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Trabalhos, textos sobre a Guerra do Ultramar ou livros

Com a devida vénia

 

Víctor Sierra

 

Valdemar Nogueira dos Santos

 

- em 26 de Fevereiro a 24 de Março de 1962, aspirante-a-oficial de artilharia colocado no Regimento de Artilharia 5 (RAL5-Penafiel), frequenta no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE-Lamego) um estágio de guerra subversiva;


- em 23 de Julho a 4 de Agosto de 1962, aspirante-a-oficial do QC (Quadro Complementar) artilharia, frequenta no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE-Lamego) outro estágio de guerra subversiva;


- em 02 de Setembro a 13 de Outubro de 1962, mobilizado pelo Regimento de Artilharia Ligeira 1 (RAL1-Sacavém) para servir em Angola, frequenta no Carreira de Tiro da Carregueira (CT-Carregueira) o curso de explosivos, minas e armadilhas;


- em 01 de Novembro de 1962 promovido a alferes;


- em 05 de Dezembro de 1962 embarca em Lisboa no NTT 'Uíge' rumo a Luanda, integrado no Batalhão de Artilharia 400 (BArt400);


- em Março de 1964 agraciado com a Medalha de Mérito Militar de 3ª classe, e com o Prémio Governador-Geral de Angola;


- em 21 de Fevereiro de 1965 inicia em Luanda a torna-viagem, a bordo do NTT 'Vera Cruz';


- em 01 de Dezembro de 1965 considerado tenente miliciano na disponibilidade;


- em 31 de Outubro de 1969 capitão QEO (Quadro Especial de Oficiais) mobilizado pelo Regimento de Artilharia Pesada 2 (RAP2-Gaia) para servir em Moçambique, embarca em Lisboa rumo ao porto da Beira integrado no Batalhão de Artilharia 2897 (BArt2897) como comandante da Companhia de Artilharia 2628 (CArt2628);


- em 13 de Novembro de 1971 inicia torna-viagem a bordo do NTT 'Vera Cruz';


- em 27 de Julho de 1972 transferido do Regimento de Infantaria 14 (RI14-Viseu) para o Grupo de Artilharia Contra Aeronaves 3 (GACA3-Espinho);


- em 25 de Maio de 1974 desembarca na Base Aérea n.º 12 (BA12-Bissalanca), por ter sido mobilizado para servir na Guiné;


- em 15 de Outubro de 1974 regressa à Metrópole;


- em 17 de Junho de 1975 colocado no Regimento de Artilharia Pesada 2 (RAP2-Gaia).

 

 

 

 

Textos:

 

Apontamentos de um soldado em África

 

Para que da Memória se faça História

 

« ... Nesses textos, deixei relato de alguns episódios da minha [...] participação na guerra do Ultramar. Os que não viveram esta época, mas só dela ouvem, hoje, falar, não entenderão, certamente, muito deste conteúdo espiritual, sentimental e patriótico. Os tempos são outros, e fora do contexto experiencial e temporal dos acontecimentos, não é fácil interpretar com rigor a História, sem correr o risco de ser tentado a emitir, dela, um juízo de valor aferido por padrões posteriormente reconstruídos. Mas a História é o que é, e não o que mais tarde se pense devia ter sido.

É importante que se não perca a Memória da nossa história recente, mas é mais importante que essa Memória deixe transparecer, com fidelidade, a par das sombras que fatalmente regista, as centelhas de luz que iluminaram o seu percurso. A grandeza de um Povo é tanto maior quanto maior for a sua capacidade de assumir fielmente todo o seu passado. Renegá-lo, ou escamoteá-lo segundo determinadas preferências ideológicas, religiosas, ou políticas, é, à partida, desmerecer a herança positiva dos que fizeram a história, e desprezar o ensinamento dos factos, bons ou maus, com vista a um futuro que se deseja sempre melhorado. ... »

 

Para visualização dos conteúdos clique em cada um dos sublinhados que se seguem:

 

Apontamentos de um soldado em África (3)

 

BCav8323 - nordeste da Guiné, Jun a Set74

Textos:

"Feitos e Factos da 'descolonização' da Guiné" - de 1 a 17 (pág.s de 1 a 27)

"Episódios do 'Verão quente' de 75" - de 1 a 4 (pág.s 28 a 31)

"Em jeito de 'Posfácio'" (pág. 32)

 

Com a devida vénia, transcreve-se o texto, cujo título é "Em jeito de 'Posfácio'" (pág. 32):

 

Em jeito de "POSFÁCIO"

 

“Para trás a saudade… Que futuro?!...”

 

Desta saudade e desta dúvida que enquadravam o meu espírito, ao escrever a última crónica dos meus “Apontamentos” - naquele mês de Dezembro de há quarenta e seis anos -, apenas persiste, agora, a primeira – a “Saudade”.

 

Saudade de um tempo que já está para “o outro lado do Tempo”… De um tempo que os, então, tão apregoados “ventos da história” engoliram, numa desastrosa turbulência que não deixou “pedra sobre pedra” sobre os feitos maiores de um Povo em séculos de construção. Que futuro?!...

 

Depois de Angola, nova missão em Moçambique, e, mais tarde, outra na Guiné, terras onde respirei o mesmo ar de um Portugal multirracial, multicultural e pluricontinental. Hoje já não existe a dúvida sobre o “futuro”, esse futuro que desabou como um “tsunami” sobre esta Pátria de heróis e de santos, numa pretensamente radiosa manhã primaveril de Abril.

 

Que futuro?!... Recordo, por exemplo, da Guiné, aquela cena, já na descolonização, de um chefe de tabanca (aldeia) agarrado à sua bandeira verde rubra, que religiosamente guardava entre os seus pertences, a dizer que não se desfaria dela, mesmo com o perigo de o “PAIGC” a encontrar consigo e, por via disso, ver a sua vida ameaçada (coisas destas, testemunhou Almeida Santos, publicamente, a respeito do tão martirizado povo de Timor).

 

E foi também com a alma perpassada pela negrura da tristeza que assisti, em Bissau, ao último arriar da Bandeira Portuguesa, na fortaleza da Amura, horas antes de entrarmos para as lanchas de desembarque (LDG) que nos haveriam de transportar ao encontro do navio Niassa, no alto-mar, nessa derradeira noite da presença portuguesa na terra que Nuno Tristão descobriu, e regou com o seu sangue, em Junho de 1446.

 

Que futuro?!... O Futuro projecta-se em ideais… Mas, a História escreve-se com factos: com heroicidades, mas também com traições...; com exaltações de honra, mas também com ignomínias de cobardia.

 

E hoje os factos aí estão.

 

As dúvidas de ontem estão desfeitas com a realidade do presente.

 

Não soubemos ou não pudemos terminar com êxito o ciclo da nossa História… Nem honrar aqueles que se sacrificaram e deram a vida, para construir essa História, ao longo de séculos de gerações, e à face do planeta. Já não há “Futuro”; apenas resta, aqui e em toda a parte por onde esta Pátria passou, a nostálgica Saudade…

 

Saudade do Povo português e de uma Pátria que se chamou Portugal!

 

V. N. dos Santos

Portugal - Junho de 2010

 

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Apontamentos de um soldado em África (2)

 

CArt2628 - noroeste de Moçambique, Nov69 - Nov71

Textos:

"Há sempre milagre... no meio de todas as tragédias"

"Os bombeiros do Capoche"

"O dia em que caçamos um leão..."

"Aquela Missa do Galo!..."

"A caça aos búfalos..."

 

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Apontamentos de um soldado em África (1)

BArt400 - noroeste de Angola, Dez62-Fev65

Textos:

"Soldados de Portugal, missionários de Cristo"

"Almas viçosas"

"A Escola"

"Maneiras de ser"

"Soldados de batina branca"

"Forja de Portugueses"

"A lição dos Nossos Mortos"

"A Cruz, ... de Memória"

"O laicado católico nas missões africanas"

"Para Além das Armas"

"Almas brancas de gente negra"

"Aos jovens"

"A Ti, Mãe Imaculada!"

"Da guerra ao lar amado"

"Moralidade"

"Novas terras, novas gentes"

"O Óbito"

"O Sol desponta novamente"

"Às mães dos soldados"

"A Sanzala"

"A Árvore das Patacas"

"Despedida"

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