foi deslocada para Sá
da Bandeira, regressando ao batalhão
de origem, ali desde 06Fev1975 à
disposição do comando da ZMS, onde
foi mantido até 07Out1975, momento
em que todas as NT abandonaram
aquela cidade rumo ao porto de
Moçâmedes. Pouco após chegadas foram
substituídas por militares do BCP21
vindos da capital, até embarque em
navio até Luanda e dali em
sucessivos escalões de vôos TAM.
O livro:
"De Lamego ao
Lubango – Memórias dos Últimos Dias
da Guerra Colonial"
título: "De Lamego ao Lubango –
Memórias dos Últimos Dias da Guerra
Colonial"
autor: Miguel Henriques
editor: Mosaico de Palavras
1ªed. Porto, Abr2016
320 págs (ilustrado)
23x15 cm
pvp: 15 €
dep.leg: PT-408301/16
ISBN: 989-868-2-529
Apresentação:
– «A experiência vivida pelo próprio
autor e não só, durante o
cumprimento do seu serviço militar…
Este lançamento, simultaneamente
visou comemorar o "Dia Mundial do
Livro", a "Revolução dos Cravos" (25
de Abril) e o 42º aniversário do
início do meu Curso de Operações
Especiais.»
(o Autor)
Excertos:
– «E a guerra vai alastrando pelo
norte e leste do território,
atingindo, agora, as zonas do
Cazombo, Gago Coutinho (Lumbala-Nguimbo),
Henrique de Carvalho (Saurimo), Vila
Salazar (Ndalatando), entre outras
localidades da região, percorrendo
as cidades, as vilas, as sanzalas
mais recônditas à mesma velocidade
com que a poção letal percorre as
artérias do suicida.
Que dor de alma ver um país destes,
tão grande, tão rico, tão
maravilhoso para se viver, a entrar
num processo suicida, literalmente a
explodir.
[...]
E é assim que milhares e milhares de
desalojados, uma boa parte deles
nascidos em Angola, rumam a
Portugal, Gabão, África do Sul,
Brasil, enfim, deixando atrás de si
toda uma vida de trabalho e um
dramático rasto de dor de uma ferida
tão profunda que jamais, por certo,
conseguirão cicatrizar.»