Adozindo Carvalho de Brito, 1.º Cabo
Auxiliar de Enfermeiro, da CCav489/BCav490
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
Adozindo Carvalho de
Brito
1.º Cabo Auxiliar de Enfermeiro,
n.º 1826/62
Companhia de Cavalaria
489
Batalhão de Cavalaria 490
«SEMPRE EM FRENTE»
«...NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE»
Guiné: 22Jul a 02Nov1963 (data do falecimento)
Medalha da Cruz de
Guerra de 1.ª classe
(Título póstumo)
Louvor Individual e
Colectivo
(Título póstumo)
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existentes no texto que se segue para visualização dos
conteúdos:
Adozindo
Carvalho de Brito, 1.º Cabo Auxiliar de Enfermeiro, n.º
1826/62, natural de Boas Eiras, na freguesia e concelho de
Penacova,
filho de Bruno de Brito e de Olívia de Jesus
Carvalho, solteiro;
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 -
Estremoz) «...NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE» para
servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné;
No dia
17 de Julho 1963, na Gare Marítima da Rocha do
Conde
de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Niassa’,integrado na Companhia de Cavalaria 489
(CCav489) do Batalhão de Cavalaria 490 (BCav490) «SEMPRE
EM FRENTE» - «...NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE», rumo
ao estuário do Geba (Bissau), onde desembarcou no dia 22
de Julho de 1963;

A sua subunidade de cavalaria,
comandada pelo
Capitão de Cavalaria António Ferreira Cabral Pais
do Amaral, enquanto na
função de intervenção, foi empregada, com base em
Mansabá, em diversas operações
efectuadas
nas regiões de Mansabá, Bissorã e Morés, em reforço do
Batalhão de Caçadores 512 (BCac512) «HONRA E GLÓRIA»,
tendo ainda sido atribuída temporariamente ao
Batalhão
de Caçadores 236 (BCac236) e depois ao BCaç 600 para
colaborar na segurança e protecção das instalações da
área de Bissau, de 03 de
Setembro
a 21 de Outubro de 1963, a fim de colmatar a saída da
Companhia de Caçadores 154 (CCac154);
Faleceu no dia 2 de Novembro de 1963 em Morés, em
consequência de
ferimentos em combate.
Está inumado na campa n.º 529 no cemitério de Bissau, na
Guiné.
Paz à sua Alma
Louvado e condecorado, a título póstumo, com a Medalha
da Cruz de Guerra de 1.ª classe, pela Portaria de 5 de
Maio de 1964, publicado na Ordem do Exército n.º 16 -
3.ª série, de 1964 e na Revista da Cavalaria, edição do
ano de 1964;
Louvor colectivo, publicado na Ordem de Serviço n.º 14,
do Comando Militar da Guiné, de 16 de Fevereiro de 1965
e na Revista da Cavalaria do ano de 1965, pág. 150.
O seu nome encontra-se gravado no
memorial existente no Largo Alberto Leitão, em Penacova.
Inaugurado no dia 10 de Junho de 2013.
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Da Revista da Cavalaria do ano de
1964, páginas 105 a 115, da autoria do Capitão Mil.º
Vieira da Rocha:
LAMAÇAIS DA GUINÉ
O «490» EM ACÇÃO
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Cruz de Guerra de 1.ª
classe
1.º Cabo, auxiliar de enfermeiro, n.º
1826/62
ADOZINDO CARVALHO DE BRITO
CCav489/BCav490 - RC3
GUINÉ
1.ª CLASSE (Título póstumo)
Transcrição da Portaria publicada da Ordem do
Exército n.º 16 - 3.ª série, de 1964.
Por Portaria de 05 de Maio de 1964:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 1.ª
classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento
da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços
prestados em acções de combate na Província da Guiné
Portuguesa:
A título póstumo, Primeiro-Cabo, auxiliar de enfermeiro,
Adozindo Carvalho de Brito, n.º 1826/62, da Companhia de
Cavalaria n.º 489 do Batalhão de Cavalaria n.º 490 -
Regimento de Cavalaria n.º 3.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Por Portaria da mesma data publicada naquela Ordem do
Exército):
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, adoptar para todos os efeitos legais, o
seguinte louvor, conferido a título póstumo, em Ordem de
Serviço n.º 24, de 29 de Dezembro de 1963, do
Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné Portuguesa, ao
Primeiro-Cabo, auxiliar de enfermeiro, Adozindo Carvalho
de Brito, n.º 1826/62 da Companhia de Cavalaria n.º 489
do Batalhão de Cavalaria 490 - Regimento de Cavalaria
n.º 3:
Porque numa acção de fogo na região de Morés, na qual
tomou parte o Grupo de Combate a que pertencia,
abnegadamente se dirigiu à frente, debaixo de intenso
fogo inimigo, a fim de fazer curativos a um seu
cama-rada ferido, o que executou com prontidão, desprezo
pelo perigo e risco da própria vida, após o que foi por
sua vez gravemente atingido por ferimentos que lhe
vieram a causar a morte.
A par da sua grande coragem, manteve até ao fim elevado
moral e espírito de sacrifício, tendo desta forma
honrado da melhor maneira a Companhia de Cavalaria a que
pertenceu, cujo pessoal, oficiais, sargentos e praças,
jamais poderão esquecer o dignificante exemplo dado por
este Primeiro-Cabo auxiliar de enfermeiro, em
circunstâncias tão difíceis.
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Louvor Colectivo
BATALHÃO DE
CAVALARIA N.º 490
Ordem de
Serviço n.º 14 do Comando Militar da
Guiné,
de 16 de Fevereiro de 1965
Que, por despacho de 12 do corrente
e por proposta do Excelentíssimo
Comandante do Agrupamento n.º 16,
louva:
Batalhão de Cavalaria n.º 490
porque, encontrando-se na Província
há mais de 18 meses e tendo iniciado
a sua missão de quadrícula após um
período de intervenção nas regiões
mais afectadas pelo inimigo (Ilha do
Como e Morés), tem mantido uma
actividade operacional profícua a
custo dos próprios efectivos em
quadrícula, enfileirando sempre ao
lado de outras Unidades mais
modernas na Província.
Não obstante as alterações que tem
havido nos principais colaboradores
do Comando e no Comando das suas
Companhias orgânicas, tudo por força
de promoções ocorridas após o início
da sua Comissão de Serviço, e apesar
do elevado número de elementos
inoperacionais como consequência de
factores vários a que não são
estranhos os períodos vividos em
verdadeiro ambiente de
contra-guerrilha, tem o Batalhão de
Cavalaria n.º 490 sabido manter um
elevado espírito combativo que honra
a Arma de Cavalaria e o Exército.
Unidade dotada de elevado moral,
tem-no fortificado nos duros
momentos de luta já vividos e que
ficam a atestar o alto valor militar
de todos os seus componentes,
Oficiais, Sargentos e Praças,
irmanados como estão no mesmo
sentimento do Dever que os trouxe à
Guiné Portuguesa.
(in Revista
da Cavalaria do ano de 1965, pág.
150)
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Partida
do Batalhão de Cavalaria 490, no dia 17 de Julho de
1963:

