Fernando Lourenço Martins, Alferes Mil.º
de Infantaria, cmdt. de pelotão da CCac1676/BCac1909
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
Fernando
Lourenço Martins
Alferes Mil.º Atirador de Infantaria,
n.º 06101365
Comandante de pelotão
Companhia de Caçadores
1676
Batalhão de Caçadores 1909
«INICIATIVA E ENGENHO»
Angola:
24Abr1967 a
21Jun1969
Cruz de Guerra de 4.ª
classe
Louvor Individual
Fernando Lourenço Martins, Alferes
Mil.º de Infantaria, n.º 06101365, natural de Lourenço
Marques, da Província Ultramarina de Moçambique;
Incorporado
no 1.º turno de 1966, do Curso de Oficiais Milicianos
(COM);
Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 2 (RI2 -
Abrantes)
«EXCELENTE E VALOROSO» para servir Portugal na Província
Ultramarina de Angola;
No dia 15 de Abril de 1967, na Gare Marítima da Rocha do
Conde de Óbidos, embarcou no NTT ‘Vera Cruz’, como
comandante de pelotão na
Companhia
de Caçadores 1676 do Batalhão de Caçadores 1909
«INICIATIVA E ENGENHO», rumo ao porto de Luanda, onde
desembarcou no dia 24 de Abril de 1967;
A sua subunidade de Infantaria, comandada,
sucessivamente, pelos Capitães de Infantaria Francisco
José Ferreira Dias e Francisco Esmeraldo da Gama Prata,
foi colocada em Mucondo; em Março de 1968, marchou para
Luanda onde ficou à ordem do Comando de Defesa de Luanda
(COMDEL); em 14 de Dezembro de 1968, foi deslocada para
a área da Fazenda Margarido; em 20 de Fevereiro de 1969
recolheu a Luanda, assumindo a missão de reserva da
Região Militar de Angola (RMA) «CONSTANTE E FIEL» - «AO
DURO
SACRIFÍCIO
SE OFERECE»; em Abril de 1969, ficou à disposição do
Comando de Defesa de Luanda (COMDEL);
Louvado por feitos em combate no teatro de operações da
Província Ultramarina de Angola, publicado na Ordem de
Serviço n.º 42, de 24 de Maio de 1968, do
Quartel-General da Região Militar de Angola;
Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe,
por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de
Angola, de 18 de Julho de 1968, publicado na Ordem do
Exército n.º 16 – 2.ª série, de 1968 e no Jornal do
Exército n.º 120, página 25, de Fevereiro de 1970;
Após ter cumprido a sua comissão de serviço na Região
Militar de Angola, passou à disponibilidade na Região
Militar de Moçambique.
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Cruz de Guerra de 4.ª
classe
Alferes
Miliciano de Infantaria
FERNANDO LOURENÇO MARTINS
CCac1676/BCac1909 - RI2
ANGOLA
4.ª CLASSE
Transcrição do
Despacho publicado na Ordem do Exército n.º
16 – 2.ª série, de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª
classe, nos termos do artigo 12.º do
Regulamento da Medalha Militar, promulgado
pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de
1946, por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Angola, de 18 de Julho
findo, o Alferes Miliciano de Infantaria,
Fernando Lourenço Martins, da Companhia de
Caçadores n.º 1676 do Batalhão de Caçadores
n.º 1909 - Regimento de Infantaria n.º 2.
Transcrição do
louvor que originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 42, de 24
de Maio de 1968, do Quartel-General da
Região Militar de Angola):
Louvado o Alferes Miliciano de Infantaria,
(06101365), Fernando Lourenço Martins, da
Companhia de Caçadores n.º 1676 do Batalhão
de Caçadores n.º 1909 - Regimento de
Infantaria n.º 2, pelas suas extraordinárias
qualidades de chefe militar, pelo seu
espírito de sacrifício, conhecimentos
militares de intuição natural para este tipo
de guerra, revelados em cerca de nove meses
e actuação na zona de intervenção norte
(ZIN), da Região Militar de Angola.
Sempre voluntário para os locais de maior
perigo, jamais perdeu a sua indómita
coragem, revelando sempre absoluto
sangue-frio, decisão e serena energia
debaixo de fogo.
Exemplo flagrante da sua maneira de agir é a
extraordinária precisão e rapidez com que na
noite de 25 de Dezembro de 1967 conseguiu
com o seu Grupo de Combate, sem baixas,
socorrer um aquartelamento provisório das
Nossas Tropas, cercado havia três horas, por
um numeroso grupo inimigo de cerca de 50 a
70 elementos.
Depois de, no percurso, ter sido sujeito a
uma emboscada e a dois ataques inimigos
realizados a curta distância com armas
automáticas e granadas de mão, junto á ponte
do rio Suége, o Alferes Martins pôs à prova
a sua reconhecida bravura e serena decisão -
adoptando inteligentemente a deslocação a
pé, por escalões, com as viaturas no meio da
formação - conseguindo seguidamente romper o
cerco inimigo, penetrar no aquartelamento,
remuniciar as Nossas Tropas e de colaboração
com as tropas cercadas pôr o inimigo em
debandada.
Este feito é apenas um exemplo da sua
intuição e coragem reveladas nas muitas
acções em que a região onde actua é fértil.
O Alferes Martins possui realmente, em alto
grau, as virtudes que honram um militar em
frente do inimigo.
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Jornal do Exército, ed. 120, pág. 25,
de Fevereiro de 1970