Trabalhos, textos sobre a Guerra do
Ultramar ou livros
Liga dos Combatentes
1.
Constituem objectivos da LIGA DOS COMBATENTES:
a. Promover a exaltação do amor à Pátria e a
divulgação, especial entre os jovens, do significado dos
símbolos nacionais, bem como a defesa intransigente dos
valores morais e históricos de Portugal;
b. Promover o prestígio de Portugal,
designadamente através de acções de intercâmbio com
associações congéneres estrangeiras;
c. Promover a protecção e auxílio mútuo e a
defesa dos legítimos interesses espirituais, morais e
materiais dos sócios;
d. Cooperar com os órgãos de soberania e da
Administração Pública com vista à realização dos seus
objectivos, nomeadamente no que respeita à adopção de
medidas de assistência a situações de carência económica
dos associados e de recompensa daqueles a quem a Pátria
deva distinguir por actos ou feitos relevantes
praticados ao seu serviço;
e. Criar, manter e desenvolver departamentos ou
estabelecimentos de ensino, cultura, trabalho e
solidariedade social em benefício geral do País e
directo dos seus associados.
2. À LIGA DOS
COMBATENTES está vedado o exercício ou
participação em actividades de carácter político,
partidário, sindical ou ideológico.
"A
Mulher portuguesa na guerra e nas Forças Armadas"
Capa do livro editado
pela Liga dos Combatentes, e lançado oficialmente no dia
15 de Novembro de 2008, no Forte do Bom Sucesso em
Belém.
Texto na contra capa
do livro:
Livro
dedicado à Mulher Portuguesa nas duas vertentes que a
marcaram nos últimos 50 anos da vida nacional: primeiro,
na guerra, como mãe, esposa, viúva, filha, noiva,
madrinha de guerra ou simples confidente; depois,
assumindo o seu direito à igualdade e tornando-se
militar profissional.
Textos de Mulheres que viveram a guerra
no Ultramar, acompanhando familiares ou como enfermeiras
pára-quedistas, as primeiras profissionais na frente de
combate; ou memória das que sentiram a guerra de longe,
por terem lá alguém a combater. Ou homenagens de maridos
às companheiras, de filhos combatentes às mães que os
apoiavam de longe, de filhas aos pais combatentes e de
netos às avós que lhes contaram histórias vividas nesses
tempos.
Mais recentes, testemunhos na primeira
pessoa de Mulheres com serviço num dos três ramos das
Forças Armadas, experiências vividas no país e no
estrangeiro. Prosas simples de Mulheres que foram
pioneiras na ruptura com tradições seculares e nos
trazem reflexões sobre motivações da escolha, integração
num meio tradicionalmente masculino, metas
perspectivadas, a camaradagem, as agradáveis surpresas,
as melhores confirmações, as piores desilusões,
valorização pessoal e mais-valias profissionais
esperadas, razões para abandono da carreira, casamento,
família, filhos...
São mais de uma centena de depoimentos de
pessoas das mais diversas origens sociais, graus de
escolaridade e formação académica, parentesco (ou
graduação) com representação de todos os postos da
hierarquia militar, contributo eloquente para a memória
colectiva de um País que teve grandeza e viveu epopeias
e sacrifícios em tempos recentes.
in:
http://www.ligacombatentes.org.pt
Este livro pode ser adquirido directamente na sede da
Liga dos Combatentes (ver morada em baixo) ou por envio
à cobrança (CTT).
Liga dos Combatentes,
Rua João Pereira da Rosa, 18, 1249-032 LISBOA, Telfs:
213 468 245 / 6
Preço: 13,00 €
Nota: No caso
de ser enviado pelos CTT, à cobrança, serão acrescidos
os portes de envio.
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Comentário de José Martins:
A
Mulher portuguesa na guerra e nas Forças Armadas
Edição Liga dos Combatentes
Após adquirir o livro
A Mulher portuguesa na Guerra e nas
Forças Armadas,
reparei que o recibo que me entregaram tem o número 1991
(uma capicua). Não sei se foi casualidade, mas conclui
que seria um bom presságio.
Na realidade, e
apesar de ainda ter lido apenas umas quantas páginas,
não me enganei.
Sob a coordenação do
Coronel Alberto Ribeiro Soares, pode-se considerar uma
“Edição de Luxo”, não só pela sua concepção, mas,
sobretudo pelo valor dos textos que, além de serem
escritos na primeira pessoa, e de certo muitas vezes
interrompidos para secar uma lágrima ou recordar com
saudade os tempos idos, são histórias de vida, de
sacrifício e dor.
Sobre a parte
destinada à Grande Guerra, ficará, mais uma vez, gravada
a letras de ouro, a forma como a MULHER que, deixando o
conforto do lar buscou, com o seu trabalho, fazer face
às necessidades daqueles que, por usarem farda, tiveram
que partir para África e para França e, houve casos, de
quem tivesse estados nos dois teatros de operação.
Na África, em
qualquer dos territórios, sempre estivemos, mas, com
maior presença, a partir da Conferência de Berlim, e que
foi necessária aumentar durante as investidas alemãs,
ainda que sem qualquer declaração de guerra.
A nossa presença no
conflito em França é mais conhecida, por ser sido mais
falada e historiada, sendo autênticos tesouros
literários as descrições dos que lá combateram.
Mas a Pátria não fez
distinção entre os que combateram em França e em África.
Na Batalha, lado a lado, em campa rasa na sala do
capítulo e iluminados por um lampadário alimentado com
azeite português, pelo menos eram esses o desejo
inicial, estão sepultados os corpos de dois militares
desconhecidos, que representam todos os combatentes
portugueses envolvidos naquele conflito.
Na parte da Guerra do
Ultramar, além de referir os movimentos de mulheres (MNF
e CVP), regista textos de quem, ao vivo ou à distância,
viveu os momentos que registam o que se passou com
muitos dos “últimos soldados do império”, transbordando
alegrias e tristezas, partidas e reencontros, dor e
saudade…
Aquelas terras
africanas, cada vez mais, tornam-se na segunda Pátria de
quem por lá passou.
Mas esta obra tem
duas páginas a que deram como título “Prefácio”.
É pouco. O texto que
se segue a essa palavra necessitava de outra designação
que fosse mais forte e elucidativa da prosa/poesia que
se lhe segue.
Não sei como a
qualificar. Oração? Ode? Mensagem? Tributo? Elogio?
Como disse não sei.
Sei que é um texto/poema único, que antecede mais de uma
centena de textos, quer no feminino quer no masculino,
mas tem como centro a MULHER.
Não resisto à
transcrição do início do “prefácio”, da autoria do
Presidente da Liga:
A VÓS, MULHERES E
MÃES
Homenageamos hoje a
Mulher.
Em especial a Mulher
portuguesa.
Em particular a
Mulher que sentiu, na carne, o que significa colocar
filhos à disposição da Pátria, ou daquelas que
acompanharam esses filhos, como maridos e pais dos seus
filhos.
Mães e Mulheres!
Amor, força,
determinação, coragem.
Ontem na retaguarda,
hoje também na frente de combate presentes.
Mulheres e Mães!
De apoio permanente
são imagem!
Nos nossos corações,
ontem, hoje, sempre.
Só se pode ser mais
Homem, só se pode ser melhor Combatente,
Quando os beijos da
partida, são beijos de amor ardente!
Com o tempo, a
distância e a dureza do momento, são elas que sustentam
a coragem e alimentam o pensamento.
Até ao redentor beijo
da chegada; ou até ao Caído exangue que no suspiro
final, tem a coragem de pedir:
- “Dá um beijo a
minha Mãe!”
O Presidente da
Direcção Central da Liga dos Combatentes
Joaquim Chito Rodrigues
Tenente General
José Martins
Sócio LC nº 80393/C
Fur.Mil.Trms.Inf.
C.Caç 5 – Guiné
1968/1970