TRABALHOS, TEXTOS
SOBRE OPERAÇÕES MILITARES ou LIVROS
Elementos cedidos pelo veterano
Abreu dos Santos
Alípio
Tomé Pinto
Alípio Tomé Pinto, nasceu a 14 de Janeiro de 1936
no concelho da Torre de Moncorvo.
Entre 09 de Junho de 1961 a 20 de Julho de 1974 prestou serviço
no Ultramar:

-
no noroeste de Angola, como tenente comandante de pelotão da
CCac129/BCac155 (gravemente ferido em combate);
- no noroeste da Guiné, como capitão comandante da CCac675/RI16
(ferido em combate);
- em Angola, como tenente-coronel colocado no QG/CCFAA.
O livro:
"Ten. General Alípio
Tomé Pinto - O Capitão do quadrado"

título: "Ten.General Alípio Tomé Pinto - O
Capitão do quadrado"
autor: Sarah Adamopoulos (com o biografado)
editor: Ler Devagar
1ªed. Lisboa, 18Mar2016
413 págs
23x16 cm
pvp: 25 €
ISBN: 989-9914-04-9
Para visualização dos conteúdos
clique em cada um dos sublinhados que se seguem:
"Tomé
Pinto, Ao Serviço da Pátria"
"Golpes
de Mão's - Memórias de Guerra"


(transcrição)
Condecorado com a Medalha de Prata de
Valor Militar, com palma, nos
termos do artigo 7.º, com referência ao § 1.º do artigo
51.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, o Capitão de Infantaria Alípio Tomé Pinto, da
Companhia de Caçadores n.º 675, Batalhão de Cavalaria
n.º 490, Regimento de Cavalaria n.º 3, porque, durante
todo o tempo em que tem actuado com a sua Companhia na
região de Binta, tem demonstrado qualidades
extraordinárias de chefe, quer no planeamento das
operações em que os seus conhecimentos e imaginação
estão na base dos inúmeros êxitos obtidos, quer actuando
como primeiro combatente nos locais de maior perigo, em
que o seu arrojo, audácia, bravura, rara decisão,
valentia e desprezo pelo perigo frente ao inimigo têm
constituído melhor e mais construtivo estímulo para os
seus homens, que o estimam e o admiram, nele depositando
uma confiança sem limite.
Ao entrar em sector com a sua Companhia,
todos os itinerários estavam cortados, as populações
colaboravam abertamente com o inimigo, fortemente
aguerrido. Num espaço de tempo curto, devido ao ritmo
que impôs à actuação da sua Unidade, o panorama
modificou-se completamente. De 29 de Julho de 1964, data
em que entrou em sector, até 24 de Dezembro de 194, a
Companhia sob o seu comando teve 51 acções de fogo,
destruiu 418 casa de mato, abateu 80 inimigos, feriu 7,
aprisionou 44, apreendeu valioso material de guerra e
muitas munições. O inimigo, inicialmente muito
agressivo, começou a pouco a pouco a actuar com mais
cuidado através de emboscadas ou flagelações e a
iniciativa passou praticamente para as nossas tropas.
Nas inúmeras operações realizadas no
sector, à sua acção pessoal como primeiro combatente e
no comando da Companhia, da qual fez uma autêntica
Unidade de elite, se devem principalmente os sucessos
conseguidos.
Presentemente, passado um ano de
actuação, os elementos da Companhia deslocam-se por
qualquer ponto do sector sem necessidade de guia, tal o
conhecimento que têm do terreno.
As populações, que inicialmente
colaboravam com o inimigo e que se refugiaram no mato e
no Senegal, começam a apresentar-se às nossas tropas e a
vida começou a normalizar-se.
Militar de excepção, leal, inteligente e
voluntarioso, o Capitão Tomé Pinto prestou no exercício
das suas funções valorosos e distintos feitos de armas
de que resultaram brilho e honra para as Forças Armadas
e à Nação.