José
Maria da Silva Gonçalves, Major de
Cavalaria Pára-Quedista na situação de
reforma
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para preservação
do nosso orgulho
como Portugueses, elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
 |
HONRA E
GLÓRIA
e
nota de
óbito |
Elementos
cedidos
pelo PQ
Pedro Castanheira
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arquivo do SMor PQ Serrano Rosa |
Faleceu no dia 01 de Julho de 2022 o
veterano
José
Maria da Silva Gonçalves
Major
de Cavalaria Pára-Quedista na situação
de reforma
(conhecido pelo "Capitão ARU")

Angola: Jan1967 a Abr1967
2.ª
Companhia de Caçadores Pára-Quedistas
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21
«GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»
2.ª Região Aérea «FIDELIDADE E GRANDEZA»
Moçambique: Abr1967 a Jan1969
Comandante do 1.º Pelotão da
1.ª
Companhia de Caçadores Pára-Quedistas
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 32
«FAMOSA GENTE A GUERRA USADA»
3.ª Região Aérea «LEALDADE E CONFIANÇA»
Angola: Set1969 a Nov1973
Comandante do 2.º Pelotão da
1.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas «IRMÃOS DE MARTE»
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21
«GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»
2.ª Região Aérea «FIDELIDADE E GRANDEZA»
Medalha de Ouro de Valor Militar com
Palma Colectiva
Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 21
Cruzes
de Guerra de 3.ª e 4.ª classes
Medalha de Prata de Serviços Distintos
com palma

José
Maria da Silva Gonçalves, Major de
Cavalaria Pára-Quedista na situação de
reforma, conhecido pelo “Capitão ARU”,
nascido no dia 08 de Abril de 1946, na
freguesia de
Quintiães,
concelho de Barcelos, distrito de Braga;
Em 04 de Agosto de 1965, incorporado no
Regimento
de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos)
«QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»;
Autorizado a frequentar o Curso de
Oficiais Milicianos (COM) na Escola
Prática de Infantaria (EPI - Mafra) «AD
UNUM»;
Em 22 de Julho de 1966, como
Aspirante-a-Oficial Miliciano, frequenta
no Regimento de Caçadores Pára- Quedistas
(RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS
SE CONHEÇAM» o 36.º Curso de
Paraquedismo
Militar,
tendo concluiu em 16 de Setembro de 1966
e foi-lhe concedido o brevet n.º 4119;

Em
Dezembro de 1966, promovido a Alferes
Miliciano Pára-Quedista;
Em Janeiro de 1967, mobilizado pelo
Regimento de Caçadores Pára-Quedistas
(RCP -
Tancos)
«QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»
para servir Portugal
na
Província Ultramarina de Angola,
integrado na 2.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas (2ªCCP) do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21)
«GENTE OUSADA
MAIS
QUE QUANTAS» da 2.ª Região Aérea (2ªRA)
«FIDELIDADE E
GRANDEZA»;
Em Abril de 1967, transferido para a
Província Ultramarina de Moçambique onde
vai comandar o 1.º Pelotão da 1.ª
Companhia de Caçadores Pára-Quedistas
(1ªCCP) [a primeira companhia formada no
BCP32] do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 32 (BCP32) «FAMOSA GENTE
A GUERRA USADA» da 3.ª Região Aérea
(3ªRA) «LEALDADE E CONFIANÇA»;

Em
Janeiro de 1969, regressou à Metrópole e
ao
Regimento de Caçadores Pára-Quedistas
(RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS
SE CONHEÇAM»;
Louvado por feitos em combate no teatro
de operações de Moçambique, publicado na
Ordem de Serviço n.º 006 do Comando da
Região Aérea n.º 3 (ComRA3) «LEALDADE E
CONFIANÇA»;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, pela Portaria de
14 de Maio de 1969, publicado na Ordem à
Aeronáutica n.º 16 – 2.ª série, de 10 de
Junho de 1969:
Alferes
Miliciano Pára-Quedista
JOSÉ MARIA DA SILVA GONÇALVES
Medalha da Cruz de Guerra de 4ª Classe
Por
Portaria de 14 de Maio de 1969
Louvo o oficial abaixo mencionado porque
em 2 anos de serviço no Ultramar, sempre
se revelou combatente arrojado e tenaz,
oficial entusiasta, capaz e bem-adaptado
ao tipo de guerra em que vem sendo
empenhado.
Tomado como exemplo e muito admirado
pelos seus homens, incutiu um muito
elevado espírito de corpo no seu pelotão
e preparou-o e conduziu-o de modo a
obter sucessivos êxitos cumprindo sempre
eficazmente as missões atribuídas e
aceites com permanente galhardia, mesmo
quando exigem extraordinário esforço e
risco.
Numa recente operação na ZIN, como
comandante do GC que seguia na testa da
coluna, imprimiu a esta um movimento
regular e rápido quanto compatível com a
segurança de um deslocamento noturno.
Chamou a si a responsabilidade de
desmontar duas armadilhas inimigas e
fê-lo com habilidade e segurança.
Em cautelosa progressão durante uma
noite inteira e através de zonas
densamente habitadas, marchando largo
tempo em “passo fantasma“ e actuando
astuciosamente, contornou várias
sanzalas habitadas e conseguiu
acercar-se do objetivo.
Quando o abordava e preparava o assalto,
tendo só então sido detectado, reagiu
imediata e violentamente pelo fogo, com
os poucos elementos que tinha junto a
si, avançando logo na testa dos seus
homens, a peito descoberto, foi o
primeiro a penetrar e atravessar a base
ainda debaixo de fogo desalojando e
pondo em debandada o IN a quem causou
baixas e capturou apreciável armamento.
Pelas qualidades evidenciadas,
igualmente em outras operações, o
ALFM/PARA GONÇALVES tem servido em
combate de modo a honrar
extraordinariamente as Tropas
Pára-quedistas e prestigiar a Força
Aérea, o:
ALFM/PARA JOSÉ MARIA DA SILVA GONÇALVES.
Em
Setembro de 1969, mobilizado pelo
Regimento de
Caçadores
Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA
POR VENCIDOS SE CONHEÇAM» para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Angola, como comandante do 2.º Pelotão
da 1.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas
21 (BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE
QUANTAS» do Comando da Região Aérea n.º
2 (RA2) «FIDELIDADE E GRANDEZA»;
Em Dezembro de 1968, promovido a Tenente
Miliciano Pára-Quedista;
Louvado por feitos em combate no teatro
de operações de Angola, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas de
Angola, de 12 de Abril de 1972,
publicado na Ordem de Serviço n.º 20, de
18 de Abril de 1972, do Comando-Chefe
das Forças Armadas de Angola;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas de
Angola, de 23 de Março de 1972,
publicado na Ordem a Aeronáutica n.º 11
– 2.ª série, de 20 de Abril de 1972:
Tenente
Miliciano Pára-quedista
JOSÉ MARIA DA SILVA GONÇALVES
Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª Classe
Por
despacho do CCFAA de 23 de Março de 1972
Por despacho de 12 de Abril de 1972, o
General Comandante-Chefe, louva:
O Tenente Mil.º Para-quedista - JOSÉ
MARIA DA SILVA GONÇALVES do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas n.º 21 pela
forma altamente honrosa como no decorrer
de numerosas missões de combate no
teatro de operações de Angola, comandou
o seu pelotão, impondo-se como um chefe
de eleição, quer através de rasgos
pessoais de admirável coragem e
abnegação quer pela forma indefectível
como conduziu os seus homens nas
situações mais difíceis e arriscadas.
A sua actuação frente ao inimigo, plena
de audácia, decisão, sangue-frio e
serena energia debaixo de fogo, foi de
extraordinária relevância, contribuindo
de maneira indelével para os excelentes
resultados operacionais alcançados pela
companhia a que pertence.
De destacar o seu comportamento nas
operações “PANTERA” e “REX 2D” em que,
tendo sido surpreendido por violento
tiroteio, quando acompanhado de um
reduzido efectivo procedia ao
reconhecimento de locais onde os
bandoleiros se acoitavam, o Tenente
GONÇALVES, lançando-se decididamente ao
assalto com total desprezo pelo perigo,
galvanizou com a sua acção os soldados
sob o seu comando que o seguiram
cegamente e com ímpeto que aniquilaram o
inimigo, a quem provocaram baixas e
destruíram importantes meios de vida.
De igual modo se houve na operação
“COCA” ao perseguir com inflexível
tenacidade um numeroso grupo de
guerrilheiros, cujo alcance só foi
possível mercê de ingente esforço. Não
obstante isso e a despeito da flagrante
inferioridade numérica da força que
comandava, conseguiu destroçar o grupo
inimigo fortemente armado,
infligindo-lhe pesadas baixas fazendo
prisioneiros e apreendendo diverso
material de guerra.
Pela excepcional envergadura dos seus
feitos, o Tenente GONÇALVES é credor, de
alta distinção e digno de ser apontado
como um exemplo de oficial que muito
honra as tropas Pára-quedistas que
devotamente serve.
No dia 10 de Junho de 1972, perante as
Forças Armadas Portuguesas reunidas em
parada na Praça Diogo Cão, em Luanda,
foi-lhe imposta a Medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe:


Em 01 de Dezembro de 1972, promovido a
Capitão Miliciano;
Agraciado com a
Medalha de Ouro de Valor Militar com
Palma Colectiva - Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE OUSADA
MAIS QUE QUANTAS» da 2.ª Região Aérea
(2ªRA) «LEALDADE E CONFIANÇA»
- publicado no Diário de Governo n.º 43
– 2.ª série, em 20 de Fevereiro de 1973;

Em Novembro de 1973, regressou à
Metrópole
e ao
Regimento de Caçadores Pára-Quedistas
(RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS
SE CONHEÇAM»;
Em
1974 ingressa na Academia Militar (AM)
«DULCE ET DECORUM EST PRO PATRIA MORI»
onde frequenta o Curso de Cavalaria;
Em 01 de Agosto de 1976, após a
conclusão do Curso de Cavalaria,
promovido a Alferes do Quadro Permanente
Pára-Quedista e graduado em Capitão;
Em
1976, colocado na Escola Prática de
Cavalaria (EPC – Santarém) «AO
GALOPE!... À CARGA!» - «MENS AGITAT
MOLEM», onde frequenta um estágio;
Em 1976, após o estágio, colocado no
Corpo de Tropas Pára-Quedistas (CTP)
«HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL GENTE»;
Louvado por feitos em combate no teatro
de operações
de
Angola, face aos 4 anos de comissão no
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21
(BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»
do Comando da Região Aérea n.º 2 (RA2)
«FIDELIDADE E GRANDEZA», por despacho do
Chefe do Estado-Maior General das Forças
Armadas, de 23 de Dezembro de 1976, com
base na proposta do Comandante Chefe das
Forças de Angola, publicado na Ordem de
Serviço n.º 100, de 25 de Maio de 1977,
da Base Operacional de Tropas
Pára-Quedistas n.º 1 (BOTP1 - Monsanto,
Lisboa) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»;
Agraciado com a Medalha de Prata de
Serviços Distintos com Palma, publicado
na Ordem à Ordem Aeronáutica n.º 22 –
2.ª série, de 1977:
Capitão
Miliciano Pára-quedista
JOSÉ MARIA DA SILVA GONÇALVES
Medalha de Prata de Serviços Distintos
com Palma
Despacho do Chefe do Estado-Maior
General das Forças Armadas (CEMGFA) de
23 de Dezembro de 1976
Manda o Chefe do Estado Maior General
das Forças Armadas, com base em proposta
do Comandante Chefe das Forças de
Angola, louvar o Capitão Miliciano
Pára-quedista abaixo mencionado, pela
notável actividade desenvolvida, não só
na parte operacional, como nas demais
missões que lhe foram confiadas, no
decorrer dos 4 anos de comissão no
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21.
Apesar do ritmo de trabalho elevado a
que foi sujeito, nunca se notou da sua
parte qualquer quebra de rendimento,
desempenhando as mais variadas, difíceis
e arriscadas missões que lhe foram
confiadas, com o dinamismo e entusiasmo
que lhe são peculiares, numa afirmação
constante da sua vontade e perseverança.
A elevada confiança que nele sempre
depositaram os homens que comandava,
levaram-no a ser apontado como um chefe
nato, conseguindo sempre, de qualquer
massa humana, rendimentos elevados em
qualquer campo.
A excelente intervenção no decorrer da
operação “REMIR”, no assalto a um
acampamento adversário, de que resultou
a sua desarticulação e captura de
material, demonstrou o alto grau de
experiência e capacidade técnica
acumulada ao longo de 6 anos de luta de
contra-guerrilha. nos períodos do seu
justo descanso, nunca se poupou a
esforços para transmitir, através de
instruções de carácter técnico-tácticos,
o seu saber, de que muitos beneficiaram
e mais tarde viriam a colher os seus
frutos.
O zelo e o elevado espírito de missão,
acompanhados duma notável firmeza de
carácter, estiveram sempre presentes na
sua actividade, numa afirmação constante
de elevado sentido das responsabilidades
e capacidade de chefia, de que o Capitão
GONÇALVES deu provas, devendo os
serviços por si prestados ser
considerados extraordinários, relevantes
e distintos.
Em 01 de Agosto de 1977, promovido a
Tenente do Quadro Permanente
Pára-Quedista;
Em 01 de Janeiro de 1982, entra em
licença ilimitada;
Em Janeiro de 1983, como Capitão do
Quadro Permanente Pára-Quedista, passa à
reserva;
Em Janeiro de 1992, como Major do Quadro
Permanente Pára-Quedista, passa à
situação de reforma;
Faleceu no dia 01 de Julho de 2022.
Paz à sua Alma
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Reconstituição da carreira militar nos
diferentes postos do Major de Cavalaria
Pára-Quedista José Maria da Silva
Gonçalves:
Portaria n.º 711/2002 (2.ª série), de
6 de Maio
Publicação:
Diário da
República n.º 104/2002, Série lide
2002-05-06, páginas 8273 - 8273
Emissor:
Ministério da Defesa Nacional - Exército
- Comando do Pessoal - Direcção de
Administração e Mobilização do Pessoal -
Repartição de Pessoal Militar Permanente
Data
de Publicação:
2002-05-06
Portaria n.º 711/2002 (2.a série). - Por
portaria de 4 de Abril de 2002 do
general Chefe do Estado-Maior do
Exército, foi promovido ao posto de
major e reconstituída a carreira do
militar nos diferentes postos, por se
encontrar abrangido pelo artigo 1.º e
pela alínea b) do artigo 2.º, ambos da
Lei n.º 15/2000, de 8 de Agosto,
conjugado com a redacção dada pela
Declaração de Rectificação n.º 15/2000,
de 7 de Novembro, o:
CAP CAV PQ (REF) 00001414, José Maria da
Silva Gonçalves.
Com a aplicação da citada lei
compete-lhe a correcção da antiguidade
conforme se indica:
Alferes, com a antiguidade de 1 de
Novembro de 1967;
Tenente, com a antiguidade de 1 de
Dezembro de 1968;
Capitão, com a antiguidade de 3 de
Dezembro de 1970;
Major, com a antiguidade de 31 de Agosto
de 1981.
Fica intercalado na escala de
antiguidade da sua arma à esquerda do
então major cavalaria 06097763, José
Paulo Montenegro de Mendonça Falcão, e à
direita do major cavalaria 00352965,
Fernando José Salgueiro Maia.
Considerando a antiguidade no posto de
major (31 de Agosto de 1981), a data
desde quando foi desligado da
efectividade do serviço pela passagem à
situação de reserva (1 de Outubro de
1984) e a data desde quando transitou
para a situação de reforma (31 de
Dezembro de 1992), tem direito à
remuneração pelo seu posto no 2.°
escalão, índice 345, nos termos do n.º 2
do artigo 15.° do Decreto-Lei n.º 57/90,
de 14 de Fevereiro. Os efeitos
financeiros da presente correcção
produzem-se em conformidade com o
estabelecido no artigo 4.º da Lei n.º
15/2000, de 8 de Agosto.
9 de Abril de 2002. - O Chefe da
Repartição, José Caetano Almeida e
Sousa, COR ART.
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