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Nota de óbito

Óbito: Informação cedida veterano

Miguel Velez de Oliveira

 

Outros elementos cedidos por um

colaborador do portal UTW

 

 

Faleceu, no dia 20 de Junho de 2019, o veterano

José Rosa Sampaio

 

Soldado de Transmissões

 

Companhia de Caçadores 3413

 

«VALOR E GARRA»

 

Angola:

09Ago1971 > 02Out1973

 

 

 

Em 31 de Julho de 1971, mobilizado pelo Batalhão Independente de Infantaria 17 (BII17 - Angra do Heroísmo) para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola, embarcou em Lisboa no NTT 'Vera Cruz' rumo ao porto de Luanda, como soldado de transmissões integrado na Companhia de Caçadores 3413 «VALOR E GARRA».

 
Em 2 de Outubro de 1973, concluída a comissão, regressou por via aérea à Metrópole.

 

A sua Alma Descansa em Paz

 

Os sem-abrigo da guerra colonial

 

Fonte: Jornal Edição Especial, Ano II, n.º 29, de 22 de Agosto de 2008

 

A reportagem sobre os ex-combatentes da Guerra Colonial, que hoje vivem na rua, publicada pela revista de Domingo, do “Correio da Manhã”, de 10 de Agosto, é revoltante e deveria envergonhar todos os portugueses e especialmente os governantes deste país, que se quer democrático, socialista, moderno e europeu.

 

Num Estado em que se gasta milhões em despesismos, em obras desnecessárias e duvidosas, em salários e reformas douradas, e em subsídios para quem não quer trabalhar, não sobram uns tostões para distribuir por aqueles que serviram o país obrigados e com risco de vida, pelos seus heróis de ontem.

 

Não sei se são 200 os ex-combatentes sem abrigo, a dormir na rua e a viver da caridade de quem passa, como se avançou na reportagem, mas são por certo muitos os que vivem mal, como recentemente lembrou o escritor António Lobo Antunes, numa das suas crónicas da revista “Visão”.

 

Recentemente, no âmbito da efémera Associação dos Antigos Combatentes do Algarve, foi possível detectar neste distrito alguns desses ex-militares abandonados pelo Estado e pelas próprias instituições militares, tendo alguns deles sido ajudados.

 

Conheço casos em que foram os próprios camaradas de armas que ajudaram, como foi o caso do C…, um colega da minha unidade, que vivia numa mina abandonada e foi encaminhado para um lar.   

 

No entanto, em Portugal existem hoje bastantes associações de antigos combatentes da guerra do antigo Ultramar, que talvez pelo seu elevado número pouco fazem para defender os seus associados e também os não associados, contribuindo antes para os dividir e lançar a confusão em termos de associativismo saudável e reivindicativo. Os sucessivos governos têm-se aproveitado dessa fragilidade, segundo a lógica do “dividir para reinar”, nada dando nem fazendo em prol dos ex-combatentes.

 

Unidos numa única associação, forte e reivindicativa, os combatentes da Guerra Colonial teriam hoje bons centros de acolhimento, convívio e assistência, com o apoio do Estado e com pessoal especializado, nomeadamente em stress de guerra e outras doenças do foro neurológico, e na cura do alcoolismo e tabagismo.

 

Estes espaços poderiam também servir para os militares que têm integrado as missões de paz em que Portugal participa. Estas instituições já existem há muito tempo em países como os Estados Unidos e a França.

 

É um facto que muitos destes ex-combatentes foram empurrados para a rua ou para a caridade por motivos de stress de guerra, alcoolismo, divórcio e incompreensão da família. Mas, o Estado também ajudou a complicar a situação, através das reformas de miséria, dos vergonhosos subsídios adstritos à reforma, que vão dos 75 aos 150 euros anuais, e da ausência de apoios de vária ordem.

 

Entre estes antigos combatentes não se encontram apenas soldados, mas também antigos oficiais e sargentos milicianos, tendo os mais novos uma idade que ronda os 58-60 anos.

 

E todos, governo, deputados, políticos e instituições do Estado esperam que eles morram o mais depressa possível para que se acabe o problema. 

 

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Para visualização do conteúdo clique no sublinhado que se segue

 

"Ultramar - a luta na rua"

 

A notícia na revista "Domingo" do Jornal Correio da Manhã, de 10AGO2008

 

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