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Condecorações

Adriano de Albuquerque Nogueira, Capitão de Artilharia, cmdt. da CArt566

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

 

 

Adriano de Albuquerque Nogueira

 

Capitão de Artilharia

 

Comandante da

 

Companhia de Artilharia 566

 

Cabo Verde: 17Out1963 a 28Jul1964


Guiné: 28Jul1964 a 28Out1965
 

Cruz de Guerra de 2.ª classe

 

Louvor Individual

 

Adriano de Albuquerque Nogueira, Capitão de Artilharia;


Mobilizado pelo Regimento de Artilharia Pesada 2 (RAP2 – Vila Nova de Gaia) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS» para servir Portugal na Província Ultramarina de Cabo Verde;


No dia 08 de Outubro de 1963, na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Ana Mafalda’, como comandante da Companhia de Artilharia 566 (CCac566) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS», com destino à Ilha do Sal, no arquipélago de Cabo Verde, onde desembarcou no dia 17 de Outubro de 1963;


Em 28 de Julho de 1964, a sua subunidade de artilharia foi deslocada para Província Ultramarina da Guiné, pelo que embarcou no contratorpedeiro ‘D333 – Lima’, rumo ao estuário do Geba (Bissau), (Bissau), onde desembarcou no próprio dia [28Jul1964], onde substituiu, por troca, a Companhia de 414 (CCac414) «SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS», a fim de integrar nos efectivos do Comando Territorial Independente da Guiné (CTIG) «CORAGEM E LEALDADE» - «A LEI DA VIDA ETERNA DILATANDO»; após curta permanência em Bissau, onde efectuou um breve período de adaptação operacional e se integrou no dispositivo e manobra do Batalhão de Caçadores 600 (BCac600), seguiu em 04 de Setembro de 1964 para o subsector de Bissorã, em reforço da guarnição local, com um pelotão destacado em Olossato, por troca com a Companhia de Caçadores 508 (CCac508) «HONRA E GLÓRIA» e integrando-se então no dispositivo e manobra do Batalhão de Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS» - «BRAVOS SEMPRE FIEIS», tendo efectuado várias operações nas regiões de Morés, Iracunda, Cansambo e Maqué, entre outras; em 09 de Dezembro de 1964, após ser substituída em Bissorã pela Companhia de Artilharia 731 (CArt731) do Batalhão de Artilharia 733 (BArt733) «CORAJOSOS, VALOROSOS, AUDAZES, foi colocada na totalidade em Olossato, assumindo a responsabilidade do respectivo subsector, então criado na zona de acção do Batalhão de Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS» - «BRAVOS SEMPRE FIEIS»; em 25 de Setembro de 1965, foi substituída pela Companhia de Caçadores 816 (CCac816) «JUSTIÇA E LUTA» - «SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS» e voltou a Bissorã, a fim de reforçar a guarnição local e actuar como força de intervenção naquela zona de acção; em 24 de Outubro de 1965, foi rendida pela Companhia de Caçadores 1419 (CCac1419) do Batalhão de Caçadores 1857 (BCac1857) «TRAÇAMOS A VITÓRIA» e recolheu a Mansoa e seguidamente a Bissau, a fim de efectuar o embarque de regresso;


Em 28 de Outubro de 1965, regressou à Metrópole no NTT ‘Niassa’, que arribou a Lisboa no dia 3 de Novembro de 1965.


Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de 2.ª classe, por feitos em combate no teatro de operações da Guiné, pela Portaria de 31 de Agosto de 1966, publicado na Ordem do Exército n.º 20 – 2.ª série, página 2080, de 15 de Outubro de 1966, e referenciado no Jornal do Exército n.º 84, página 44, de Dezembro de 1966:


Capitão de Artilharia
ADRIANO DE ALBUQUERQUE NOGUEIRA
 

CArt566 - RAP2
GUINÉ


2.ª CLASSE


Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 20 – 2.ª série, página 2080, de 15 de Outubro de 1966.


Por Portaria de 31 de Agosto de 1966:


Condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província da Guiné Portuguesa, o Capitão de Artilharia, Adriano de Albuquerque Nogueira, da Companhia de Artilharia nº 566, integrada no dispositivo e manobra do Batalhão de Artilharia n.º 645 - Regimento de Artlharia Pesada n.º 2.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Por Portaria da mesma data, publicada naquela Ordem do Exército):


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, adoptar, para todos os efeitos legais, o louvor conferido na Ordem de Serviço n.º 93, de 12 de Novembro de 1965, do Comando Territorial Independente da Guiné, ao Capitão de Artilharia, Adriano Albuquerque Nogueira, da Companhia de Artilharia nº 566, integrada no dispositivo e manobra do Batalhão de Artilharia n.º 645 - Regimento de Artilharia Pesada n.º 2, com a seguinte redacção:


Porque, durante os treze meses de comando da sua Companhia, em Olossato, em reforço do Batalhão n.º 645, revelou altas qualidades de comando e excepcionais características militares, morais e cívicas, dignas de serem apontadas como exemplo.


Tendo recebido para aquartelamento da sua Companhia alojamentos que mal satisfaziam as mínimas necessidades de um grupo de combate e em local muito propício à aproximação e ataque do inimigo, orientou com invulgar critério os seus homens, por forma que, quase sem descanso, construíram em poucas semanas um aquartelamento para a Companhia, abrigos e torres de vigilância à prova de morteiro, limparam os campos de tiro com remoção de muitas dezenas de pesadas árvores, alcançando o completo domínio do ponto importante que lhe havia sido confiado.


Sob o seu comando e presença nos locais de mais perigo, a Companhia tomou parte em sucessivas e muitas acções contra acampamentos inimigos, que destruiu, causando-lhe elevado número de baixas, fazendo muitos prisioneiros e capturando grande quantidade de valioso armamento e material, muitas vezes sob intenso fogo e conduzindo os seus homens a praticar actos de bravura e heroísmo que levaram as nossas tropas a conseguirem êxitos, mesmo em situações reconhecidamente perigosas e difíceis. É de destacar, de entre outras, a operação "Ira", que cobriu de glória as forças sob o seu comando, pelos muitos e extraordinários resultados obtidos sobre o inimigo em duro combate e que teve sensíveis efeitos na desarticulação operada nas forças inimigas no Oio e no sector do Batalhão. O Capitão Nogueira, pelo seu exemplo, muita bravura, notável decisão, valentia e serena energia debaixo de fogo, conquistou a plena consideração e verdadeira admiração dos seus subordinados e superiores.


Impôs-se pela sua bravura e lealdade, bondade, abnegação e espírito de sacrifício às populações nativas, que, abandonando o inimigo, se entregaram à sua protecção e logo começaram a colaborar, e por tal forma se impressionaram com a acção desenvolvida pela Companhia que pediram e receberam armas para montarem, sob a orientação do Capitão Nogueira, a autodefesa da sua tabanca, que, logo na primeira tentativa de assalto do inimigo, deu as melhores provas de eficácia.


A breve prazo, a escassa dezena de nativos que habitavam Olossato, passou para mais de um milhar e meio e logo o Capitão Nogueira, numa perfeita interpretação da boa acção psicossocial, providenciou a organização de uma nova e higiénica tabanca e organizou a vida de trabalho dos nativos válidos com vista a conseguirem os seus meios de subsistência, mas tudo por forma que conquistou a incondicional submissão e a admiração dos nativos, que o têm como ídolo.


O Capitão Nogueira, no exercício das suas funções, conseguiu distintos e muitos valiosos feitos de armas, de que resultou prestígio e honra para o Exército e para a Nação.

 

 

 

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