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Ronald Waring

 

Oficial do exército britânico, serviu no King's Royal Rifle Corps e durante a 2ªGM no Royal Hampshire Regiment; entre 1956 e 1974 leccionou no Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM-Pedrouços), após o que regressou a Londres com o posto de coronel, agraciado com o título nobiliárquico de Duque de Valderano.

 

"The War in Angola - 1961"

 

 

"The War in Angola (Symposium): Views of a Revolt - The Case for Portugal"
autor: Ronald Waring


1ªed. Philip Mason (para a Oxford University Press), 1962; (reproduzido em Portugal, por "Tipografia Silvas, Lisboa", para a Agência Geral do Ultramar)

21x14,5cm
69 págs

 

«Portugal enfrentara uma mudança total na missão das suas Forças Armadas, de uma forma convencionalmente orientada para uma força de contra-insurreição. Esta organização convencional tinha de ser desmembrada e reorientada para enfrentar uma insurreição em África, e não só pressupôs um enorme salto conceptual por parte da chefia militar de Portugal, como também o estabelecimento de uma doutrina totalmente nova, com os respectivos treinos e tácticas. Aos níveis da campanha e da táctica, a especificidade de Portugal na sua própria organização para as Campanhas em África assenta em ter aprendido com as primeiras experiências de outros [parceiros da NATO, nomeadamente a Grã-Bretanha e a França], e à medida que o conflito decorria em ter aplicado as lições das suas próprias observações à sua condução das guerras. No seguimento da revolta inicial e da utilização de tropas principalmente convencionais para repôr a ordem, Portugal demonstrou que conseguia aprender perante a adversidade e agindo assim ganhou a iniciativa, após algum "trabalho de casa" difícil. [...]»


- «A pesquisa portuguesa também contrastou fortemente com a atitude dos norte-americanos no Vietnam, onde "o primeiro erro foi fruto da arrogância militar, ou seja, a rejeição total de quaisquer lições que pudessem ter emergido da experiência francesa até 1954". Assim os portugueses, tal como os britânicos, optaram pelas "pequenas patrulhas de homens bem treinados que pudessem penetrar em terrenos acidentados para reunir informações, matar guerrilheiros, dificultar a sementeira e a apanha de alimentos e o tráfego de correios, pedir ataques de artilharia ou aéreos quando necessários, e acima de tudo fazer contactos com a população". Estas patrulhas retiravam a iniciativa aos insurrectos. [...]»


- «A fundamentação da dimensão militar da contra-insurreição portuguesa não foi a grande operação mas a patrulha de infantaria simples, a qual era executada rotineiramente por um grupo de combate de 30 homens e duraria 4 ou 5 dias, embora pudesse estender-se pelo dobro do tempo. As tropas eram geralmente levadas para a área-alvo por um veículo e patrulhavam a partir daí a pé, transportando tudo consigo. Durante esse período cobriam uma área de 50 a 100 quilómetros, dependendo do acidentado do terreno. Para comer havia a ração de combate normal em pacote, mas na verdade as rações consistiam num saco de feijão, algum grão-de-bico e possivelmente uma posta de bacalhau, tudo para ser demolhado em qualquer água que se conseguisse encontrar - provavelmente infectada com bilharziose -, e depois cozinhada e comida à noite. O contacto com os aldeãos era importante, não só para mostrar a força militar como também para obter informações sobre os insurrectos.»1


1 (cf depoimento do coronel Ronald Waring, em 17Mar95 a John P. Cann; [vd índice bibliográfico do portal, in http://ultramar.terraweb.biz/06livros_johnpcann.htm ]; R. Waring também se encontra citado, em "Rumores de Guerra" > http://ultramar.terraweb.biz/06livros_AbreudosSantos_RumoresdeGuerra.htm)

 

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