Manuel Leite da Silva, 1.º Cabo
Pára-Quedista, n.º 169/69, nascido no dia 11 de
Fevereiro de 1949, no lugar da Praia da Aguda, na
freguesia de Arcozelo, concelho de Vila Nova de Gaia;
Em 12 de Dezembro de 1969 incorporado no Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas
(RCP
- Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»;
Em 14 de Agosto de 1970, concluiu a recruta;
Em 11 de Setembro de 1970, terminou o 61.º Curso de
Paraquedismo Militar com
aproveitamento, pelo que lhe foi concedido o brevet n.º
9004;

Em
16 de Outubro de 1971 promovido a 1.º Cabo
Pára-Quedista;

Em 07 de Julho de 1971, mobilizado pelo Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR
VENCIDOS SE CONHEÇAM» para servir Portugal na Província
Ultramarina
de
Angola, integrado num dos pelotões da 1.ª Companhia de
Caçadores Pára-Quedistas (1ªCCP) «IRMÃOS DE MARTE» do
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE
OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do Comando da Região Aérea 2
(COMRA2) «FIDELIDADE E GRANDEZA»;
Em finais do ano de 1972, louvado pelo Comandante do
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21),
publicado na Ordem de Serviço n.º 246/72, do BCP21, e
averbado na sua Caderneta Militar, na página 12 (segue
transcrição):

«porque prestando serviço
nesta unidade há cerca de 16 meses, se tem revelado um
militar aprumado, educado e respeitado.
Excelente camarada revelou nas 22 operações em que tomou
parte ser um elemento voluntarioso e dotado de grande
espírito de sacrifício.
Desempenhando desde o mais as funções de
radiotelegrafista do seu pelotão, cargo que desempenhou
com eficiência, passou ultimamente a apontador de
metralhadora sabendo sempre tirar dela o máximo
rendimento.
O soldado SILVA pela qualidade que possui tem merecido a
consideração dos seus superiores e a admiração dos seus
camaradas, sendo, pois, um exemplo a seguir».
Em
12 de Fevereiro de 1973, agraciado com a
Medalha de Ouro de Valor Militar
Colectiva – Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas
21
- publicado no Diário de Governo n.º 43 – 2.ª série, de
20 de Fevereiro de 1973;
Agraciado com a Medalha Comemorativa das Campanhas e
Comissões de Serviços Especiais com a legenda “Angola
1971 – 73”,
publicado
na Ordem de Serviço n.º 176, do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21, de 27 de Julho 1973, e averbado na
sua Caderneta Militar, na página 12;
Em 31 de Julho de 1973 regressou à Metrópole;
Agraciado com a Medalha de Cobre de Comportamento
Exemplar, publicado na Ordem de Serviço n.º 188, do
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21, de 10 de Agosto
de 1973, e averbado na sua Caderneta Militar, na página
12;
Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de
4.ª classe, por despacho do Comandante-Chefe das Força
Armadas de Angola de 21 de Setembro de 1973:
Primeiro
Cabo Pára-Quedista, n.º 169/69
MANUEL LEITE DA SILVA
BCP21/COMRA2
Angola
Medalha da Cruz de Guerra de
4.ª Classe
Despacho do Comandante-Chefe das Força Armadas de Angola
de 21 de Setembro de 1973
Por proposta do comandante do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21, louva a praça abaixo mencionada,
porque, tendo tomado parte na quase totalidade das
missões de combate efectuadas pela sua companhia no
decurso da sua comissão, demonstrou possuir apreciáveis
qualidades de coragem, decisão e muita vontade de bem
servir.
De salientar, entre outras, a sua actuação na operação
“NOVIDADE” durante a qual, observando um elemento
inimigo que procurava posição para alvejar os seus
companheiros de equipa, correu lesto e a peito
descoberto para, em seguida, num rasgo de rara audácia e
serena energia face ao risco que sobre si pendia,
atingir o elemento inimigo. Acto contínuo, como o seu
antagonista, embora ferido, não desistisse dos seus
intentos, precipitou-se sobre ele, neutralizando-o.
Em seguida, tendo-se revelado outro guerrilheiro que se
encontrava próximo, teve ainda o 1.º Cabo SILVA acção
preponderante na sua eliminação, contribuindo, desse
modo, para o subsequente êxito da operação.
Demonstrou frente ao inimigo muita coragem, serenidade e
energia. Pelas sobejas provas de real valor patenteadas,
merece o 1º cabo SILVA ser considerado como exemplo de
praça que muito honra as Tropas Pára-quedistas.

Em 30 de Setembro de 1973, passou à situação de
disponibilidade.
Em 10 de Junho de 1974, na Base
Aérea n.º 2 (BA2 – Ota), perante as forças militares ali
aquarteladas e reunidas em paradas, sua Excelência o
Presidente da República, General António Sebastião
Ribeiro de Spínola impôs-lhe a Medalha da Cruz de Guerra
de 4.ª classe.