Elementos cedidos por
um colaborador do portal UTW
Cristina Malhão-Pereira
(A autora
é casada com um FZE,
junto com ele
"cumpriu comissões" na Guiné e em Moçambique.
Na Guiné, o marido,
José Manuel Malhão Pereira,
integrou o DFE8 e participou na Operação "Tridente"
(Guiné 1964), tendo sido agraciado com duas Cruzes de
Guerra)
Cristina
Malhão-Pereira nasceu em 1945. Apesar de ter leccionado
em Inhambane – Moçambique – e Cascais, quando se lhe
pergunta a profissão, responde, convicta, MÃE, e,
recentemente, AVÓ. Sendo casada com um oficial da
Marinha, aproveitou os quatro anos em que o marido
comandou o navio-escola Sagres para visitar todos os
portos em que o barco acostou. O seu primeiro livro,
Venturas e Aventuras da Família de Um Marinheiro,
suscitou elogiosas críticas, sendo mencionado por 39
revistas e jornais. Também por essa data, por quatro
vezes, foi a autora entrevistada em diferentes programas
televisivos. Mas nada disso travou esta avó, viajante
intrépida, que, desde 2000, escreve uma média de duas
crónicas mensais, algumas de várias páginas, publicadas
quer em Portugal, quer nos EUA. Cristina Malhão-Pereira
poderá ser classificada como uma turista profissional.
Não só porque adora viajar, como também, e isso é
notório, porque o faz com paixão e de uma forma quase
científica. A autora tem uma forma peculiar de fazer as
suas descrições. Lê-la é ver fotografias dos locais
mencionados.
O livro:
"Venturas e Aventuras em África"

título: "Venturas e Aventuras em África"
autor: Cristina Malhão-Pereira
editor: Livraria Civilização Editora
ISBN-13: 9789722624039
ano da edição: 2007
n.º de páginas: 360
encadernação: capa mole
dimensões: 15,5 x 23,5 cm
Recensão:
- «Venturas, narra a vida da autora entre 1969 e 1975,
com uma excelente precisão de acontecimentos.
Bissau (Guiné 1969-70), Inhambanhe (Moçambique 1971-75),
subtítulo de "Venturas e Aventuras em África", no qual
Cristina Malhão-Pereira retrata (e com bastantes fotos,
também), as histórias de uma portuguesa casada com um
homem da Armada portuguesa, destacado para a Guerra
Colonial durante sete anos.
É o livro de maior empenho, dos três a nível de
pesquisa, com um registo em quase 350 páginas em modo de
diário de bordo, espelho de tantos acontecimentos
marcantes para a vida nacional daqueles tempos.
O estilo é o próprio da autora, que já o tinha exibido
em anterior livro – "Venturas e Aventuras da Família de
um Marinheiro" –, capaz de fazer o que 99,9 por cento
dos que viveram o auge dos conflitos ultramarinos, ainda
não passaram ao papel, com a descrição épica (pode
dizer-se assim, sem infringir as normas do politicamente
correcto), do fim do império colonial.
O livro começa com a história das suas duas primeiras
décadas de vida, tema que nos faz perguntar ao que
vamos, mas a resposta é dada pela própria autora, ao
explicar aos leitores que com isso está feito o retrato
da mulher de então – despreparada para a vida e
desconhecedora da realidade –, que acompanhava o marido
para o cenário de guerra.
O que descreve em seguida, mostra a transfiguração de um
olhar ingénuo, para o de uma excelente pintora do que
foi esse tempo, e faz uma fotografia social que resulta
da observação acutilante.
Não pretende ser um ensaio, antes memória vivida, mas
servirá como verdadeiro testemunho dessa feminilidade
tão pouco encontrada na guerra.»
(João Céu e Silva, 29Jul2007)