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Aura Emília Rico Teles, Tenente Enfermeira Pára-Quedista

 

 

 

Aura Emília Rico Teles

 

Tenente Enfermeira Pára-Quedista

 

Natural de Vendas Novas

(Alto Alentejo)

 

 

 

 

 

16Set2017:

Presente no Almoço Convívio dos Combatentes de Vendas Novas

 

 

 

 

 

 

Com a devida vénia, elementos que se seguem foram extraídos do blogue

«Luís Graça & Camaradas da Guiné»

 

 

Aura Emília Rico Teles, Tenente Enfermeira Pára-Quedista


Uma VENDASNOVENSE! Um ANJO na GUERRA.


Esteve nas 3 frentes de combate - Angola, Guiné e Moçambique - no período de 1965 a 1975.


Com a devida vénia, os elementos que se seguem foram extraídos do blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné":


«1963 — Fui para Tancos e ingressei no curso de pára-quedismo.


Em Novembro fui para o Hospital da B.A.4 (Terra Chã) Ilha Terceira, Açores com todas as enfermeiras que acabaram o curso de pára-quedismo.

 

Eu por acidente fracturei uma clavícula a oito dias do primeiro salto em pára-quedas “com recruta terminada” não acabei o curso claro.


Estive nos Açores um ano.


1964 — Em Setembro regressei a Tancos para finalizar o curso.


1965 — Colocada na Guiné-Bissau na B.A. 12.


No dia seguinte comecei logo a fazer evacuações na província e todas as semanas uma enfermeira transportava feridos para Lisboa.


1967 — Voltei aos Açores, Hospital da Força Aérea para trabalho nas enfermarias, quarto de queimados e bloco operatório.


1968 — Guiné-Bissau, colocada novamente.


Nessa altura já ia muito mais à vontade e segura do que ia encontrar e contente por voltar à Guiné-Bissau. Foi a unidade onde mais gostei de trabalhar. Era lá que me sentia útil e era muito gratificante quando trazíamos militares, civis e até “os chamados inimigos” para Bissau, Hospital Militar.


1969 — Angola onde estive seis meses no B.C.P. em Belas e os outros seis meses na Direcção dos Serviços de Saúde em Luanda.

 

1970 — Moçambique onde fui colocada na 3ª Região Aérea.


Destacada de seguida para Nampula, onde fiquei seis meses e os outros seis meses trabalhei na Direcção dos Serviços de Saúde em Lourenço Marques.


1971 — Guiné-Bissau novamente. Estive lá um ano e meio.


1973 — Angola, colocada na Direcção dos Serviços de Saúde em Luanda.


1975 — Regressei ao Hospital da Força Aérea Portuguesa, Lumiar Lisboa.


1984 — Passei à reforma por incapacidade física.


No fim de uma década de vai e vem, saltitando de província em província, graças a DEUS que terminou o sofrimento de muitos jovens, pais, filhos, esposas e até avós, com o regresso a casa dos seus entes queridos.


Os que lá tombaram, esses estão de pé nas nossas memórias para sempre.


Foi duro demais para nos esquecermos DELES e de uma colega nossa CELESTE [PEREIRA]
(*). PAZ ÀS SUAS ALMAS.


De facto vivemos situações muito frustrantes, querer salvar todos mas era impossível, resta-nos o conforto que trouxemos a muitos camaradas vivos do mato para o hospital militar de Bissau.

 

Essa sim é a nossa glória, sentir que cumprimos o que nos propusemos, utilizando todo o nosso saber com humanismo, carinho para que cada situação a tratar fosse menos dolorosa, procurando não só cuidar do corpo mas também do espírito.

 

Os nossos cuidados estenderam-se a todos que deles precisavam, nomeadamente os militares das forças armadas, seus familiares, populações civis e repito até o “ inimigo”.


Bem…. é uma alegria interior tão grande que só por quem lá passou pode senti-la.

 

Mas nem tudo foi mau e stressante, também tivemos momentos inesquecíveis com amizades que fizemos e que ainda hoje perduram.


Com verdade vos digo camaradas… sinto-me orgulhosa de todo o trabalho que fiz, “porque fiz o meu melhor” e muito em especial na Guiné.

 

Foi na Força Aérea que cresci e me orgulho de pertencer a esta organização e tenho “vaidade” de ter sido enfermeira pára-quedista e muito amor à minha boina verde.


(*) Vítima de acidente mortal, ocorrido na Guiné, em fevereiro de 1973. Segundo se lê no poste nº 1668, de 17 de Abril último, a Celeste Pereira "ao correr para uma DO que se preparava para levantar voo a fim de proceder a evacuação, foi morta pela hélice da avioneta que lhe cortou a cabeça, no aeroporto de Bissalanca" (Nota de rodapé do autor de Diário da Guiné, António da Graça Abreu, p. 64).»

 


PÁRA-QUEDISTAS

Se o ter asas simboliza a liberdade
Que a vida nega e a alma precisa
Olhai Pára-quedistas, tendes tudo
Lá no céu elevai vossas almas
Que cá na terra a dor é nossa
E a fraqueza que ela tem
Tendes ao menos a força de não a
Mostrardes a ninguém.

Aura Rico Teles
Tenente Enfª Pára-quedista

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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