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Nota de óbito

Manuel Neves Tavares de Oliveira, Alferes Mil.º de Artilharia, da CArt565

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

  HONRA E GLÓRIA  

 

Manuel Neves Tavares de Oliveira

 

Alferes Mil.º de Artilharia

 

Comandante de pelotão da

 

Companhia de Artilharia 565

«BRAVOS E SEMPRE LEAIS»

 

Guiné: 18Out1963 a 27Ago1964 (altura em que foi ferido em combate)

 

Cruz de Guerra de 1.ª classe

 

Louvor Individual

 

Manuel Neves Tavares de Oliveira, Alferes Mil.º de Infantaria;


Mobilizado pelo Regimento de Artilharia Pesada 2 (RAP2 – Vila Nova de Gaia) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS» para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné;


No dia 12 e Outubro de 1963, na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Índia', como comandante de pelotão da Companhia de Artilharia 565 (CArt565) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS», rumo ao estuário do Gerba (Bissau), onde desembarcou no dia 18 de Outubro de 1963;


A sua subunidade de artilharia, comandada pelo Capitão de Artilharia Luís Manuel Soares dos Reis Gonçalves, após o desembarque, foi atribuída ao Batalhão de Caçadores 600 (BCac600), a fim de substituir a Companhia de Caçadores 152 (CCac152) no dispositivo e manobra de segurança e protecção das instalações e das populações da área da linha de Bissau, estabelecendo a sua sede em Bissau; em 18 de Dezembro de 1963, foi transferida para Fulacunda, rendendo por troca a Companhia de Caçadores 274 (CCac274) «ARMAS NÃO DEIXARÃO ENQUANTO A VIDA OS NÃO DEIXAR» e ficando integrada no dispositivo e manobra do Batalhão de Caçadores 599 (BCac599), com vista à actuação em patrulhamentos, batidas, emboscadas e segurança das populações naquela zona de accão;


No dia 27 de Agosto de 1964, quando regressava de um reconhecimento, rebentou um fornilho debaixo da viatura que o transportava, de que resultou ter sido gravemente ferido, tendo sido evacuado para a Metrópole.


Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 1.ª classe, por feitos em combate no teatro de operações da Guiné, pela Portaria de 24 de Maio de 1965, publicada na Ordem do Exército n.º 15 – 2.ª série, página s1393, 1401 e 1402, de 01 de Agosto de 1965, e referenciado no Jornal do Exército n.º 70, página 35, de Outubro de 1965:


Alferes Miliciano de Infantaria
MANUEL NEVES TAVARES DE OLIVEIRA


CArt565/BCac599 - RAP2
GUINÉ


1.ª CLASSE


Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 15 – 2.ª série, página 1393, de 01 de Agosto de 1965.


Por Portaria de 24 de Maio de 1965:


Condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província da Guiné Portuguesa, o Alferes Miliciano de Infantaria, Manuel Neves Tavares de Oliveira, da Companhia de Artilharia n.º 565, integrada no dispositivo e manobra do Batalhão de Caçadores n.º 599 - Regimento de Artilharia Pesada n.º 2.


Transcrição do louvor que originou a condecoração (louvor publicado naquela Ordem do Exército, páginas 1401 e 1402).


(Por Portaria da mesma data publicada naquela 0rdem do Exército):

 
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, adoptar, para todos os efeitos legais, o seguinte louvor, conferido na Ordem de Serviço n.º 20, de 30 de Dezembro de 1964, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné Portuguesa, ao Alferes Miliciano de Infantaria, Manuel Neves Tavares de Oliveira, da Companhia de Artilharia n.º 565, integrada no dispositivo e manobra do Batalhão de Caçadores n.º 599 - Regimento de Artilharia Pesada n.º 2, por se ter mostrado um oficial brioso, disciplinado, disciplinador, com notáveis qualidades de comando, bastante capacidade de trabalho e dedicação incansável pelo serviço, aliados a uma lhaneza de trato e constante boa disposição para com os seus superiores e subordinados, o que muito ajudou a manter elevado o moral do seu pessoal.


Tendo sido chamado, durante algum tempo, a comandar interinamente uma Companhia, demonstrou óptimas qualidades no desempenho desse cargo e evidenciou, além disso, sob fogo cerrado do inimigo, em operações desenroladas em Abril e Maio de 1964, ser um oficial possuidor de qualidades de intrepidez, coragem, decisão e sangue-frio, que fez com que levasse a Companhia a vencer a resistência encontrada e a destruir vários acampamentos existentes, cumprindo assim a missão de que tinha sido incumbido.


Aliás, estas qualidades já tinham sido patentes em todas as acções em que tomou parte como Comandante de pelotão.


Em 27 de Agosto de 1964, quando regressava de um reconhecimento, rebentou um fornilho debaixo da viatura que o transportava, de que resultou ter sido gravemente ferido, tendo sido evacuado para a Metrópole. É de notar que, mesmo gravemente ferido, mostrou a sua calma e sangue-frio e, como comandante da coluna, deu instruções sobre o procedimento mais eficiente e cuidadoso a ter no tratamento e evacuação dos feridos.


Pelos factos atrás expostos, merece este oficial ser apontado como exemplo e considerado o seu procedimento excepcional, exemplar e digno de referência, merecedor do maior apreço e consideração das Forças Armadas e da Nação.

 

 

 

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