Luís Manuel Lopes, 1.º Cabo Pára-Quedista, n.º 678/67
"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom
que para preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
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HONRA E GLÓRIA
e
nota de óbito |
Elementos cedidos pelo PQ Pedro
Castanheira |
Faleceu no dia 13 de Janeiro de 2025 o veterano
Luís Manuel Lopes
1.º Cabo Pára-Quedista,
n.º 678/67

Moçambique: Ago1968 a Ago1969
2.º Pelotão da 2.ª Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 31 «HONRA-SE A
PÁTRIA DE TAL GENTE»
3.ª Região Aérea «LEALDADE E CONFIANÇA»
Açores – Angra do Heroísmo: Ago1969
a 1971 (?)
Hospital da Base Aérea n.º 4
Cruz de Guerra de 1.ª classe, Colectiva
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 31
Cruz de Guerra de 3.ª classe
Medalha Comemorativa das Campanhas e Comissões de
Serviços Especiais com a legenda “Moçambique 1968 – 70”

Luís Manuel Lopes, 1.º Cabo Para-Quedista n.º 77/67,
nascido no dia 24 de Dezembro de 1946, na cidade de
Coimbra;
Em
16 de Agosto de 1967, incorporado no Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE NUNCA POR
VENCIDOS SE CONHEÇAM», onde frequentou o 3.º turno de
1967 (recruta);
Em 22 de Dezembro de 1967, concluiu o 44.º curso de
paraquedismo militar e obteve o brevet 5758;


Em
Agosto de 1968, mobilizado pelo Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE
CONHEÇAM» para servir Portugal na Província Ultramarina
de Moçambique, integrado no 2.º Pelotão da 2.ª Companhia
de
Caçadores
Pára-Quedistas (2ªCCP) do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 31 (BCP31) «HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL
GENTE» da 3.ª Região Aérea (3ªRA) «LEALDADE E
CONFIANÇA»;
Para
visualização dos conteúdos clique nos sublinhados que se
seguem:
Ferido com gravidade no início da
operação “FARPA”, a qual decorreu
no período de 12 a 15 de Agosto de 1969
(texto da autoria do Sargento PQ Celso Feijão);
Mais tarde evacuado para a Metrópole, tendo sido
internado
no Hospital da Base Aérea n.º 4 (BA4), em Terra Chã, na
cidade de Angra do Heroismo, nos Açores, onde recuperou
das múltiplas fracturas;
Agraciado com a
Medalha da Cruz de Guerra de 1.ª
classe, colectiva, imposta ao Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 31 «HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL GENTE»,
pelo Decreto n.º 49109, de 9 de Julho de 1969, publicado
no Diário do Governo n.º 159/1969, Série I de 9 de Julho
de 1969;
Pela Portaria de 26 de Julho de 1971, louvado e
agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe
por feitos em combate no teatro de operações de
Moçambique:
Primeiro
Cabo Pára-quedista
LUIS MANUEL LOPES
Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª
Classe
Por Portaria de 26 de Julho de
1971
Considerado como dado pelo
Secretário de Estado da Aeronáutica, por proposta do
Comandante da 3ªRA (3.ª Região Aérea), o louvor
concedido ao 1.º Cabo Para-Quedista n.º 77/67 Luís
Manuel Lopes, do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas
31, porque, servindo numa Companhia de Caçadores de
Combate, durante 17 meses e tomando parte em quase todas
as operações desta subunidade, sempre se revelou um
elemento generoso, valente, dotado de espírito de
sacrifício e elevada noção do dever.
Militar extraordinariamente desembaraçado, o seu
trabalho no decorrer das diversas operações em que tomou
parte, revelou um combatente de eleição, merecendo dos
seus superiores os mais rasgados elogios.
Chefe de equipa dotado de magníficas condições para o
tipo de guerra que se trava, sempre que foi chamado para
desempenhar funções imediatas às do seu posto, cumpriu
de modo brilhante as missões que lhe foram atribuídas.
Especialmente no decorrer da operação “ZANGÃO IV” em
que, integrado numa secção que marchava no meio do
agrupamento, localizou um grupo inimigo, emboscado e com
desprezo total pelo perigo se lançou ao assalto,
galvanizando com o seu exemplo os camaradas sob o seu
comando, de tal modo, que obrigou o inimigo a debandar
com duas baixas comprovadas, conseguindo capturar o
material de guerra que eles transportavam.
Na sua actividade operacional, revelou sempre possuir,
em alto grau, decisão, sangue-frio e serena energia
debaixo de fogo, qualidades que aliadas a apreciáveis
dotes de disciplina lhe granjearam a estima geral,
honrando, com o seu exemplo, as Tropas Pára-quedistas.

Em 1971, passou à situação de disponibilidade;
Em Maio de 1972, foi chamado ao Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE
CONHEÇAM» para se preparar para o 10 de Junho de 1972,
onde iria ser-lhe imposta a Medalha da Cruz de Guerra de
3.ª classe, no entanto, opôs-se a receber a referida
condecoração, porque:

Em 23 de Maio de 2023, no Regimento
de Pára-Quedistas (RP – Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS
SE CONHEÇAM» perante os militares daquele regimento
reunidos em parada, foi-lhe imposta a Medalha
Comemorativa das Campanhas e Comissões de Serviços
Especiais com a legenda “Moçambique 1968 – 70”.

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Nota do PQ Pedro Castanheira:
No passado dia 13 de janeiro, faleceu um grande militar
e ser humano, Luís Lopes, estimado por todos e
respeitado em tempo de paz e em tempo de guerra.
Era em Moçambique, onde cumpria comissão militar, que se
destaca como atleta lutador de Luta Grega/Romana, mas
era demais conhecido o seu dom para a guerra de
guerrilha, destacava-se em todas as operações que
participava, ao ponto dos superiores Pára-quedistas o
proporem para o curso de Furriel, para seguir carreira
como Sargento Pára-quedista, quis o destino que a poucos
dias de embarcar para a metrópole, sofresse durante a
Operação "Farpa" um acidente que o marcaria para toda a
vida, e lhe cortasse o sonho de seguir carreira nas
Tropas Pára-quedistas, e as Tropas Pára-quedistas
perderam mais um valioso elemento, que se distinguia
acima de tudo, pelo enorme carácter, acompanhado de
valores que só os "grandes" possuem.
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Imagem do PQ Aristides Santos:
Data do falecimento na imagem que se segue está errada
é 13Jan2025

