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Rogério Seabra Cardoso

 

Rogério Afonso Seabra Leitão Cardoso, nasceu em 1943 no Carqueijal (freguesia da Torredeita, concelho de Viseu).


Em 29 de Abril de 1972, aspirante-a-oficial miliciano do serviço de administração militar (acção psicológica), mobilizado em regime de rendição individual para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique;


Em 1 de Novembro de 1972 promovido a alferes;


Em 21 de Junho de 1974 regressa à Metrópole.

 

O livro:

 "Rota sem fim"

 

 

título: "Rota sem fim"
autor: Rogério Seabra Cardoso

editor: Areias do Tempo
1ªed. Lisboa, Mai2010; (2ªed. Edições Esgotadas, 2018)
274 págs (ilustrado)
21x15cm
ISBN: 989-8801-97-5

Prefácio:


- «Este prefácio nasceu das notas sugeridas pela leitura do que ainda não passava de rascunho em forma final. Foi uma leitura lenta, porque as cenas eram suficientemente vivas para se poder ficar a saboreá-las, como faria um mirone discretamente numa mesa de café (eu próprio me poderia rever a desempenhar esse papel, durante a minha missão no norte de Moçambique, também como oficial da recém-criada "acção psicológica").


É de facto um relato invulgar da nossa recente presença militar em África, sempre em simbiose com a vida civil. Para além do estilo agradável e directo, da riqueza descritiva de paisagens, personagens, do envolvimento cultural e de conflitos de ordem vária, esta obra apresenta a rara virtude, em publicações do género, de não se deixar levar por preconceitos políticos, morais e culturais. Aqui, não há "os bons e os maus", mas apenas, de vez em quando, o honesto sentimento de agrado ou desagrado perante o que se passa – e mesmo estes sentimentos surgem como traços descritivos de qualquer um dos actores em cena. O leitor segue histórias reais e não manipuladas por interesses partidários ou mediáticos (como o de escrever só aquilo que agrada mais ou vende melhor… ).


É comum dizer-se "a obra que faltava". Mas que é que mais falta nos nossos dias do que a independência e sinceridade de juízo, atento às mais antagónicas perspectivas no campo das ideias e no campo do dia-a-dia?


Não é mais um livro para "dourar" uma perspectiva histórica: é um diálogo saboroso, culto e pensado, feito por quem domina a arte literária e o enquadramento histórico-social de uma guerra em que o bem e o mal estão presentes, onde quer que haja seres humanos.


Os conflitos económicos e políticos surgem em cena bem "ao vivo", como que "sentidos na pele". Quase podemos andar aos encontrões com os diversos tipos de militares, comerciantes, civis… seja qual for a sua raça, sejam "os de Lisboa" ou "os da terra"… quer nas situações comezinhas quer nas heróicas e revoltantes. Espreitamos convívios de bares e amores, cenas de degradação moral e arrogância, jogos de manipulação, atitudes de crueldade – mas também de bom senso, de apreço genuíno pela dignidade e qualidades de cada pessoa seja qual for o campo em que joga, e de como é pernicioso perder-se a confiança uns dos outros.


A cobardia e heroísmo não se escondem, como não se escondem o oportunismo e o sentido da vida como missão, a mentira e a autenticidade.


É pois uma história em cenário de guerra, onde não se defendem preconceitos nem ideologias, mas se exibe o emaranhado das relações e sentimentos humanos. Onde o que é bom e o que é mau aparecem nas suas cores, sem se porem armadilhas ao pensamento do leitor.


Aqui, temos tempo para sentir os aspectos de um terreno de guerra, podemos voltar atrás e olhar mais uma vez, e pensar mais profundamente no que vale um ser humano, seja "dos nossos" ou "dos outros" (os únicos inimigos são os que se servem das vidas humanas).


Por tudo isto, foi um prazer e uma honra poder prefaciar esta obra.


Um livro cativante como um filme – mas que pode ser lido aos bocadinhos, como quem se dá tempo para uma boa conversa ou uma pequena aventura. Porque é fascinante e nos deixa pensar.»


(Prof. Dr. Manuel Maria de Melo Alte da Veiga)

 

 

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