"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
|
HONRA E GLÓRIA
e
nota de óbito |
Elementos cedidos pelo PQ
Pedro Castanheira |
Faleceu no dia 8 de Novembro de
2018 o veterano
Domingos
da Silva Sousa Barros
Major do Serviço Geral Pára-Quedista
na situação de reforma
Angola: Nov1961 a Fev1965
4.º Pelotão da 2.ª Companhia de
Caçadores Pára-Quedistas do Batalhão
de Caçadores Pára-Quedistas 21
«GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»
2.ª Região Aérea «FIDELIDADE E
GRANDEZA»
Guiné: 03Abr1968 a Out1969
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas 121 do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 12 «UNIDADE
E LUTA»
Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné
«ESFORÇO E VALOR»
Guiné: 12Nov1971 a 10Dez1973
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas 122 do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 12 «UNIDADE
E LUTA»
Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné
«ESFORÇO E VALOR»
Cruz de Guerra de 3.ª classe
Medalha de Cobre de Serviços
Distintos com Palma
Medalha de Mérito Militar de 3.ª
classe
Medalha de Feridos em Campanha
Medalha Comemorativa das Campanhas e
Comissões de Serviços Especiais com
a legenda “Angola 1961 – 65”
Medalha Comemorativa das Campanhas e
Comissões de Serviços Especiais com
a legenda “Guiné 1968 – 69”
Medalha Comemorativa das Campanhas e
Comissões de Serviços Especiais com
a legenda “Guiné 1971 – 73”
Domingos da Silva Sousa Barros,
Major do Serviço Geral Pára-Quedista
na situação de reforma, nascido no
dia 12 de Março de 1941, na
Província Ultramarina de São Tomé e
Príncipe;
Em
17 de Abril de 1961, incorporado no
Regimento de
Caçadores
Pára-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE
NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»,
tendo feito a recruta na Base Aérea
n.º 3 (BA3 – Tancos) «RES NON
VERBA»;
Em Julho de 1961, frequentou o 14.º
Curso de Pára-quedismo Militar e
obteve o brevet n.º 1393;
Em Novembro de 1961, mobilizado pelo
Regimento de
Caçadores
Pára-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE
NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM» para
servir Portugal na Província
Ultramarina
de Angola, integrado no 4.º Pelotão
da 2.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas (2ªCCP) do Batalhão d
Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21)
«GENTE
OUSADA
MAIS QUE QUANTAS», da 2.ª Região
Aérea «FIDELIDADE E GRANDEZA»;
Em
Fevereiro de 1965 e regressa à
Metrópole e ao Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP –
Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE
CONHEÇAM»;
Já no fim da comissão na Província
Ultramarina de Angola foi ferido em
combate;
Em 15 de Abril de 1965, condecorado
com a Medalha Comemorativa das
Campanhas e Comissões de Serviços
Especiais com a legenda “Angola 1961
– 65”;
Em 10 de Maio de 1965, frequenta o
Curso de Cabos;
Mais
tarde, frequenta o Curso de
Furriéis;
No dia 11 de Setembro de 1966,
promovido a Furriel Pára-Quedista;
No dia 3 de Abril de 1968,
mobilizado pelo Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP –
Tancos) «QUE NUNCA POR
VENCIDOS
SE CONHEÇAM» para servir Portugal na
Província Ultramarina de Guiné,
integrado na Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas 121
(CCP121)
do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 12 (BCP12) «UNIDADE E
LUTA», da Zona Aérea de Cabo Verde e
Guiné (ZACVG) «ESFORÇO E VALOR»;
Em
Outubro de 1969, regressa à
Metrópole e ao Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP –
Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE
CONHEÇAM», para frequentar o curso
de Sargentos Pára-Quedistas;
No ano de 1969, condecorado com a
Medalha Comemorativa das Campanhas e
Comissões de Serviços Especiais com
a legenda “Guiné 1968 – 69”;
Em 11 de Maio de 1971, agraciado com
a Medalha de Cobre de Serviços
Distintos com Palma:
Segundo
Sargento Pára-quedista
DOMINGOS DA SILVA SOUSA BARROS
Medalha de Cobre de Serviços
Distintos com Palma
Por Portaria de 11 de Maio de 1971
Considerado como dado pelo
Secretário de Estado da Aeronáutica
(SEA), por proposta do Comandante da
Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné
(ZACVG), o louvor concedido ao 2.º
Sargento Pára-Quedista Domingos da
Silva Sousa Barros, pelos serviços
prestados no Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 12 (BCP12), onde,
durante cerca de 18 meses,
demonstrou possuir qualidades
militares que fazem dele um graduado
de valor, que se impôs à admiração e
consideração de todos que com ele
serviram.
Trabalhador incansável e excepcional
condutor de homens em combate, foi
um precioso auxiliar dos seus
comandantes, de quem rapidamente
conquistou a confiança pela
competência, disciplina, coragem e
capacidade de decisão que demonstrou
nas situações mais difíceis.
Tomou parte em mais de três dezenas
de operações e foi citado no
Relatório de Operações “AQUILES I
(7.ª fase), na qual, em confirmação
da capacidade de comando que sempre
tem revelado, se colocou à frente da
sua secção e manobrou com grande
dinamismo e ousadia, conseguindo com
coragem, bravura e determinação
vencer a forte resistência que o
inimigo oferecia, provocando-lhes
baixas confirmadas. Na perseguição
que comandou, mais uma vez de baixo
de nutrido fogo inimigo e num
terreno desabrigado, lançou o
assalto, dando o exemplo de
combatente que não teme o risco,
obrigando o inimigo a retirar com
mais baixas, estas acções em que a
coragem, decisão e sangue-frio
demonstradas, foram decisivas para o
êxito da missão, confirmaram as suas
qualidades de combatente de elite e
de excepcional valor.
Aos
factos apontados, à experiência de
combate e ao seu entusiasmo, deve o
seu pelotão muitos dos êxitos
obtidos, tendo deles resultado
prestígio para as Forças Armadas,
pelo que os serviços merecem ser
considerados extraordinários,
relevantes e distintos.
Em 12 de Novembro de 1971, novamente
mobilizado para servir Portugal na
Província Ultramarina de Guiné,
integrado na Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas 122 (CCP122) do
Batalhão
de
Caçadores Pára-Quedistas 12 (BCP12)
«UNIDADE E LUTA», da Zona Aérea de
Cabo Verde e Guiné (ZACVG) «ESFORÇO
E VALOR»;
Em 10 Junho de 1973, perante as
Forças Armadas Portuguesas reunidas
em parada na Praça do Império, em
Bissau, foi-lhe imposta a Medalha de
Cobre de Serviços Distintos com
Palma;
Em 2 de Novembro de 1973, agraciado
com a Medalha da Cruz de Guerra de
3.ª classe:
Segundo Sargento Pára-quedista
DOMINGOS DA SILVA SOUSA BARROS
Medalha
da Cruz de Guerra de 3.ª Classe
Ordem de Serviço n.º 57 do
Comando-Chefe das Forças Armadas da
Guiné, de 2 de Novembro de 1973
Sua Excelência o General
Comandante-Chefe das Forças Armadas
da Guiné, por seu despacho de 11 de
Outubro de 1973, louvou o 2.º
Sargento Pára-quedista DOMINGOS DA
SILVA SOUSA BARROS, pela maneira
brilhante como tem desempenhado
todas as tarefas que lhe têm sido
distribuídas ao longo de 14 meses de
serviço na Companhia de Caçadores
Pára-quedistas n.º 122.
No desenvolvimento da sua actividade
operacional, no desempenho das
funções de adjunto de Comandante de
Pelotão e Comandante de Pelotão
Interino, as suas altas qualidades
militares cedo se evidenciaram,
pois, tendo tomado parte na quase
totalidade das acções e operações
pela sua Companhia, sempre
demonstrou forte espírito de missão
e capacidade de chefia, galvanizando
os homens sob o seu comando com o
exemplo da sua acção.
A sua actuação nas operações “TAREFA
INGENTE” e “GRANDE EMPRESA” em que
as nossas tropas sofreram algumas
baixas em frequentes e fortes
contactos com inimigo, mereceu-lhe
citações em que se realçaram as suas
qualidades de chefia, sangue-frio
debaixo de fogo e a sua influência
no bom êxito das operações.
Pelas sobejas provas de coragem,
valentia e serena energia debaixo de
fogo e em frente do inimigo, pelos
serviços prestados no Teatro de
Operações da Guiné e pela
contribuição da sua acção para a
obtenção dos muitos apreciáveis
resultados conseguidos pela sua
Companhia, merece o 2.º Sargento
Pára-quedista DOMINGOS BARROS ser
apontado à consideração pública como
exemplo de graduado excepcional e
que vem servindo a Pátria com
extrema devoção.
Em
10 de Dezembro de 1973 regressa à
Metrópole;
No ano de 1973, condecorado com a
Medalha Comemorativa das Campanhas e
Comissões de Serviços Especiais com
a legenda “Guiné 1971 – 73”;
Após o 25 de Abril de 1974, é
colocado como segurança na Casa
Militar da Presidência da República;
Em 1 de Agosto de 1982, promovido a
Alferes do Serviço Geral
Pára-Quedista;
Em 1 de Agosto de 1983, promovido a
Tenente do Serviço Geral Pára-Quedista;
Em 1 de Agosto de 1986, promovido a
Capitão do Serviço Geral
Pára-Quedista;
Na década de 80, agraciado com a
Medalha de Mérito Militar de 3.ª
Classe;
Em 1 de Janeiro de 1997, promovido a
Major do Serviço Geral
Pára-Quedista;
Em 1 de Fevereiro de 1999, passou à
reserva
Faleceu no dia 8 de Novembro de 2018
Paz à sua Alma.