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HONRA E GLÓRIA
e
nota de óbito |
Elementos cedidos pelo
PQ
Pedro Castanheira |
Faleceu no dia 23 de Dezembro de
2019, em Tomar, o veterano
José António Fernandes
Tenente-Coronel Graduado SG/PQ
DFA

Angola: 16Mar a Abr1962
Destacamento Avançado de Combate
3.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 «GENTE OUSADA
MAIS QUE QUANTAS»
Comando da Região Aérea n.º 2
«FIDELIDADE E GRANDEZA»
Angola: Jan1963 a Jan1965
3.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 «GENTE OUSADA
MAIS QUE QUANTAS»
Comando da Região Aérea n.º 2
«FIDELIDADE E GRANDEZA»
Guiné: Dez1966 a Mai1968
1.º Pelotão da
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas 122
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 12 «UNIDADE E
LUTA»
Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné
«ESFORÇO E VALOR»
Angola: Mar1970 a 11Nov1975
3.º Pelotão da
2.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas
Equipas de Pisteiros da
Companhia de Materiais e
Infraestruturas
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 «GENTE OUSADA
MAIS QUE QUANTAS»
Comando da Região Aérea n.º 2
«FIDELIDADE E GRANDEZA»
Medalha de Ouro
de Valor Militar com Palma
Colectiva
Medalha de Prata
de Valor Militar com Palma
Medalha da Cruz
de Guerra de 1.ª Classe
Colectiva
Medalha de Cobre
de Serviços Distintos com Palma
Medalha de Mérito
Militar 4.ª Classe
Medalha de
Promoção por Distinção
Medalha dos
Feridos em Campanha
Prémio "Almirante
Américo Tomaz"
Medalha
Comemorativa das Campanhas das
Forças Armadas com a legenda
“Norte de Angola 1961 – 65”
Medalha
Comemorativa das Campanhas das
Forças Armadas com a legenda
“Guiné 1966 – 68”

José António Fernandes,
Tenente-Coronel Graduado do
Serviço Geral Pára-Quedista
Deficiente das Forças Armadas,
nascido no dia 17 de
Dezembro
de 1937, na freguesia e concelho
de Bragança;
Em 1958, ingressou no Batalhão
de Caçadores Pára-Quedistas (BCP
– Tancos) «QUE NUNCA POR
VENCIDOS SE CONHEÇAM», onde
frequentou o 5.º Curso de
Paraquedismo Militar, o qual
veio a concluir em Novembro de
1958, pelo que lhe foi atribuído
o brevet 370;

Em 16 de Março de 1961,
mobilizado pelo no Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas (BCP –
Tancos) «QUE
NUNCA
POR VENCIDOS SE CONHEÇAM» para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Angola, integrado
no Destacamento
Avançado
de Combate (DAC) do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 21
(BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE
QUANTAS» da 2.ª Região Aérea
(2ªRA) «FIDELIDADE E GRANDEZA»;

Em 27 de Março de 1961, cessa as
funções naquele Destacamento
Avançado de Combate (DAC),
ficando integrado na 3.ª
Companhia de Caçadores (3ªCCP)
Pára-
Quedistas
do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE
OUSADA MAIS QUE QUANTAS» da 2.ª
Região Aérea (2ªRA) «FIDELIDADE
E GRANDEZA»;
Em Abril de 1962, regressa à
Metrópole e ao Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP -
Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS
SE CONHEÇAM», onde frequenta o
Curso de Furriel Pára-Quedista;
Em 10 de Agosto de 1962,
promovido a Furriel
Pára-Quedista;
Em
Janeiro de 1963, mobilizado pelo
Regimento
de Caçadores Pára-Quedistas (RCP
- Tancos) «QUE NUNCA POR
VENCIDOS SE CONHEÇAM» para
servir Portugal na Província
Ultramarina Angola, integrado na
3.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas (3ªCCP) do
Batalhão de
Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE
OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do
Comando da Região Aérea n.º 2
(COMRA2) «FIDELIDADE E
GRANDEZA»;
Em 14 de Agosto de 1964, louvado
pelo Comando da Região Aérea n.º
2, publicado na Ordem de Serviço
n.º 65 daquele Comando e na
Ordem de Serviço n.º 196, de 20
de Agosto de 1964, do Batalhão
de Caçadores Pára-Quedistas 21:
“Louvo
o Furriel Pára-Quedista José
António Fernandes, porque
servindo no Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 21 há
cerca de três anos, sempre
comandou a sua secção com
inteligência, disciplina e
entusiasmo, nas muitas missões
de combate em que tomou parte.
Muito calmo e decidido, por
vezes na testa do seu pelotão e
debaixo de fogo, tem sabido
cumprir à risca as instruções
que lhe são dadas e tomar
iniciativas com rapidez e
acerto, de modo a desalojar o
inimigo, causando-lhes baixas e
capturando material.
Muito correcto, trabalhador e
estudioso, aliando a modéstia, a
energia, a coragem e o
sangue-frio ao espírito de
sacrifício que tem revelado
possuir, o Furriel Fernandes é
considerado um graduado
exemplar, em tudo merecedor da
estima dos seus superiores e
admiração dos seus camaradas e
subordinados”;
Em
Janeiro de 1965, regressa à
Metrópole e ao Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP -
Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS
SE CONHEÇAM»;

Agraciado com a Medalha
Comemorativa das Campanhas das
Forças Armadas com a legenda
“Norte de Angola 1961 - 65”,
publicado na Ordem de Serviço
n.º 116, do Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP -
Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS
SE CONHEÇAM», 19 de Maio de
1965;

Foto cedida pelo SMor PQ
Serrano Rosa
Pela Portaria de 05 de Agosto de
1965, agraciado com a Medalha de
Cobre de Serviços Distintos com
Palma por serviços prestados
como distintos e relevantes no
teatro de operações de Angola,
publicada na Ordem à Aeronáutica
n.º 33 – 3.ª série de 1965:
Segundo-Sargento
Pára-quedista
JOSÉ ANTÓNIO FERNANDES
DAC/3ªCCP – BCP21
Angola
Medalha de Cobre de Serviços
Distintos com Palma
Por Portaria de 5 de Agosto de
1965
Louvado o segundo-sargento
Pára-Quedista José António
Fernandes, do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas n.º 21,
porque, servindo em Angola
durante cerca de quatro anos,
quer como comandante de secção,
quer por vezes como comandante
de pelotão, sempre conduziu os
seus homens a por de forma a
mantê-los em elevado nível
moral, físico, disciplinar e
combativo.
Nas muitas missões de combate em
que tomou parte demonstrou em
todas as ocasiões energia,
decisão e sangue-frio em grau
difícil de igualar.
A sua operação em duas operações
foi de molde a considera-lo um
elemento de valor
extraordinário, tendo na
primeira delas lançado com os
seis homens sob seu comando, uma
tenaz perseguição debaixo de
fogo inimigo a um grupo adverso
que caíra na sua emboscada, e ao
qual causou importantes baixas,
dando um exemplo vivo de coragem
e sangue-frio.
Trabalhador infatigável, exemplo
constante de militar
Pára-Quedista, possuidor do mais
elevado espírito de lealdade e
camaradagem, o segundo-sargento
Fernandes aliou sempre a
modéstia ao espírito de
sacrifício e vontade de bem
cumprir, pelo que merece o
reconhecimento de todos quantos
com ele serviram.
O
seu comportamento em combate, e
ainda outros méritos de valia
militar, levam a considerar os
serviços prestados por este
sargento como distintos e
relevantes.
Em Dezembro de 1966, mobilizado
pelo
Regimento
de Caçadores Pára-Quedistas (RCP
- Tancos) «QUE NUNCA POR
VENCIDOS SE CONHEÇAM» para
servir Portugal na Província
Ultramarina da Guiné, integrado
no 1.º Pelotão da Companhia de
Caçadores Pára-Quedistas 122
(CCP122), do Batalhão de
Caçadores
Pára-Quedistas 12 (BCP12)
«UNIDADE E LUTA» da Zona Aérea
de Cabo Verde e Guiné (ZACVG)
«ESFORÇO E
VALOR»;
No início de 1967, são
efectuadas duas operações
designadas como “Treino
Operacional”, que visavam
adaptar o pessoal do Batalhão
recém-chegado à Guiné, numa
dessas operações – “Treino
Operacional n.º 2”, que teve
lugar nos dias 16 e 19 de
Janeiro, entre Fulacunda e Xime
(onde havia uma Unidade de
Quadrícula do Exército), um
Soldado da sua
Secção
accionou uma armadilha, que
provocou graves ferimentos no
Sargento PQ José António
Fernandes, foi evacuado para o
quartel do Xime;
Em Maio de 1968, regressa à
Metrópole e ao Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas
(RCP
- Tancos) «QUE NUNCA POR
VENCIDOS SE CONHEÇAM»;
Agraciado com a Medalha
Comemorativa das Campanhas das
Forças Armadas com a legenda
“Guiné 1966 – 68”, publicado na
Ordem de Serviço n.º 123, de 23
de Maio de 1968, do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 12
(BCP12) «UNIDADE E LUTA»;

Em 1968, considerado abrangido
com direito ao uso da insígnia
da condecoração
colectiva
da Cruz de Guerra de 1.ª classe,
concedida ao Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 12
(BCP12) «UNIDADE E LUTA»,
cuja concessão foi publicado no
Diário do Governo n.º 86/1968,
Série I, de 10 de Abril de 1968;
Em
Março de 1970, mobilizado pelo
Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP - Tancos)
«QUE NUNCA POR VENCIDOS SE
CONHEÇAM» para servir Portugal
na Província Ultramarina de
Angola, integrado no 3.º Pelotão
da 2.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas
(2ªCCP)
do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE
OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do
Comando da Região Aérea n.º 2
(COMRA2) «FIDELIDADE
E
GRANDEZA»;
No ano de 1970, após ter
frequentado em Angola o "Basic
Tracking Course" ministrado por
instrutores Rodesianos, ruma a
Kariba na Rodésia do Sul,
acompanhado de vários militares
portugueses:
- Major Cavalaria Alberto Mourão
da Costa Ferreira (Moçambique)
- Capitão PQ António Loureiro
Costa (Angola)
- Capitão Comando António
Martins Dias (Angola )
- Alferes Miliciano de
Infantaria Manuel Ramalhais da
Silva (Angola)
- Alferes Miliciano de
Infantaria Henrique Nolasco da
Silva (Moçambique)
- Alferes Miliciano de
Infantaria Luís Ponte
(Moçambique)
- Alferes Miliciano de
Infantaria José Moutinho
(Moçambique)
- Aspirante Miliciano Carlos
Jorge da Silva Antunes (Angola)
- Primeiro-Sargento PQ José
António Fernandes (Angola)
- Segundo-Sargento Comando José
António Cunha (Angola)
- Segundo-Sargento de Infantaria
Joaquim Eduardo (Moçambique)
- Segundo-Sargento Miliciano de
Infantaria Francisco Esteves
(Moçambique)
- Furriel Miliciano de
Infantaria Olegário Ramos
(Moçambique)
- Furriel Miliciano de
Infantaria Moizuddin Sayad
(Moçambique)
Onde frequentam o "Agressive
Bushcraft Course",
no período de 16 de Setembro a
01 de Outubro de 1970;
Nota:
"Agressive
Bushcraft Course"
– conhecido nas Forças Armadas
Portuguesas como “Curso de
Pisteiro de Combate”, seria no
futuro ministrado em Angola,
exclusivamente, no Batalhão de
Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) e em
Moçambique no Centro de
Instrução de Vila
Pery.
No final do Curso com uma
classificação de BOM+, o
Sargento PQ José António
Fernandes foi o Primeiro
Classificado, nascendo uma
verdadeira lenda entre os
Pisteiros de Combate,
considerado o melhor Pisteiro de
Angola.
Exerceu
as funções de Pisteiro de
Combate nas Equipas de Pisteiros
da Companhia de Materiais e
Infraestruturas (CMI) do
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE
OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do
Comando da Região Aérea n.º 2
(COMRA2) «FIDELIDADE E
GRANDEZA»;
Pela Portaria de 25 de Maio de
1971, agraciado com a Medalha de
Mérito Militar de 4.ª classe por
feitos em combate no teatro de
operações da Guiné, publicada na
Ordem à Aeronáutica n.º 18 – 3.ª
série de 1971:
Primeiro-Sargento
Pára-Quedista
JOSÉ ANTÓNIO FERNANDES
CCP122 – BCP12
Guiné
Medalha de Mérito Militar de 4.ª
Classe
Por Portaria de 25 de Maio de
1971
Pelo comandante da Zona Aérea de
Cabo Verde e Guiné foi louvado:
Porque durante o tempo que
prestou serviço na Guiné revelou
possuir elevado grau de
qualidades militares e morais de
coragem, espírito de sacrifício,
camaradagem e sangue-frio que o
creditam como um graduado de
muito valor.
Muito dinâmico, inteligente,
cheio de iniciativa, severo,
enérgico e dotado de
extraordinária coragem,
conseguiu mais uma vez frente ao
inimigo pelo seu exemplo,
arrastar os seus homens ao
cumprimento de missões de
inegável dificuldade.
Dotado de invulgar resistência
física e de espírito de
sacrifício notável, tendo sido
gravemente ferido no decorrer de
uma operação, apesar de
permanecer com acordo, aguentou
todo o trajecto de maca até ao
quartel das Nossas Tropas que
ficava mais próximo, que levou
algumas horas a fazer, mantendo
sempre ânimo elevado e
encorajando os camaradas apesar
do estado em que se encontrava.
Tendo sido consequência de
ferimentos, evacuado do teatro
operacional, regressou logo que
o seu estado lhe permitiu, tendo
voltado ao seu antigo cargo,
apesar de ter ficado
parcialmente impossibilitado de
utilizar como anteriormente, uma
das mãos.
Muito educado, duma franqueza e
lealdade ímpares, disciplinado e
disciplinador, este militar deve
ser considerado como exemplo do
Sargento das Tropas
Pára-Quedistas e é credor da
estima e consideração dos
superiores e superiores e
subordinados.
Do relatório da operação
“JACARÉ”, ocorrido em Angola, na
Serra da Canda, no período de 04
a 07 de Setembro de 1971:
“Saliento
o 1.º Sargento Pára-Quedista
Fernandes pelo brilhante exemplo
que é dum militar perfeitamente
consciente do seu dever que não
se poupa a riscos e sacrifícios
apesar do seu precário estado de
saúde, ultrapassando tudo e
todos até ao esgotamento físico,
para êxito da operação que a ele
se deve em grande parte. Quer
arrastando com o seu magnífico
exemplo e entusiasmo, quer
marcando a pista com os seus
invulgares conhecimentos
técnicos, quer ainda sempre à
frente do Grupo de Combate
peremptório e corajoso na
perseguição do inimigo, ele é um
elemento precioso que soube
galvanizar todo o pessoal,
apesar do reduzido efectivo das
Tropas Pára-Quedistas que o
acompanhavam, face a um inimigo
muito mais numeroso w acossado,
até ao contacto e aniquilamento
das forças adversárias.
Posteriormente foi ainda o 1.º
Sargento Fernandes que
desembarcou sozinho para
aprisionar o chefe do grupo
inimigo, apesar de avisado do
perigo que corria contra dois
elementos inimigos armados de
metralhadoras e espingarda em
campo aberto, sem conhecimento
se se encontravam ou não feridos
e prontos a actuar, revelando-se
mais uma vez um graduado de rara
audácia, bravura, extraordinário
sangue-frio e desprezo pelo
perigo.”
Pela Portaria de 06 de Maio de
1972, agraciado com a Medalha de
Prata de Valor Militar com
Palma, por feitos em combate no
teatro de operações de Angola,
publicada na Ordem à Aeronáutica
n.º 14 – 3.ª série de 1972:
Primeiro-Sargento
Pára-quedista
JOSÉ ANTÓNIO FERNANDES
BCP21
Angola
Medalha de Prata de Valor
Militar com Palma
Por Portaria de 6 de Maio de
1972
Considerado como dado pelo
Secretário de Estado da
Aeronáutica (SEA), por proposta
do Comandante da 2.ª Região
Aérea, o louvor concedido ao 1.º
Sargento Pára-Quedista José
António Fernandes, do Batalhão
de Caçadores Pára-Quedistas 21
(BCP21), porque, durante todo o
tempo em que prestou serviço no
teatro de operações de Angola,
vivendo intensamente a profissão
das armas, com serenidade e
coerência de atitudes
verdadeiramente notáveis,
demonstrou possuir os mais
elevados dotes de carácter,
decisão e dinamismo,
transmitindo aos seus
subordinados um elevado espírito
de missão e insuflando-lhes pelo
exemplo a própria coragem,
determinação, entusiasmo e
espírito ofensivo, fazendo-se
notar como um brilhante condutor
de homens.
Tendo participado em numerosas
operações, evidenciou
extraordinária e rara abnegação,
valentia e serena energia
debaixo de fogo, incutindo
confiança aos seus homens,
nomeadamente nas operações “
COLHEITA H”, e “ REITERAR”, em
que, mercê de grande capacidade
física, espírito de sacrifício,
invulgares conhecimentos de
pistagem que possui e
determinação com que se empenhou
na exploração das oportunidades
de sucesso que se lhe depararam,
a sua ação foi decisiva para a
captura de guerrilheiros, de
diverso material de guerra e
para a destruição de importantes
meios do inimigo.
De salientar igualmente a sua
atuação na operação “COCA”, em
que, para além de identificar
com mestria e destreza o trilho
inimigo, comandou o seu grupo de
combate com sentido tático,
infligindo aos terroristas
baixas avultadas e apreendendo
valioso material de guerra,
sendo ainda ele que, com grave
risco da própria vida, não
hesitou em saltar sozinho do
helicóptero e lançar-se em campo
aberto na perseguição de um
chefe do grupo inimigo, que
aprisionou.
Possuidor das mais sublimes
virtudes cívicas e militares, o
1.º Sargento Fernandes tendo
sido no decorrer de toda a sua
carreira um exemplo frisante da
mais alta e heroica compreensão
da grandeza do dever militar e
da disciplina, qualidades estas
que o sistema na linha dos
nossos, maiores, resultando da
sua ação honra e lustre para a
Pátria e instituições Militares.
Em 10 de Junho de 1972, perante
as Forças Armadas Portuguesas
reunidas em parada na Praça
Diogo Cão, em Luanda, foi-lhe
imposta a Medalha de Prata de
Valor Militar com Palma:



Em
1973, foi considerado abrangido
com direito ao uso da insígnia
da condecoração
colectiva
da Medalha de Ouro de Valor
Militar, com palma, concedida ao
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE
OUSADA
MAIS
QUE QUANTAS»,
publicado no Diário do Governo
n.º 43, 2.ª série, de 20 de
Fevereiro de 1973;
Em Novembro de 1975, regressou à
Metrópole e ao Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP -
Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS
SE CONHEÇAM»;
Em 20 de Junho de 1973,
promovido por distinção ao posto
de Alferes do Quadro do Serviço
Geral Pára-Quedista, publicado
no no Diário do Governo n.º 149
- II Série de 27 de Junho de
1973, na Ordem à Aeronáutica n.º
22 – 2.ª série de 1973 e na
Ordem de Serviço n.º 262 do
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21, de 08 de
Novembro de 1973:
Primeiro-Sargento
Pára-quedista
JOSÉ ANTÓNIO FERNANDES
Ordem de Serviço n.º 262 do
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21, de 08 de
Novembro de 1973
PROMOÇÃO POR DISTINÇÃO
Para todos os efeitos
comunica-se que, conforme
Decreto de 20 de Junho de 1973,
e nos termos dos artigos 1.º e
3.º n.º 3, Decreto-Lei n.º
626/70, é promovido por
distinção a Alferes do Quadro do
Serviço Geral Pára-quedista,
contando a antiguidade desde 27
de Junho de 1973, data de
publicação do diploma de
promoção, de acordo com a
redacção do mesmo e o constante
no Diário do Governo n.º 149 -
II Série de 27 de Junho de 1973.
Considerando que o
Primeiro-Sargento Pára-quedista
José António Fernandes
demonstrou grandes qualidades
militares em várias comissões
que tem sido chamado a cumprir
tanto em Angola como na Guiné.
Considerando que em numerosas
missões de combate se houve com
elevado espírito de missão,
excepcional entusiasmo, lucidez
e abnegação, tendo sido
agraciado com as medalhas de
serviços distintos, com palma, e
de valor militar;
Considerando que sempre
demonstrou grandes conhecimentos
de pistagem e tácticas de
contra-subversão, não se
poupando a riscos pessoais e
oferecendo-se para os lugares de
maior perigo, a fim de levar a
termo as operações em que estava
empenhado;
Considerando ainda as qualidades
reveladas na chefia dos seus
homens, levando-os com o seu
exemplo a conseguirem sucessivos
êxitos, e os actos de coragem
física e moral praticados;
Considerando que o
primeiro-sargento Pára-quedista
Fernandes reúne as condições a
que se refere o artigo 1.º do
Decreto-Lei n.º 626/70 em grau
excepcional, de forma a
justificar a aplicação do artigo
3.º do referido diploma, segundo
parecer unânime do Conselho
Superior da Aeronáutica;
Usando da faculdade conferida
pelo n.º 4.º do artigo 109.º da
Constituição, o Governo decreta
o seguinte:
Artigo único.
O Primeiro-Sargento
Pára-Quedista José António
Fernandes é promovido ao posto
de Alferes do Quadro do Serviço
Geral Pára-Quedista, contando a
antiguidade desde a data da
publicação deste diploma.
Marcelo Caetano - Horácio José
de Sá Viana Rebelo - José
Pereira do Nascimento.
Assinado em 20 de Junho de 1973
Publique-se.
O presidente da República,
AMÉRICO DEUS RODRIGUES THOMAZ.

Como Tenente Pára-Quedista na
Base Escola das Tropas
Pára-Quedistas (BETP)
Em
1973, distinguido com o prémio
“Almirante Américo Tomaz";
Passou
à reserva no inicio dos anos 80
com o posto de Capitão do
Serviço Geral Pára-Quedista e
devido ao processo de Deficiente
das Forças Armadas (DFA) foi
graduado em Tenente-Coronel;
Em 2007, pelo despacho n.º
18560/2007, do Ministro da
Defesa Nacional, é lhe concedido
a Medalha dos Feridos em
Campanha, publicado no Diário da
República n.º 159 – Série II,
página 23787, de 20 de Agosto de
2007.
Faleceu no dia 23 de Dezembro de
2019, em Tomar.
Paz à sua Alma

